segunda-feira, 29 de junho de 2020

NOTÍCIAS CORONAVÍRUS 82

29.06.2020

Pandemia se agrava no interior do Brasil

 

América Latina se aproxima de 2,5 milhões de casos de Covid-19

Até o momento, a América Latina registra 2.480.821 infecções e 112.104 mortes desde o início da pandemia.

Os casos na América Latina aumentaram 1 milhão nos últimos 18 dias, devido à disseminação geral de infecções, principalmente no Brasil, que é o país mais atingido com mais da metade das infecções e mortes na América Latina.

O Brasil estabeleceu um recorde de casos nas últimas 24 horas neste domingo, registrando 30.476 novas infecções, que aumentaram para 1.345.254 desde que o vírus chegou ao país.

Quanto ao número de mortos, o Ministério da Saúde registrou 552 novas mortes por coronavírus, elevando o número de mortes registradas no país sul-americano para 57.658.

Apesar dos números alarmantes, vários estados brasileiros iniciaram a reabertura de atividades econômicas, devido à pressão do presidente de extrema direita Jair Bolsonaro.

O Peru é o segundo país da região em número de infecções, com 279.419 casos desde o início da pandemia. 

O Ministério da Saúde (Minsa) indicou que 3.430 novos casos e 182 novos óbitos foram registrados nas últimas 24 horas, aumentando o número de óbitos para 9.419 dois dias após o final da quarentena geral.

Os novos números do coronavírus no Peru coincidiram com o lançamento de uma pesquisa que reflete que 58% dos peruanos acreditam que a quarentena geral deve continuar.

O México é o terceiro país latino-americano mais afetado pela pandemia, registrando 216.852 casos acumulados do novo coronavírus. Até hoje, o país registrou 26.648 mortes de Covid-19, 267 delas registradas no último dia.

As autoridades de saúde também alertam que o número real de pessoas infectadas pode ser consideravelmente maior do que o que eles foram capazes de confirmar através dos testes realizados.

No Chile, o Ministério da Saúde informou neste domingo que 8.935 pessoas morreram por causa da Covid-19 e o número de infecções atingiu 271.982 casos.

O Departamento de Estatística e Informação em Saúde (DEIS) da entidade Saúde especificou que 6.089 pacientes morreram do coronavírus com confirmação laboratorial e 2.846 perderam a vida sem confirmação diagnóstica, ou seja, como suspeito e provável da pandemia.

Após 110 dias de registro dos primeiros casos de Covid-19 na Bolívia, as infecções e mortes estão aumentando, totalizando 31.524 confirmadas e 1.014 mortes, informou o Ministério da Saúde.

 

 

Lula: saída para a AL após a pandemia é mais democracia e estado forte

“É um privilégio compartilhar este momento com pessoas que fizeram e continuam fazendo tanto para mudar o mundo especialmente a nossa América Latina. Às vezes penso que viemos ao mundo com esta missão: de transformá-lo num lugar melhor para se viver. Um lugar mais humano, mais fraterno, mais solidário, menos desigual. Para muitos de nós, que viemos das camadas populares, que conhecemos o sofrimento e a privação, mais do que uma missão, transformar o mundo é antes de tudo uma questão de necessidade.

Eu não sei como será o mundo depois dessa pandemia, creio que ninguém sabe. Tenho apenas uma certeza: países em que o governo pensou primeiramente na população, como é o caso da Argentina, sairão desta crise em situação melhor do que os que não pensaram. Quando comparo os números da pandemia entre nossos países, penso primeiramente no sofrimento das famílias de mais de 55 mil pessoas que já morreram no Brasil. Nem as guerras em que o Brasil lutou nem qualquer outra doença causou tanta devastação num período tão curto.

Quando vejo quantas vidas foram salvas na Argentina, me dói muito ver meu próprio país desgovernado, com ministros incapazes de agir para proteger nosso povo e um presidente da República que chega a fazer piada com a tragédia. Lamento muito pelo Brasil e cumprimento o presidente Alberto Fernández pela alta responsabilidade com que vem enfrentando a pandemia, por ter mobilizado o país para este combate no momento certo, por resistir às incompreensões e pressões com a coragem que caracteriza um verdadeiro líder.

O mundo sempre precisou de líderes e de sonhos. Não faz tanto tempo assim, aqui na América Latina nós começamos resgatar o antigo sonho de Simon Bolívar, a Pátria Grande como ele dizia nos tempos heroicos da libertação e da independência dos nossos países. Bolívar já antecipava algo que se tornou muito claro ao longo do século passado. Primeiramente quando nossas riquezas naturais foram apropriadas pelo estrangeiro, que interferiam diretamente na nossa soberania, apoiando governos que serviam a seus interesses, ocupando nossos territórios com suas tropas ou apoiando golpes e ditaduras com o mesmo objetivo, sempre que as forças do povo e da soberania levantavam a cabeça.

