Da pandemia à anarquia – Íntegra da reunião ministerial de Bolsonaro
ONU: pandemia não é cortina de fumaça para desmatamento
O governo brasileiro
não pode usar o coronavírus como uma cortina de fumaça para ampliar o
desmatamento, afirma Baskut Tuncak, relator especial das Nações Unidas sobre as
Implicações para os Direitos Humanos da Gestão e Disposição Ambientalmente Adequada
de Resíduos e Substâncias Tóxicas. Ricardo Salles sugeriu na reunião do governo
do dia 22 de abril que a governo federal aproveitasse da pandemia para "passar a boiada" em termos de
desregulamentação ambiental. O vídeo da reunião foi publicado com autorização
judicial. Para Tunkac, "sob o conceito de 'realização progressiva', o
governo do Brasil tem a obrigação, nos termos da lei de direitos humanos, de
não usar a covid-19 como pretexto para reverter leis e normas ambientais, de
não desregulamentar, a menos que tenha uma justificativa muito forte de
interesse público". "Na situação atual, o Brasil não tem essa
justificativa nem oportunidade de respeitar o direito do público de participar
do debate. Pelo contrário, em meio a uma pandemia zoonótica, os líderes brasileiros
não podem evitar a importância incontestável de fortalecer suas leis e normas
para melhor proteger o meio ambiente, a saúde pública e os direitos dos
trabalhadores, bem como proporcionar maior acesso aos serviços sociais". "Infelizmente,
o Brasil já se engajou em um processo de desregulamentação nos últimos anos e não
deve usar a covid-19 como cortina de fumaça para minar ainda mais a proteção do
meio ambiente, da saúde pública e dos trabalhadores, o que inclui a prevenção e
minimização da exposição a substâncias perigosas, seja um vírus ou um pesticida
tóxico. O governo do Brasil continua a desrespeitar suas obrigações de direitos
humanos quando se trata de proteger seu povo", e lembra que "a
epidemia do coronavírus voltou a jogar a cortina sobre as desigualdades no
Brasil. É uma clara ilustração da maneira sistêmica como a atual administração
continua priorizando os interesses privados de poucos, ao invés do interesse
público de todos".
Com mais
de 22,7 mil mortes, Brasil tem 365.213 casos confirmados
As secretarias
estaduais de saúde divulgaram o registro de 365.213 casos confirmados da
Covid-19, com 22.746 mortes provocadas pela doença no Brasil, até 7h da manhã
desta segunda-feira (25). O último balanço do Ministério da Saúde, que foi
divulgado no domingo (24), aponta 363.211 casos confirmados e 22.666 vítimas
fatais do novo coronavírus. O Brasil continua ocupando a segunda posição
no ranking mundial de países com o maior número de infectados, atrás apenas dos
Estados Unidos, acrescenta a reportagem. Todas as 20 cidades que possuem as
maiores taxas de mortalidade do país estão localizadas nas regiões norte (15) e
nordeste (5).
Óbitos e infecções por coronavírus atingem seu pico esta semana
O pico de mortes por
coronavírus no Brasil deve acontecer nesta semana, segundo opiniões da “cúpula”
de saúde dos maiores estados e por redes de hospitais privados. Para eles,
nesta semana devem ocorrer cerca de 5,5 mil óbitos - quatro vezes mais de do
que se projeta para o final de junho - e devem se confirmar cerca de novos 80
mil casos de Covid-19. As estimativas também apontam que o número de mortos no
país deve chegar a 39 mil em 28 de junho. A média, em um mês (até o final do
mês que vem), é de 21 mil novos casos por semana.
Virologista de NY prevê que China será primeiro país a ter a vacina
Florian
Krammer recorda que enfrentava inimigo mais perigoso e complicado, um vírus
capaz de infectar um terço da população mundial e que a cada ano muda tanto a
sua composição que é preciso fazer nova vacina. Mesmo com essa imunização, o
agente patogênico mata 650.000 pessoas por ano. É a gripe em suas duas
variantes: a sazonal e a pandêmica. Krammer se centra em estudar o novo
coronavírus SARS-CoV-2, e analisa a resposta imunológica de 20 pessoas que
superaram a infecção, e afirma: “Não parece que haja nada de defeituoso em
nossa resposta imunológica ao vírus; há muitas razões para ser otimista”. O
Instituto de Biotecnologia de Pequim e a empresa Cansino Biologics, na China,
anunciaram resultados da fase 1 da primeira vacina desenvolvida. Depois de 28
dias de testes com 108 voluntários saudáveis, os resultados parecem
promissores. Além de ficar demonstrada sua segurança, os cientistas observaram
que a vacina gerou anticorpos e linfócitos T nos voluntários.
Pandemia
terá fim em um mês, com exceção de países como o Brasil
Sites de instituições de referência, como a
Universidade Johns Hopkins e Worldometers mostram claramente a tendência
mundial: os casos de pneumonia ligados à covid-19 e as mortes decorrentes do
vírus estão diminuindo em números absolutos. Especialistas acreditam que, caso
não haja um forte avanço, a pandemia pode terminar em um mês. Paradoxalmente à
essa tendência, na 4ª-feira (20), a Organização Mundial da Saúde (OMS)
anunciava que as contaminações tinham ultrapassado 5 milhões de casos no mundo.
Esse avanço se deve a um número recorde de novos casos em quatro países: Rússia,
Arábia Saudita, Brasil e Estados Unidos. No Brasil, será por conflitos com a Organização Mundial de Saúde (OMS) falta de gestão do
Ministério da Saúde (MS), como equipar secretarias estaduais, EPIs para profissionais de
saúde e conflito do governo com governadores e prefeitos sobre área de isolamento, gerando 23 mil mortes, e ameaça
de impeachment, por agudos conflitos com o país e crise política.
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