05.06.2020
Café Filosófico CPFL - # Fiquem em Casa
Indígena que acompanhou Bolsonaro na ONU: ‘estou decepcionada’
Ysani Kalapalo fez várias críticas a Bolsonaro, em entrevista à BBC News Brasil. Cargos no governo têm sido ocupados com base em relações de amizade e não por competência técnica, denuncia Kalapalo, destacando que “no início do ano, Ysani trocou farpas no Twitter com Marcelo Xavier, presidente da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), criticado publicamente pela youtuber, Xavier disse que a processaria”. A matéria ainda acrescenta que “integrante do povo Kalapalo, da Terra Indígena do Xingu, Ysani se mudou para São Paulo aos 12 anos para fazer um tratamento médico. Desde então, faz visitas periódicas à aldeia natal, Tehuhungu, que hoje tem seu irmão como cacique”.
Gilmar Mendes: Bolsonaro atrasa publicação de dados da Covid-19 na TV
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi às redes nesta sexta-feira (5) criticar a estratégia do Ministério da Saúde (MS) de atrasar a divulgação de dados sobre o coronavírus, para que não sejam reportados nos telejornais noturnos. “Na pandemia, a divulgação de dados oficiais envolve, além do dever de prestar contas, uma questão de saúde pública. Dados do @minsaude são fundamentais às respostas à Covid-19 e devem ser divulgados ao público, aos gestores e, portanto, à imprensa de forma consistente e ordenada”, tuitou Mendes. Mas “fonte do alto escalão”, afirma a estratégia de divulgar dados da pandemia após às 22 horas foi determinada por Bolsonaro.
OMS: Situação no Brasil e América do Sul é 'profundamente preocupante'
O Brasil é hoje o terceiro país com maior número de mortes e segundo em termos de casos. Considerando apenas os últimos sete dias, o Brasil lidera no mundo, segundo os dados da própria OMS. A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) confirma que os "principais motores do mundo são os países da América do Sul, Central e do Norte, em especial os EUA" e alerta que só haverá um controle da doença se governos conseguirem saber onde está o vírus. A OMS recomenda testar ou estabelecer "parcerias com suas sociedades. Os países que tiveram êxito foram aqueles que firmaram parcerias com a população". O fato de países que viveram um intenso surto nas últimas semanas terem hoje um número baixo de casos revela que a estratégia descrita pela entidade dá resultados. "Sabemos o que funciona. Temos países que tiveram surto e hoje não têm casos. Quando se rompe a cadeia de transmissão, é aí que o surto começa a cair". Governos precisam ampliar os testes. Um sinal da crise brasileira foi demonstrado numa reunião entre a OMS e governos. O país escolhido na América do Sul para mostrar o que tem feito ao lidar com a pandemia não foi o Brasil, mas a Argentina, que fez uma ampla apresentação de suas medidas.
Cooperação
médica cubana contra Covid-19 chega a 26 países
Cuba enviou até agora a 26 países de diferentes regiões do mundo mais de 2.600 membros do contingente internacionalista Henry Reeve, especializado em situações de desastre e epidemias graves, organizados em 34 brigadas. Estes são adicionados aos mais de 28 mil profissionais de saúde cubanos que já estavam em 59 países antes do aparecimento, no final de 2019, do novo coronavírus. A brigada médica Henry Reeve, que partiu para o Kuwait, é composta por 96 médicos, 198 graduados em enfermagem e quatro especialistas em outras áreas da saúde, e se juntará a outro grupo de 36 profissionais que já estão servindo na nação do Golfo Pérsico, mediante solicitação do seu governo. Enquanto isso, 11 médicos e 10 enfermeiros de 10 províncias cubanas viajaram para a Guiné Conacri, com a qual a maior das Antilhas aumentou sua solidariedade na luta contra o Covid-19 na África, o primeiro continente a receber colaboração médica cubana há 57 anos. Mais de 70 organizações sociais, políticas e sindicais na Europa e na América Latina apoiam a convocação para atribuir o Prêmio Nobel da Paz às brigadas médicas cubanas que enfrentam o Covid-19 em várias partes do mundo. Também políticos, intelectuais, jornalistas e cidadãos, incluindo os acadêmicos Ignacio Ramonet e Salim Lamrani e o deputado François-Michel Lambert, apoiaram a exigência de reconhecimento do contingente internacional cubano, criado em 2005, com o Prêmio Nobel.
Deputada brasileira na Espanha acusa Bolsonaro ao Parlamento Europeu
Única parlamentar na ativa fora do Brasil, a deputada sergipana Maria Dantas, eleita na Espanha pelo Esquerda Republicana em 2019, vai denunciar o presidente Bolsonaro junto ao Parlamento Europeu. Na 2ª-feira (8), ela enviará uma carta a deputados dos 27 Estados-membros da União Europeia, com um dossiê de 11 páginas, contendo uma série de acusações contra o chefe do Executivo no Brasil, a maior parte veiculada na mídia internacional. Combate ao coronavírus, Amazônia e povos indígenas são alguns dos temas do documento, que foi elaborado pela deputada em inglês, mas traduzido para outros idiomas, entre eles castelhano, catalão, francês e alemão. "A carta já foi enviada ao Parlamento Europeu, serão recolhidas adesões de parlamentares e posteriormente ela será enviada ao Comissário Europeu. Também será enviada a todos os Parlamentos nacionais de todos os Estados Membros da UE. A ideia é interpelar os meus pares dos Legislativos europeus para que façam instâncias aos seus Executivos, para que sejam criados intergrupos em comissão legislativa", diz Maria Dantas.
Uma morte por minuto: FSP denuncia catástrofe sanitária em fundo negro
A catástrofe sanitária brasileira ainda nem chegou ao seu ápice e o terror diante de um governo genocida atinge níveis extremos de desolação e impotência. O jornal Folha de S. Paulo lançou mão de um recurso muito pouco usual: a mudança cromática de sua identidade digital, justamente para destacar a tristeza pelas vidas de brasileiros que vão indo embora. O jornal destacou: “bastaram cem dias, completados nesta quinta-feira (4), para que a doença já descrita como “gripezinha” passasse a matar um brasileiro por minuto. Desde o 1º diagnóstico da Covid-19, em 25 de fevereiro em São Paulo, até este 4 de junho, 34.021 pessoas morreram em decorrência do novo coronavírus. O saldo supera neste mesmo dia o da Itália, primeiro símbolo da tragédia, onde o vírus se instalou antes, em janeiro, e faz do país o 3º em óbitos na pandemia. O Brasil alcança a triste marca no momento em que governadores e prefeitos arrefecem medidas de isolamento social e o governo federal pede o fim da quarentena. Infectologistas, epidemiologistas e outros estudiosos, contudo, alertam que o pico da crise - o auge das mortes, quando elas passarão a diminuir - ainda está por vir. Enquanto você lia este texto, mais um brasileiro morreu por causa do coronavírus”.
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