Foi assim no Brasil, na Argentina, no Chile, na Bolívia, no Paraguai, no Peru, no Uruguai.

                                                                                     

 

União Europeia mantém bloqueio à entrada de pessoas do Brasil

Os 27 países que integram a União Europeia abrirão suas fronteiras externas nesta quarta-feira, 1º, para determinados países onde a pandemia está relativamente controlada. O Brasil ficou de fora desta medida. 

Segundo a Revista Fórum, cidadãos de 14 países poderão entrar na União  Europeia: Argélia, Austrália, Canadá, Coreia do Sul, Geórgia, Japão, Marrocos, Montenegro, Nova Zelândia, Ruanda, Sérvia, Tailândia, Tunísia e Uruguai. 

Considerados como locais onde o contágio do coronavírus está descontrolado, a União Europeia manteve o bloqueio à entrada de pessoas do Brasil, Estados Unidos, Rússia, Arábia Saudita e Turquia.

A relação de países será revisada a cada duas semanas. A proibição de entrada é para viagens “não essenciais”, como turismo. As restrições não se aplicam a estudantes, trabalhadores sazonais, passageiros em trânsito, refugiados e familiares de residentes.

Atualmente os brasileiros também estão proibidos de entrar nos Estados Unidos por conta do contágio do coronavírus no país, cujas medidas de combate vêm sendo sabotadas pelo presidente Jair Bolsonaro.

                                                                                    

 

Coronavírus: Brasil registra 24.052 novos casos e 692 mortes

O Brasil registrou nesta segunda-feira 24.052 novos casos de coronavírus, o que eleva a contagem total no país a 1.368.195, e mais 692 óbitos, atingindo 58.314 mortes em decorrência da Covid-19, informou o Ministério da Saúde.

O número de infecções é inferior aos cerca de 40 mil novos casos reportados entre terça e sexta-feira da semana passada, e também fica abaixo dos mais de 30 mil casos verificados tanto no sábado como no domingo, segundo os dados do ministério.

No entanto, as notificações de casos e mortes de Covid-19 no Brasil tendem a diminuir às segundas, com o atraso no processamento de testes durante os finais de semana. Na semana passada, a segunda-feira (com 21.432 casos) foi o único dia útil em que o número de novos casos não girou em torno de 40 mil.

O Brasil é o segundo país do mundo com maior contagem de casos e mortes devido ao vírus, atrás apenas dos Estados Unidos, que possuem cerca de 2,5 milhões de infecções confirmadas e quase 126 mil óbitos.

                                                                                 

 

"Nem perto de acabar", diz diretor-geral da OMS sobre fim de pandemia

A pandemia de Covid-19 não está nem perto de terminar, disse o chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, em entrevista coletiva nesta segunda-feira.

“Todos nós queremos que isso acabe. Todos queremos continuar com nossas vidas. Mas a dura realidade é que isso nem está perto de acabar. Embora muitos países tenham feito algum progresso globalmente, a pandemia está na verdade acelerando”, disse Tedros.

A OMS planeja convocar uma reunião nesta semana para avaliar o progresso das pesquisas no combate à doença, acrescentou.

                                                                                     

 

‘Assumimos um risco para ter a vacina no Brasil’, diz presidente da Fiocruz

A presidente da Fiocruz, socióloga Nísia Trindade Lima, defendeu a parceria da instituição com a Universidade de Oxford na tentativa de produzir vacinas contra o coronavírus. As vacinas estão sendo desenvolvidas pela instituição inglesa na Bio-Manguinhos, laboratório da Fiocruz. Trata-se de um investimento de R$ 693,4 milhões, e não há garantias de que o produto será eficaz.

"Assumimos um risco de natureza econômica para ter a vacina no Brasil, um compromisso financeiro, esperando que o produto seja bem sucedido, mas claro que ele pode não se provar eficaz", afirmou Nísia em entrevista ao jornal O Globo. "Há muitas pesquisas sem resposta sobre o coronavírus, e acredito que a escolha desta vacina foi muito bem pensada. Não somos o único país a tomar esta iniciativa. Outros também estão conciliando ensaios clínicos e produção de lotes sem ter certeza sobre o resultado final", acrescentou.

