segunda-feira, 25 de maio de 2020

NOTÍCIAS CORONAVÍRUS 59

25.05.2020

Da pandemia à anarquia – Íntegra da reunião ministerial de Bolsonaro



ONU: pandemia não é cortina de fumaça para desmatamento

O governo brasileiro não pode usar o coronavírus como uma cortina de fumaça para ampliar o desmatamento, afirma Baskut Tuncak, relator especial das Nações Unidas sobre as Implicações para os Direitos Humanos da Gestão e Disposição Ambientalmente Adequada de Resíduos e Substâncias Tóxicas. Ricardo Salles sugeriu na reunião do governo do dia 22 de abril que a governo federal aproveitasse da pandemia para "passar a boiada" em termos de desregulamentação ambiental. O vídeo da reunião foi publicado com autorização judicial. Para Tunkac, "sob o conceito de 'realização progressiva', o governo do Brasil tem a obrigação, nos termos da lei de direitos humanos, de não usar a covid-19 como pretexto para reverter leis e normas ambientais, de não desregulamentar, a menos que tenha uma justificativa muito forte de interesse público". "Na situação atual, o Brasil não tem essa justificativa nem oportunidade de respeitar o direito do público de participar do debate. Pelo contrário, em meio a uma pandemia zoonótica, os líderes brasileiros não podem evitar a importância incontestável de fortalecer suas leis e normas para melhor proteger o meio ambiente, a saúde pública e os direitos dos trabalhadores, bem como proporcionar maior acesso aos serviços sociais". "Infelizmente, o Brasil já se engajou em um processo de desregulamentação nos últimos anos e não deve usar a covid-19 como cortina de fumaça para minar ainda mais a proteção do meio ambiente, da saúde pública e dos trabalhadores, o que inclui a prevenção e minimização da exposição a substâncias perigosas, seja um vírus ou um pesticida tóxico. O governo do Brasil continua a desrespeitar suas obrigações de direitos humanos quando se trata de proteger seu povo", e lembra que "a epidemia do coronavírus voltou a jogar a cortina sobre as desigualdades no Brasil. É uma clara ilustração da maneira sistêmica como a atual administração continua priorizando os interesses privados de poucos, ao invés do interesse público de todos".

Com mais de 22,7 mil mortes, Brasil tem 365.213 casos confirmados

As secretarias estaduais de saúde divulgaram o registro de 365.213 casos confirmados da Covid-19, com 22.746 mortes provocadas pela doença no Brasil, até 7h da manhã desta segunda-feira (25). O último balanço do Ministério da Saúde, que foi divulgado no domingo (24), aponta 363.211 casos confirmados e 22.666 vítimas fatais do novo coronavírus. O Brasil continua ocupando a segunda posição no ranking mundial de países com o maior número de infectados, atrás apenas dos Estados Unidos, acrescenta a reportagem. Todas as 20 cidades que possuem as maiores taxas de mortalidade do país estão localizadas nas regiões norte (15) e nordeste (5). 

Óbitos e infecções por coronavírus atingem seu pico esta semana

O pico de mortes por coronavírus no Brasil deve acontecer nesta semana, segundo opiniões da “cúpula” de saúde dos maiores estados e por redes de hospitais privados. Para eles, nesta semana devem ocorrer cerca de 5,5 mil óbitos - quatro vezes mais de do que se projeta para o final de junho - e devem se confirmar cerca de novos 80 mil casos de Covid-19. As estimativas também apontam que o número de mortos no país deve chegar a 39 mil em 28 de junho. A média, em um mês (até o final do mês que vem), é de 21 mil novos casos por semana.

Virologista de NY prevê que China será primeiro país a ter a vacina

Florian Krammer recorda que enfrentava inimigo mais perigoso e complicado, um vírus capaz de infectar um terço da população mundial e que a cada ano muda tanto a sua composição que é preciso fazer nova vacina. Mesmo com essa imunização, o agente patogênico mata 650.000 pessoas por ano. É a gripe em suas duas variantes: a sazonal e a pandêmica. Krammer se centra em estudar o novo coronavírus SARS-CoV-2, e analisa a resposta imunológica de 20 pessoas que superaram a infecção, e afirma: “Não parece que haja nada de defeituoso em nossa resposta imunológica ao vírus; há muitas razões para ser otimista”. O Instituto de Biotecnologia de Pequim e a empresa Cansino Biologics, na China, anunciaram resultados da fase 1 da primeira vacina desenvolvida. Depois de 28 dias de testes com 108 voluntários saudáveis, os resultados parecem promissores. Além de ficar demonstrada sua segurança, os cientistas observaram que a vacina gerou anticorpos e linfócitos T nos voluntários.

Pandemia terá fim em um mês, com exceção de países como o Brasil

Sites de instituições de referência, como a Universidade Johns Hopkins e Worldometers mostram claramente a tendência mundial: os casos de pneumonia ligados à covid-19 e as mortes decorrentes do vírus estão diminuindo em números absolutos. Especialistas acreditam que, caso não haja um forte avanço, a pandemia pode terminar em um mês. Paradoxalmente à essa tendência, na 4ª-feira (20), a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciava que as contaminações tinham ultrapassado 5 milhões de casos no mundo. Esse avanço se deve a um número recorde de novos casos em quatro países: Rússia, Arábia Saudita, Brasil e Estados Unidos. No Brasil, será por conflitos com a Organização Mundial de Saúde (OMS) falta de gestão do Ministério da Saúde (MS), como equipar secretarias estaduais, EPIs para profissionais de saúde e conflito do governo com governadores e prefeitos sobre área de isolamento, gerando 23 mil mortes, e ameaça de impeachment, por agudos conflitos com o país e crise política.

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