09.06.2020
OMS: surto do coronavírus está piorando no mundo
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, afirmou que o surto de coronavírus está piorando no mundo. De acordo com o dirigente, "embora a situação da Europa esteja melhorando", a alta de casos em países como o Brasil, México e Peru fez com que a situação global piorasse. "No domingo, mais de 136 mil casos foram reportados. O máximo registrado em um único dia", afirmou Adhanom durante uma entrevista em videochamada, em Genebra. "Embora a situação na Europa esteja melhorando, globalmente está piorando". De acordo com a Universidade Johns Hopkins, quase 10% da população mundial já foi infectada. O chefe da OMS citou os protestos contra o racismo em nível global e voltou a pedir que as pessoas pratiquem o distanciamento social. “Continuamos a pedir a vigilância ativa para garantir que o vírus não se recupere, especialmente, porque reuniões de todos os tipos estão começando a recomeçar em alguns países", disse. "A OMS apoia plenamente a igualdade e o movimento global contra o racismo. Rejeitamos todos os tipos de discriminação. Encorajamos todos os que protestam em todo mundo a fazê-lo com segurança", acrescentou.
Coronavírus:
Brasil tem 711,6 mil infectados e 37.359 mortes
Último balanço do Ministério da Saúde indica 710,8 mil casos confirmados da Covid-19 e 37,3 mil mortes provocadas pela doença no Brasil. O Brasil registra nesta manhã de terça-feira (9) 711.696 casos confirmados da Covid-19 e 37.359 mortes provocadas pela doença no Brasil. Comandado por militares, o MS alterou os registros numéricos de infectados e mortos por causa do novo coronavírus divulgados no último domingo (7). Depois de anunciar 1.382 mortes por Covid-19 no país, mais tarde alterou o número para 525, uma diferença de 857 óbitos. O último balanço do MS, divulgado nesta segunda-feira (8), informa que 37.312 mortes e 710.887 casos de contágio pelo novo coronavírus no país.
Maquiagem
estatística na saúde foi sugerida por Luciano Hang
O novo método do governo de Jair Bolsonaro para esconder os cadáveres da Covid-19 é baseado em sugestões dadas por Luciano Hang, dono da Rede Havan, que enviou aos militares da cúpula da Saúde um vídeo por Whatsapp. No vídeo, Hang promete fazer uma live com o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS) para “mostrar o que está por trás dos números” recorde de mortes pela covid-19. Hang exibe, então, um gráfico com dados de cartórios mostrando uma curva de óbito sem trajetória descendente. Assim, defende que o governo passe a publicar apenas as mortes confirmadas no mesmo dia. Segundo funcionários da Saúde, no entanto, a curva mostrada por Hang é descendente “porque os dados de mortes recentes são muito preliminares”. A reportagem ainda acrescenta que, sob o comando do general Eduardo Pazuello e aparelhado por militares nomeados a mando de Jair Bolsonaro, o Ministério da Saúde pressiona inclusive a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que produz relatórios internos para informar o presidente, para maquiar dados e esconder o número real de mortos pelo coronavírus.
STF determina
que governo volte a divulgar dados da Covid-19
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo
Tribunal Federal, acatou pedido de partidos de oposição e determinou a retomada
da divulgação de dados completos sobre a pandemia de Covid-19 no Brasil. Íntegra:
... o fato alegado pelos autores da alteração realizada pelo Ministério da
Saúde no formato e conteúdo da divulgação do “Balanço Diário” relacionado à
pandemia (COVID-19), com a supressão e a omissão de vários dados
epidemiológicos que, constante e padronizadamente, vinham sendo fornecidos e
publicizados, desde o início da pandemia até o último dia 4 de junho de 2020,
permitindo, dessa forma, as análises e projeções comparativas necessárias para
auxiliar as autoridades públicas na tomadas de decisões e permitir à população
em geral o pleno conhecimento da situação de pandemia vivenciada no território
nacional [...] Dessa maneira, em sede de cognição sumária, fundada em juízo de
probabilidade e pelo grave risco de uma interrupção abrupta da coleta e
divulgação de importantes dados epidemiológicos imprescindíveis para a
manutenção da análise da série histórica de evolução da pandemia (COVID-19) no
Brasil, entende presentes os requisitos para a concessão parcial da medida
cautelar pleiteada, para garantir a manutenção da divulgação integral de todos
os dados epidemiológicos que o próprio Ministério da Saúde realizou até 4 de
junho passado, sob pena de dano irreparável decorrente do descumprimento dos
princípios constitucionais da publicidade e transparência e do dever
constitucional de executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica em
defesa da vida e da saúde de todos os brasileiros, especialmente, nos termos
dos artigos 196, 197 e 200 da Constituição Federal.
Vacina para Covid-19 deve estar pronta em alguns meses, diz cientista
O epidemiologista chinês Zhong Nanshan, principal consultor médico do governo chinês na luta contra o novo coronavírus, garantiu que a vacina para a Covid-19 pode estar pronta para casos de emergências dentro de alguns meses. Zhong declarou também que a imunidade geral da população sem a correspondente intervenção médica não é possível sem enfrentar grande número de mortes. Portanto, ele insistiu na necessidade de uma vacina como o único meio viável de alcançar a proteção de todas as pessoas. "A imunidade natural requer que entre 60% e 70% da população de um país seja infectada com o novo coronavírus, o que poderia causar um número de mortes de 30 a 40 milhões de pessoas. A solução continua sendo a vacinação em massa. Segundo as estimativas de Zhong, a inoculação de emergência estaria disponível no outono (hemisfério norte) ou no final deste ano. No entanto, ele esclareceu que a administração geral ainda depende de seu desenvolvimento e calculou que "a vacinação em larga escala levará um ou dois anos". No mês passado, o chefe do Centro Chinês de Controle e Prevenção de Doenças, Gao Fu, indicou que várias diretrizes estavam sendo preparadas para determinar quem seria elegível para receber a vacina, quando e quais condições representariam um caso de emergência.
Pacientes de Covid-19 são mais contagiosos durante primeiros sintomas
Estudos mostraram que as pessoas que contraíram o novo coronavírus são mais infecciosas quando apresentam os sintomas iniciais, disse Maria van Kerkhove, epidemiologista e líder técnica da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a pandemia, em comunicado divulgado nesta terça-feira. Ela disse ainda que um subconjunto de pessoas não desenvolve sintomas, mas ainda pode infectar outras pessoas, e até 40% das transmissões podem ocorrer por casos assintomáticos.
Acompanhe o registro do Coronavírus pelo mundo
Nenhum comentário:
Postar um comentário