 De acordo com a presidente da Fiocruz, a instituição enfrenta dois riscos. "O primeiro é ter uma vacina que não demonstra grande capacidade de produção. O segundo é ver o Brasil excluído de qualquer busca pela produção de vacinas. Hoje, seguindo a fórmula como trabalhamos, não há qualquer ameaça clínica à população, porque as doses já serão introduzidas no SUS depois de terem sua eficácia comprovada em pesquisas e exames da Agência Nacional de Vigilância Sanitária", complementou.

A estudioso confirmou que a Fiocruz terá capacidade para produzir vacinas para toda a população. "Na verdade, mesmo agora, os insumos farmacêuticos virão de Oxford, mas a produção da vacina será finalizada aqui. Isso requer instalações adequadas e experiência, e a Fiocruz já fabrica vacinas há 120 anos. Podemos contar com o apoio dos pesquisadores de Oxford até chegar a 100 milhões de doses. Quando o processo de transferência de tecnologia for concluído, teremos autonomia para fabricar, a partir do ano que vem, 40 milhões de doses por mês".

                                                                   

 

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Renato Aroeira - Domesticado

                                                                                    

sexta-feira, 26 de junho de 2020

NOTÍCIAS CORONAVÍRUS 81

26.06.2020

Coronavírus: biólogo Átila Iamarino no Roda Viva

 

Falta de governo começa a destruir o SUS, tomado por militares e ‘amigos’

Em um relatório sobre a governança do governo de Jair Bolsonaro sobre a pandemia, o Tribunal de Contas da União (TCU) apontou falta de diretrizes, de coordenação e de transparência. Os auditores identificaram a indefinição de estratégias pelos comitês de crise e de coordenação de operações, que pode acarretar decisões e medidas individualizadas e descoordenadas, “levando à inefetividade das ações de combate à crise de covid-19 e desperdício de recursos humanos, materiais e financeiros, com efeitos inclusive nas diversas esferas da federação”. 

A ausência de profissionais de saúde nos comitês de crise e de coordenação de operações também foi constatada e destacada no documento divulgado nesta quarta-feira (24). Tanto que o relator, ministro Vital do Rêgo, recomendou a inclusão de representantes do Conselho Federal de Medicina, da Associação Médica Brasileira e do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), que representa secretários estaduais de saúde.

O objetivo é que a visão técnica de cada um incremente a efetividade das medidas dos comitês. Além do mais, segundo ele, os dirigentes estaduais são importantes elos que integram e facilitam a ação coordenada de diversos entes nas três esferas de governo na execução de políticas públicas de saúde.

As dificuldades que o governo Bolsonaro tem imposto para acesso à informação não pouparam os auditores, que penaram para obter informações oficiais sobre as ações de combate à pandemia e os resultados obtidos. Tiveram de recorrer aos portais de informações relativas à pandemia, restritos. E mesmo assim, o acesso só foi concedido 21 dias após a solicitação.

Projeto de desmonte

Esses problemas apontados pelos auditores, que têm contribuído diretamente para o descontrole da infecção no país, que já soma mais de 1,2 milhão de infectados e 55 mil mortos, sinalizam não só o despreparo e a incompetência do governo de Jair Bolsonaro. Mas um projeto de desmonte do SUS que está sendo levado a cabo pelos militares.

Em entrevista ao jornal El País desta quinta-feira (25), o ex-secretário de Saúde de Curitiba e professor da FGV, Adriano Massuda, afirmou que a ocupação de cargos técnicos por militares e por indicações políticas sem qualificação têm ocorrido como nunca desde a criação do SUS, ao passo que o Brasil tem profissionais extremamente competentes na área da saúde coletiva.

E esse processo, segundo ele, já impõe modificações na estrutura da secretaria executiva do Ministério, responsável pelo planejamento orçamentário e pelo repasse de recursos para Estados e municípios, via Fundo Nacional de Saúde – o que explica a baixíssima capacidade de execução orçamentária na pandemia. Menos de um terço do recurso extraordinário aprovado foi executado após três meses do seu início.

Essa militarização, segundo ele, pode agravar outros problemas de saúde, já que inúmeros programas são subordinados à coordenação técnica do ministério. “Como é que vai ficar a coordenação nacional do câncer? Como é que vai ficar a política nacional do HIV, do sangue e hemoderivados, e as vacinas que dependem da ação do Ministério da Saúde? É algo muito arriscado e a sociedade tem que ficar bastante atenta. O problema não é só a covid-19”, disse.  

O processo em curso, conforme o ex-secretário, não foi implementado “nem pelo pior ministro da Saúde”. E, segundo afirmou, diversas áreas técnicas da pasta da Saúde já passaram por diferentes governos, de diferentes bandeiras políticas, sem ter sido modificadas. Pelo que tudo indica, trata-se de possível “processo de desmonte da engrenagem que fez o sistema de saúde funcionar nos últimos 30 anos”.

