domingo, 7 de junho de 2020

NOTÍCIAS CORONAVÍRUS 68

06.06.2020

Universidade Johns Hopkins tira Brasil do mapa global do coronavírus

Os números de casos e mortes do Brasil exibidos no levantamento global da Universidade Johns Hopkins, referência sobre Covid-19, foram retirados do ranking. A Universidade afirma que a exclusão se deve à suspensão da divulgação dos históricos pelo Ministério da Saúde. O governo Bolsonaro busca tornar invisíveis os mortos pela Covid-19 no país, disseram os secretários de Saúde dos Estados ao rebaterem declarações dadas pelo empresário Carlos Wizard, secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, de que os dados das secretarias são “fantasiosos”. O ministério fará uma recontagem das mortes por Covid-19, sem apresentar quaisquer evidências. O Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass) afirmou que a declaração de Wizard revela “profunda ignorância sobre o tema”. “A tentativa autoritária, insensível, desumana e antiética de dar invisibilidade aos mortos pela Covid-19, não prosperará”, e afirma que Wizard “insulta a memória de todas aquelas vítimas indefesas desta terrível pandemia e suas famílias”.

                                                                

 

Defensoria Pública: liminar para obrigar governo a dar dados do coronavírus

A Defensoria Pública da União (DPU) entrou com pedido de liminar no plantão da Justiça Federal de São Paulo para obrigar o Ministério da Saúde a divulgar atualizações integrais do avanço dos casos e mortes de Covid-19. O defensor João Paulo afirma que é dever do poder público ‘informar correta e adequadamente à população todos os atos adotados no combate à disseminação da doença’ no Brasil. “A informação que colhe e presta o Ministério da Saúde já é ruim, por não trazer dados pormenorizados que indiquem com mais precisão como a pandemia tem se comportado como as diversas regiões têm conseguido enfrentá-la. A já pobre informação agora é cerceada, impedindo-se que todos, população e órgãos públicos, tenham acesso integral a ela”, diz o pedido. 



Ministério da Saúde é mais complexo que curso de inglês

João Gabbardo, ex-secretário executivo do Ministério da Saúde e braço-direito do então ministro Luiz Henrique Mandetta, deu uma resposta dura para Carlos Wizard, futuro secretário de Tecnologia da pasta que está alterando a contagem de mortes pelo coronavírus: "A gestão do Ministério da Saúde é muito mais complexa do que administrar curso de inglês". Wizard, que quer recontar os mortos pela Covid-19, alegando erros, foi o dono da rede de cursos de inglês Wizard e ficou bilionário ao vender o negócio para um grupo estrangeiro em 2013. Wizard e Bolsonaro estão censurando as informações sobre a pandemia há tres dias e, agora, decidiram alterar a metodologia de contagem com o objetivo de esconder os números verdadeiros. Com a alteração na contagem, o Brasil foi apontado como péssimo exemplo no combate ao coronavírus até por Donald Trump, deverá se isolar ainda mais na cena internacional.

                                                                               

                                                                                    

Secretários de Saúde: tentativa autoritária, desumana e anti-ética

O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), divulgou neste sábado (6) uma nota em que repudia as afirmações do empresário Carlos Wizard, cotado para assumir cargo de secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. A nomeação ainda não tinha sido publicada no Diário Oficial da União. Wizard afirmou que o ministério vai revisar os dados de contaminados e mortos pelo novo coronavírus. Na nota, os secretários estaduais classificam a acusação como uma "tentativa autoritária, insensível, desumana e anti-ética de dar invisibilidade aos mortos pela Covid-19". Ao levantar suspeita sobre os dados, Carlos Wizard revela "profunda ignorância sobre o tema" e "insulta a memória de todas aquelas vítimas indefesas desta terrível pandemia e suas famílias".

                                                                                     

 

Ato de ditaduras, Pazuello tira dados do Brasil do mapa da Johns Hopkins

Na mais grave atitude até agora adotada no Ministério da Saúde (MS), o general Eduardo Pazuello retirou os dados de Covid-19 do Brasil das bases de dados internacionais. O mais respeitado deles, o da Johns Hopkins University, não mostra mais os dados do Brasil. Essa atitude aumentará as desconfianças sobre a situação do país, com reflexos inevitáveis no comércio exterior, nos investimentos externos e no turismo. É um desastre total, se a decisão não for revertida. MS oficializa política de menor transparência na divulgação dos dados de mortes e contágio por coronavírus no Brasil. MS adequou a divulgação dos dados sobre casos e mortes relacionados ao Covid-19. No enfrentamento da doença, a coleta de informações evoluiu com oferta de insumos, capacitação de equipes e serviços laboratoriais. As medidas, assim, permitem obter dados mais precisos sobre a situação em cada região. “Acabou matéria no Jornal Nacional... O Jornal Nacional gosta de dizer que o Brasil é recordista em mortes. Não interessa de quem partiu (a decisão), é justo sair 10 da noite para sair o dado completamente consolidado”, disse Bolsonaro a jornalistas.

 

 

Paraguai: pandemia no Brasil é caótica e vai demorar a reabrir fronteira

As autoridades de Saúde do Paraguai avaliam que a fronteira do país com o Brasil deverá demorar para ser reaberta em função do avanço da pandemia da Covid-19. Considera a situação no Brasil como “caótica”. “Estamos firmes nisso. Vamos esperar passar a onda no Brasil para começar a falar sobre reabertura da fronteira”, disse o chefe da Diretoria de Vigilância da Saúde do Paraguai, Guillermo Sequera. Na 6ª-feira (5), o Brasil ultrapassou a marca de 34 mil mortos pela Covid-19 e, em apenas 24 horas, teve mais de 1,4 mil mortes. O número de contaminados pela doença chega a 618 mil. A reabertura da fronteira com o Brasil depende do que acontecerá na cidade de Foz do Iguaçu (PR), que também faz fronteira com a Argentina. “Nós nos cuidamos em relação a São Paulo e Rio de Janeiro e eles (Foz do Iguaçu) não interromperam sua mobilidade. Se continuam abertos, a recomendação é não abrir a fronteira”, ressaltou Sequera. 

                                                              

          

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Renato Aroeira - Número não tem nenhum número, talquei

                                                      

                                                                               

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