30.05.2020
Instituto Vital Brazil estuda soro contra a covid-19
Brasil: mais
de 468 mil casos confirmados, 28 mil mortes
As secretarias estaduais de saúde divulgaram, até a manhã deste sábado (30), cerca de 468.338 mil casos confirmados da Covid-19 e 27.944 mortes provocadas pela doença no Brasil. O Brasil ultrapassou a Espanha em número de vítimas fatais da Covid-19, segundo balanço global da universidade norte-americana Johns Hopkins. O país ocupa agora a quinta posição no ranking mundial de quantidade de mortes provocadas pela doença, acrescenta a reportagem.
Argentina:
óbitos na epidemia chegam a 510, com mais 2 mortes
A Argentina registrou duas mortes pela covid-19, aumentando os óbitos para 510, informou o Ministério da Saúde. Casos confirmados no país somam agora 14.702. A taxa de letalidade entre os infectados é de 3,46%, enquanto a de mortalidade por milhão de habitantes é de 11,2. A incidência do vírus é de 32,4 casos a cada 100.000 habitantes. Com 425 novos casos e 6.989 confirmados, a cidade de Buenos Aires é o local mais atingido pela epidemia no país, com aumento de casos desde que começaram a ser diagnosticados pessoas infectadas com a doença em bairros pobres. O presidente Alberto Fernández anunciou que a quarentena será estendida pelo menos até 7 de junho. E o acesso a Buenos Aires será controlado. O Brasil é a nação mais atingida pela pandemia, com 468.338 mil casos confirmados e 27.944 mortes. O Chile registra 86.943 casos e 890 mortes; a Bolívia, 8.387 casos e 293 óbitos; o Paraguai, 900 casos e 11 mortes; enquanto o Uruguai tem 811 casos e 22 óbitos.
Com isolamento, podíamos ter um terço de mortes, diz epidemiologista
O impacto da Covid-19 no Brasil é “catastrófico” apesar da “desconfiança” dos dados divulgados pelas autoridades do país, afirmou Paulo Lotufo, epidemiologista da Universidade de São Paulo (USP). As autoridades brasileiras poderiam ter evitado as mortes pelo novo coronavírus, se tivessem implementado o distanciamento social de forma eficiente e no início da pandemia. O trabalho do Governo Federal “foi catastrófico, porque se tivéssemos feito um controle adequado, como a Argentina fez, poderíamos ter tido de um terço das mortes à metade dos casos. A atuação do Bolsonaro - a propaganda contra isolamento social - por causa disso a quantidade de mortos foi imensa, além da demora no pagamento do auxílio emergencial, um atraso premeditado. Se qualificarmos em termos de mortes, a ação do governo federal foi muito grande”.
Coronavírus motiva 155 denúncias de violação de direitos humanos por dia
Os 13.537 registros relacionados à Covid-19 representam 87.580 ou 15% do total de denúncias do ano, de acordo com a ouvidoria do Ministério da Mulher, da Família e de Direitos Humanos. A pasta criou uma categoria específica para análise de casos do coronavírus. A maioria das denúncias envolve pessoas consideradas socialmente vulneráveis (9.768 casos). Há registros de violência contra a pessoa em restrição de liberdade (1.459) e violência contra a pessoa idosa (1.136). Fernando Pereira, ouvidor nacional dos direitos humanos, afirma que "essas denúncias já vêm numa crescente de 2019 para cá. Houve melhoria no tempo de resposta. Reduziu drasticamente o número de ligações que não eram atendidas". "Com esse termômetro da covid, passou a surgir um aumento exponencial e não uma curva simples de denúncia aos grupos vulneráveis, que não estavam dentro da perspectiva de estratificação anterior".
Brasil tem 25% das mortes diárias por coronavírus, alerta OMS
Foram 104 mil óbitos em todo o mundo nas 24 horas analisadas. Mais de metade (2,5 mil) ocorreram nas Américas. No Brasil, sem governo e sem ministério da saúde, foram 1.039, o dobro dos EUA. De todas as contaminações de coronavírus que ocorreram no mundo nas últimas 24 horas, 10% foram no Brasil. Organização Mundial da Saúde (OMS) que mostram que o Brasil, que ultrapassou as mortes diárias dos Estados Unidos (país mais atingido), se tornou o novo epicentro da pandemia de coronavírus.
Tratamento com cloroquina de Bolsonaro, não serve para nada, diz médico
Pierre Tattevin, infectologista, professor do Hospital Universitário de Rennes e presidente da Sociedade de Patologias Infecciosas de Língua Francesa, diz que “cloroquina não serve para nada” para tratar o coronavírus. Como outras terapias, ela “recicla moléculas já existentes”, utilizando medicamento “desenhado para outra doença que não a Covid-19”. “A terapia mais promissora é a que utiliza plasma sanguíneo de pessoas já recuperadas em doentes”, pois “se encaixa nos tratamentos que estimulam o sistema imunológico para se defender do vírus com anticorpos específicos”. O infectologista diz que a medida do governo de Jair Bolsonaro para o uso da hidroxicloroquina em pacientes com sintomas leves, “não faz sentido, até porque sabemos que 85% dos infectados não precisa de nenhum tratamento, apenas esperar que a infecção passe”. “O tratamento com esse remédio, levantado no início como uma promessa por pesquisadores franceses, não serve para nada”. No Brasil, Jair Bolsonaro mudou, por decisão própria, o protocolo da cloroquina quando o gal. Eduardo Pazuello assumiu interinamente o Ministério da Saúde.
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