 

 

Maioria aprova governadores e reprova MS no combate à Covid-19

Pesquisa realizada pelo instituto Datafolha e divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo nesta quinta-feira (26) aponta que o desempenho dos governadores de estado é aprovado por 44% e reprovado por 29% dos brasileiros no combate à pandemia do novo coronavírus, enquanto o Ministério da Saúde tem a aprovação de apenas 33% contra a rejeição de 34% dos entrevistados. O levantamento foi realizado por telefone entre os dias 23 e 24 de junho, com a participação de 2.016 adultos de todas as regiões do Brasil. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Na pesquisa, cerca de 44% dos entrevistados consideram ótimo ou bom o desempenho dos governadores no combate à Covid-19, outros 29% classificam como ruim ou péssimo e 26% avaliam como regular. Apenas 1% não respondeu.

                                                              

 

Deputados brasileiros apoiam Prêmio Nobel da Paz para médicos cubanos

O Grupo Parlamentar de Amizade Brasil-Cuba expressou na última quarta-feira (24) seu apoio à proposta de conceder o Prêmio Nobel da Paz às brigadas médicas cubanas do contingente Henry Reeve, por sua inquestionável contribuição solidária no enfrentamento à Covid-19 em vários países do mundo. 

Assinado pela presidente do grupo, deputada Lídice da Mata, do PSB, o texto considera justa a distinção proposta ao Contingente Henry Reeve, "especialmente pelo reconhecimento de seu valor humanitário global, que inclui países entre os mais ricos do mundo". 

Durante o último mês, várias organizações e personalidades, com ênfase especial em alguns parlamentos, aderiram à campanha pela indicação. Da Ásia, Nguyen Van Giau, presidente do Comitê de Relações Exteriores da Assembléia Nacional do Vietnã, expressou sua solidariedade e admiração pelo trabalho das autoridades e profissionais cubanos no contexto da pandemia, observando que o Parlamento do Vietnã valoriza muito o nobre gesto de ajudar outros povos.

Segundo informações publicadas no site da Assembleia Nacional do Poder Popular de Cuba, por meio de um intercâmbio virtual, os membros do Partido Die Linke (A Esquerda), da Alemanha, também comemoraram os resultados de Cuba no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus, destacando os benefícios da política socialista de saúde e valorizando o internacionalismo dos médicos cubanos. 

Os legisladores gregos Nykolaos Syrmalenios, Giorgios Katrougkalos e Athanasia Anagnostopoulou, afirmaram que Cuba deu ao mundo grandes sinais de solidariedade.

Gustavo Machín Gómez, embaixador de Cuba na Espanha, manteve um encontro com Roser Suñe Pascuet, presidente do Parlamento desse principado. Na reunião, os dois representantes se referiram, em particular, ao trabalho dos trabalhadores cubanos da saúde, que desde março lutam contra a pandemia no país.

                                                                                  

 

Governo: Número de casos de Covid-19 nos EUA deve ser 10 vezes maior

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças alertam que o número real de casos de Covid-19 nos EUA pode ser dez vezes maior. "Nossa melhor estimativa agora é que para cada caso reportado existam na realidade outros dez", disse o diretor da entidade, Robert Redfield, em entrevista coletiva.

Este cálculo foi realizado após a análise de amostras de sangue em todo o país em busca da presença de anticorpos para o coronavírus, informa a EFE

Até o momento, 2,3 milhões de casos já foram identificados nos  EUA,  segundo os CDC, mas o número pode chegar a 23 milhões com a nova estimativa.

De acordo com os  dados  coletados  pela  Universidade   Johns   Hopkins,   os Estados Unidos totalizam até esta quinta-feira 2.416.727 casos confirmados de Covid-19, entre eles 122.550 óbitos.

A média de novos casos diários nos EUA  voltou  a  ficar  acima  de  30  mil  na última semana, devido ao aumento  identificado  em  estados  como  Califórnia, Flórida, Texas e Arizona, que somam cerca de metade dos contágios de todo o país. 

                                                             

 

América Latina pode ter 390 mil mortes em 4 meses pela Covid-19

O número de mortos pelo novo coronavírus na América Latina deve subir para 388.300 em outubro, com Brasil e México sendo responsáveis ​​por dois terços das mortes, já que outros países da região estão controlando seus surtos, disseram pesquisadores na quarta-feira (24).

A região emergiu como um novo ponto de acesso global  para  a  pandemia  em rápida expansão, já  que  as  mortes  ultrapassaram  100  mil  nesta  semana  e  os casos triplicaram de 690 mil há um mês para 2 milhões.

