24.05.2020
Átila Iamarino: Covid-19 e o número de mortes
Varella: Brasil
pode assumir a humilhante liderança mundial em óbitos
O povo assiste à negação da realidade pelas
autoridades federais, escreve o Dr. Drauzio Varella, cancerologista. Cientistas
de renome e especialistas em saúde pública se enganaram, entre os quais Anthony
Fauci, Nobel de Medicina e diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças
Infecciosas (NIAID). Na verdade, o mundo não foi capaz de avaliar o perigo que
vinha da Ásia. A Europa foi pega de surpresa. Os EUA assistiram à chegada do
coronavírus em Nova York, com hospitais sem leitos suficientes nem máscaras
cirúrgicas para atender à demanda dos profissionais de saúde. O drama dos
hospitais superlotados no Norte do país, Rio de Janeiro, Fortaleza e Recife repetido
em outras capitais e cidades menores à medida que a epidemia se interioriza. Décadas
de descaso com a saúde inviabilizaram a agilidade das respostas, para enfrentar
o desafio de impedir que o Brasil assuma a humilhante liderança mundial na
contagem do número de óbitos. No auge da maior crise sanitária dos últimos cem
anos, assistimos à inacreditável negação da realidade por parte das autoridades
federais. Inexplicavelmente, o governo se exime até de reconhecer a gravidade
do mal que aflige todos. O Brasil caiu numa armadilha sinistra: duas trocas de
ministros numa fase crucial da disseminação da epidemia, Ministério da Saúde de
mãos atadas, e presidente faz o diabo para acabar com o isolamento social e
impor um medicamento inútil.
Com mais de 22.000 mortes, Brasil tem mais de 320 mil casos
As secretarias
estaduais de saúde divulgaram até a manhã deste sábado (23) o registro do
número de 22.165 mortes e 326.948 casos confirmados do novo coronavírus no
Brasil. Na terceira posição do ranking mundial de quantidade de casos
confirmados do novo coronavírus, o Brasil perde apenas para os Estados Unidos,
que tem 1,621,333 infectados, e a Rússia tem 326,448 infectados. No Amapá, os
leitos de UTI continuam com 100% de ocupação. Outros estados ainda têm
disponibilidade inferior a 10% dos leitos de UTI, como Rio de Janeiro (2%) e
Maranhão (6%), acrescenta a reportagem.
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