Altos níveis de pobreza e grandes setores informais - o que significa que muitos trabalhadores não podem ficar em quarentena - combinaram-se com a superlotação nas cidades e cuidados de saúde públicos inadequados, particularmente em comunidades rurais isoladas, para impedir a luta da América Latina para conter o contágio.

O Brasil deve exceder 166 mil mortes e o México ultrapassará 88 mil, de acordo com a previsão do Instituto de  Métricas   e   Avaliação   em   Saúde   (IHME) da Universidade de Washington.

O  mesmo   trabalho   prevê-se   que   Argentina,   Chile,   Colômbia,   Equador, Guatemala e Peru tenham mais de 10 mil mortes, enquanto 15 países, incluindo Paraguai, Uruguai e Belize, são vistos com menos de mil mortes cada.

"Vários países  latino-americanos   estão   enfrentando   trajetórias   explosivas, enquanto outros contêm infecções efetivamente", avaliou o diretor do IHME, Dr. Christopher Murray.

O que fazer para impedir o pior?

Os pesquisadores do IHME alertaram que a perda  de  vidas  poderia  aumentar ainda mais do que a previsão já sombria se s ordens sobre o uso de máscaras e o distanciamento social forem relaxadas.

No pior cenário, o número de mortos pela COVID-19  pode  subir  para  340.476 pessoas no Brasil e  151.433  no  México,  informou  o  relatório.  Os  líderes  do Brasil e do México foram punidos por não levarem o vírus a sério o  suficiente  e pressionarem pela reabertura de suas  economias   antes   que   o   vírus   fosse domado.

"O Brasil está em um momento sombrio. A menos que e   até   que   o   governo tome medidas sustentadas e aplicadas  para  retardar  a  transmissão,   o   país continuará sua trágica trajetória ascendente  de  infecções  e  mortes",  afirmou Murray.

Enquanto  o   presidente   brasileiro   Jair   Bolsonaro   continua   minimizando a gravidade da crise da saúde, o maior país da América  Latina   registrou   quase 1,2 milhão de casos e 53.830  mortes.  A  transmissão  pode  ser  reduzida  pela metade em comunidades onde as pessoas estão usando máscaras  ao  sair  de casa, de acordo com o IHME.

"O aumento do teste e o uso de  máscaras  são  ferramentas  importantes  para reduzir   o   número   dessa  pandemia  no  México,  além  de  manter  distância saudável", declarou o Dr.  Rafael  Lozano,  diretor  de  Sistemas  de  Saúde  do IHME.

Se o uso de máscaras aumentar para 95%, o Brasil poderá ver apenas 147.431 mortes e o número  previsto  de  mortes  no  México  poderá  cair  para  79.652, disseram os pesquisadores.

                                                              


Inglaterra: Praias lotam no calor e governo teme 2ª onda de covid-19

Praias de cidades do sul da Inglaterra como Bournemouth e Brighton ficaram lotadas nesta quarta-feira (24), dia mais quente do ano no Reino Unido com temperaturas acima dos 30°C. Autoridades temem uma segunda onda do coronavírus na região. 

Em números absolutos, o Reino Unido foram o país mais atingido pela doença na Europa ocidental. Até esta quarta, a Universidade Johns Hopkins registrava cerca de 308 mil casos e 43 mil mortes provocadas pelo coronavírus. 

O governo britânico, do primeiro-ministro Boris Johnson, planeja reabrir estabelecimentos como salões de cabeleireiros, pubs e restaurantes a partir de 4 de julho. 

Na fase da reabertura, não poderão funcionar academias de ginástica, danceterias, piscinas, pistas de boliche e spas.

                                                                                 

 

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Miguel Paiva

                                                                   

quarta-feira, 24 de junho de 2020

NOTÍCIAS CORONAVÍRUS 80

24.06.2020

 

Coronavírus mata 3 vezes mais na periferia


 

Brasil lidera novos casos de coronavírus há 3 semanas

Desde o dia 31 de maio, quando se tornou o País onde o coronavírus mais cresce, o Brasil lidera o ranking global de novos registros de infectados e de lá pra cá foram constatados em média 31,1 mil novos casos, seguido pelos Estados Unidos (28,3 mil) e pela Índia, em terceiro lugar, 13,8 mil.  De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o panorama do Brasil, que ultrapassou um milhão de casos no total e tem mais de 50 mil mortos, pode ser ainda pior. “São dois países com péssima direção. O que o governo Trump fez lá e o governo Bolsonaro fez aqui, só podia terminar nisso mesmo. São países que foram negacionistas”, diz Paulo Lotufo, epidemiologista da Faculdade de Medicina da USP. Segundo a plataforma Worldometers, que disponibiliza dados globais do coronavírus, o Brasil tem 1,1 milhão de confirmações e 52,7 mil mortes provocadas pela Covid-19. Os Estados Unidos têm 2,4 milhões de casos e 123 mil óbitos.

                                                                                 

 

Testes rápidos furam quarentena e estimula comportamento de risco

Exame para o novo coronavírus, simples como teste de gravidez, é vendido nas farmácias há quase dois meses. Custa entre 100 e 200 reais e atrai pessoas com algum sinal de desconforto respiratório que buscam saber se estão ou não com a covid-19. Este tipo de teste viralizou um vídeo de festa em Brasília onde os exames eram disponibilizados na entrada para avaliar quem poderia ou não entrar na festa. Se o resultado era negativo, a passagem estava liberada. Se positivo, a entrada era barrada. A medida que o isolamento se estende e os casos da doença crescem - nesta segunda, o país chegou a 51.271 mortes e 1.106.470 infectados - a busca pela resposta para saber se já foi vítima da doença aumenta. A expectativa é que resultado pode ser passaporte para uma vida menos restrita. Mas especialistas alertam que testes feitos no momento errado e com resultados mal interpretados podem levar a população a comportamento de risco. Testes rápidos - feitos a partir de uma amostra de sangue colhida de uma picada no dedo - não são capazes de dizer se a pessoa está ou não infectada e transmitindo o vírus naquele momento. O único teste capaz de detectar a presença do novo coronavírus durante a infecção é o chamado RT-PCR, feito a partir de amostra respiratória do paciente com sintomas da doença e processado em laboratório.

                                                                   

 

OMS: satisfação pelos resultados do uso de dexametasona

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recebe com satisfação os resultados dos ensaios clínicos do Reino Unido, que mostram como a dexametasona, um corticosteroide, pode salvar vidas de pacientes com COVID-19 em estado crítico. De acordo com resultados preliminares compartilhados com a OMS, o tratamento demonstrou reduzir a mortalidade em cerca de um terço para pacientes em ventilação mecânica e em cerca de um quinto para pacientes que requerem apenas oxigênio. O benefício foi observado apenas em pacientes com COVID-19 em estado grave e não foi observado em pacientes com doença mais leve. “Este é o primeiro tratamento que demonstrou que reduz a mortalidade em pacientes com COVID-19 que necessitam de suporte de oxigênio ou ventilador”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS. “São ótimas notícias e parabenizo o governo do Reino Unido, a Universidade de Oxford e os muitos hospitais e pacientes no Reino Unido que contribuíram para esse avanço científico vital”. A dexametasona é um esteroide usado desde a década de 1960 para reduzir a inflamação em uma variedade de condições, incluindo distúrbios inflamatórios e certos tipos de câncer. Faz parte da Lista Modelo de Medicamentos Essenciais da OMS desde 1977 em várias formulações e, atualmente, não está sujeita a patentes e é acessível na maioria dos países. 

                                                                 

                                                          

Brasil tem 1.374 mortes por Covid-19 em 24 horas e óbitos vão a 52.645

O Ministério da Saúde divulgou nesta terça-feira (23) o balanço mais recente da situação do novo coronavírus no Brasil. De acordo com a pasta, nas últimas 24 horas foram registradas 1.374 novas mortes pela COVID-19 no país, subindo o número total de óbitos para 52.645. O balanço também mostra que o Brasil agora registra 1.145.906 casos confirmados da doença, um aumento de 39.436 em relação ao que foi contabilizado na segunda-feira (22). A letalidade do coronavírus no Brasil é de 4,6%. As informações foram divulgadas através da plataforma do Ministério da Saúde. Segundo o órgão, atualmente, 613.345 pacientes já se recuperaram da COVID-19 no Brasil, enquanto outros 479.916 seguem em acompanhamento. 

                                                               

 

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Miguel Paiva – Justiça obriga Bolsonaro a usar máscara

                                                                             

segunda-feira, 22 de junho de 2020

NOTÍCIAS CORONAVÍRUS 79

22.06.2020

Pandemia e bem-estar

 

Pandemia: indígenas sem estrutura, demora nos testes e risco de fome 1

O acelerado crescimento dos casos de covid-19 nas aldeias do sudeste do Pará vem gerando preocupação entre indígenas e apoiadores. A crise, agravada pela falta de estrutura para o atendimento e a prevenção dos casos, pode se acentuar ainda mais com a insegurança alimentar em algumas aldeias da região. É o que apontam lideranças indígenas e integrantes da Rede de Apoio Mútuo aos Povos Indígenas do Sudeste do Pará, uma articulação de diversas organizações, pesquisadores e indigenistas que nos últimos meses vem realizando campanhas de solidariedade junto aos povos da região, reivindicando medidas junto ao poder público e sistematizando dados e informações sobre a situação nos territórios. “Estamos temendo muito que agora, além do vírus, chegue também a questão da fome”, alerta Zélia Maria Batista, missionária do Cimi Regional Norte 2 e religiosa da congregação das Irmãs Catequistas Franciscanas. A falta de alimentos, segundo a missionária, vem assolando especialmente aldeias dos povos Suruí Aikewara e dos povos Guarani Mbya e Atikun, menos assistidos pelo Estado e com menos recursos externos. A região possui grande extensão territorial e a grande diversidade de povos também se reflete nas variadas dificuldades enfrentadas nas aldeias e cidades – como é o caso dos indígenas Warao que migraram da Venezuela e vivem atualmente em Marabá. “Os povos que acabam tendo mais risco são os que estão mais próximos ou costumam ir mais para a cidade”, avalia Bernardo Tomchinsky, integrante da Rede de Apoio e professor da Faculdade de Biologia da faculdade de biologia da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa). Na avaliação do pesquisador, a proximidade com as cidades, a passagem de estradas e a existência de grandes projetos são alguns dos elementos que aumentam a vulnerabilidade dos territórios. É o caso das Terras Indígenas (TIs) Sororó, do povo Suruí Aikewara, Trocará, do povo Assurini do Tocantins, e Xikrin do Cateté, todas cortadas por rodovias federais. A TI Mãe Maria, do povo Gavião, além de também impactada por uma estrada, é cortada pelas linhas de transmissão da Usina Hidrelétrica de Tucuruí, da Eletronorte, e pela Estrada de Ferro Carajás, sob administração da mineradora Vale.

                                                                

 

Trump admite que reduziu testes para esconder casos de Covid-19

Trump, que é candidato à reeleição, admitiu ter ordenado reduzir os testes de detecção de Covid-19 para reduzir número de casos. "Testar é uma faca de dois gumes. Testamos até agora 25 milhões de pessoas. Provavelmente são 20 milhões a mais do que qualquer outro país. Aqui está a parte ruim: quando você faz tantos testes, encontra mais pessoas, encontra mais casos. Então, eu disse ao meu pessoal: diminuam os testes". Nos EUA, a pandemia já matou mais de 119.000 pessoas e infectou 2,2 milhões. Somente neste sábado, foram registrados mais 30 mil contaminados. O evento realizado num espaço fechado - com capacidade para 19.000 pessoas - não lotou. Houve distribuição de máscaras, mas poucos usavam, já que ninguém foi forçado a usar a proteção. Apesar da aglomeração, não houve distanciamento social dentro do complexo. Para participar do comício foi necessário comprometer-se a não processar a equipe eleitoral de Trump, mesmo que alguém contraia Covid-19 no local. Trump aproveitou para atacar seus adversários. Seguindo a narrativa do falso inimigo, Trump reclamou do que chamou de “extremismo radical” dos democratas. Há poucos dias, o presidente defendeu o uso das Forças Armadas contra manifestantes antirracistas e antifascistas. “Os democratas querem preencher os tribunais com extremistas”, disse Trump, que desqualificou seu rival nas eleições presidenciais de novembro, o candidato democrata Joe Biden, voltou a culpar a China por não ter controlado a propagação do vírus; e reivindicou ser o presidente da ‘lei e ordem’. “Se Biden chegar ao poder, será o fim dos EUA, já que é controlado pela esquerda radical”. O local escolhido por Trump para retomar sua campanha pela reeleição é o mesmo de um dos piores massacres de afro-americanos da história, ocorridos em 1921, quando até 300 negros morreram nas mãos de grupos racistas. Trump aproveitou o evento para criticar os protestos que destruíram estátuas e monumentos dos confederados, movimento que era contra a abolição da escravidão nos EUA. Para Trump, os manifestantes são "anarquistas e incendiários". "Eles querem demolir nossa herança ... Deveríamos ter legislação para que, se alguém quiser queimar a bandeira e pisar nela, seja preso por um ano".

                                                                 

 

Lula: Bolsonaro cometeu genocídio e reafirma defesa do impeachment

O ex-presidente Lula voltou a defender o impeachment do presidente Jair Bolsonaro durante entrevista à Rádio Arapuan, da Paraíba, nesta quinta-feira (18) e disse que o maior crime cometido por Bolsonaro foi o genocídio em razão da postura diante do coronavírus. “O Bolsonaro já cometeu muitos, muitos crimes de responsabilidade. Eu acho que ele cometeu um imperdoável, que é esse genocídio que está acontecendo no Brasil com a crise do coronavírus”, declarou o ex-presidente. “Ele não cuidou antes, no começo e nem agora”, completou. “Se o governo tivesse feito as coisas direitinho, conversado com governadores, cientistas, prefeituras, a gente poderia ter evitado a quantidade de mortos que já tem no Brasil. O presidente brincou com o coronavírus, isso é um crime de responsabilidade, quase um genocídio”.

                                                                                  

 

Beto Carrero World reabre e cenas de lotação chocam internautas

O Beto Carrero World, parque temático localizado em Santa Catarina, re-inaugurou suas atividades após afrouxamento da quarentena no estado. As imagens de superlotação deixaram as redes sociais em estado de perplexidade. 

                                                                                     

 

Nova onda de coronavírus assombra China e paciente zero é identificado

Novo surto de SARS-CoV-2 em Pequim, originado no maior mercado da cidade, levou a China a endurecer suas medidas de quarentena por medo de uma segunda onda. Paciente zero já foi identificado. O Science Times informa que se  trata de um homem de 52 anos de nome Tang, que em 3 de junho se deslocou ao mercado de Xinfadi – o maior da capital chinesa, tendo uma área equivalente a 157 campos de futebol – para comprar peixe para os filhos. A estação de TV Beijung divulgou imagens mostrando o paciente zero Tang sendo tratado em um hospital. O homem é oriundo de Xicheng, bairro onde se situa a sede do governo central da China bem como diversas atrações turísticas populares. Depois de apresentar vários sintomas, Tang se dirigiu a um hospital, sendo no mesmo dia diagnosticado com o coronavírus, a primeira infecção nativa de Pequim nos últimos dois meses.

                                                                

 

Brasil tem mais de 1,2 mil mortes por Covid pelo 4º dia consecutivo

Pelo quarto dia consecutivo, o Brasil registrou mais de 1,2 mil mortes pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2), informa o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Nesta sexta-feira (19), foram 1.206 óbitos registrados em 24 horas, elevando o total de vítimas para 48.954 desde o início da pandemia. O número foi atingido no dia em que o país bateu mais de um milhão de casos da Covid-19: são 1.032.913 contaminados até às 18h de hoje. Na comparação com ontem, são 54.711 novos infectados que entraram no sistema. Apenas os Estados Unidos haviam ultrapassado a marca. No entanto, a taxa de letalidade caiu um pouco na comparação com a quinta-feira, chegando a 4,7% contra os 4,9% de ontem. Porém, a taxa de mortalidade aumentou para 23,3 pessoas a cada 100 mil habitantes e a de incidência subiu para 491,5 a cada 100 mil. O estado de São Paulo continua liderando nos números absolutos, com 211.658 contaminados e 12.232 mortes - taxa de letalidade de 5,8%. Mas, o Rio de Janeiro, que está na segunda colocação nos dados totais (93.378 e 8.595, respectivamente), tem a maior letalidade de 9,2%. Na terceira posição vem o Ceará, com 89.863 casos e 5.460 mortes.

                                                                 


Venezuela retoma quarentena rigorosa para conter a Covid-19

O Governo da Venezuela anunciou que a partir desta segunda-feira (22), começa o período de sete dias de quarentena radical social, disciplinada e consciente, a fim de conter as infecções por Covid-19. A partir desta segunda-feira, medidas especiais são implementadas na Capital e diversas outras regiões do país. "Lembramos ao povo da Venezuela que amanhã, dia 22 de junho, começa o período de quarentena estrita e radical. Pedimos a todos que fiquem em casa, exceto em áreas que exigem mobilidade", disse no domingo o ministro da Comunicação e Informação, Jorge Rodríguez, no domingo. O ministro indicou que nas últimas 24 horas foram registrados 44 novos casos de transmissão comunitária e 84 casos importados de Covid-19, para um total de 3.918 infecções com 33 mortes. A partir desta segunda-feira, o Ministério dos Transportes colocará em operação um sistema superficial de mobilidade de passageiros com unidades de contingência, após a decisão das autoridades de fechar o metrô de Caracas e Los Teques. Serão impostas barreiras de contenção entre municípios e estados e será evitada a circulação nas principais rodovias e rodovias nos estados sujeitos a essas medidas especiais. Além disso, todas as atividades esportivas anteriormente autorizadas serão revisadas e a ativação dos 24 novos setores que aderiram à fase de flexibilização da quarentena será interrompida. Rodríguez fez um apelo especial à população para que cumpra as medidas preventivas, principalmente no que diz respeito ao uso correto da máscara.

                                                                                

 

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Renato Aroeira – Eu estou descarregado