24.06.2020
Coronavírus mata 3 vezes mais na periferia
Brasil lidera novos casos de coronavírus há 3
semanas
Desde o dia 31 de maio, quando se tornou o País onde o coronavírus mais cresce, o Brasil lidera o ranking global de novos registros de infectados e de lá pra cá foram constatados em média 31,1 mil novos casos, seguido pelos Estados Unidos (28,3 mil) e pela Índia, em terceiro lugar, 13,8 mil. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o panorama do Brasil, que ultrapassou um milhão de casos no total e tem mais de 50 mil mortos, pode ser ainda pior. “São dois países com péssima direção. O que o governo Trump fez lá e o governo Bolsonaro fez aqui, só podia terminar nisso mesmo. São países que foram negacionistas”, diz Paulo Lotufo, epidemiologista da Faculdade de Medicina da USP. Segundo a plataforma Worldometers, que disponibiliza dados globais do coronavírus, o Brasil tem 1,1 milhão de confirmações e 52,7 mil mortes provocadas pela Covid-19. Os Estados Unidos têm 2,4 milhões de casos e 123 mil óbitos.
Testes
rápidos furam quarentena e estimula comportamento de risco
Exame para o novo coronavírus, simples como teste de gravidez, é vendido nas farmácias há quase dois meses. Custa entre 100 e 200 reais e atrai pessoas com algum sinal de desconforto respiratório que buscam saber se estão ou não com a covid-19. Este tipo de teste viralizou um vídeo de festa em Brasília onde os exames eram disponibilizados na entrada para avaliar quem poderia ou não entrar na festa. Se o resultado era negativo, a passagem estava liberada. Se positivo, a entrada era barrada. A medida que o isolamento se estende e os casos da doença crescem - nesta segunda, o país chegou a 51.271 mortes e 1.106.470 infectados - a busca pela resposta para saber se já foi vítima da doença aumenta. A expectativa é que resultado pode ser passaporte para uma vida menos restrita. Mas especialistas alertam que testes feitos no momento errado e com resultados mal interpretados podem levar a população a comportamento de risco. Testes rápidos - feitos a partir de uma amostra de sangue colhida de uma picada no dedo - não são capazes de dizer se a pessoa está ou não infectada e transmitindo o vírus naquele momento. O único teste capaz de detectar a presença do novo coronavírus durante a infecção é o chamado RT-PCR, feito a partir de amostra respiratória do paciente com sintomas da doença e processado em laboratório.
OMS:
satisfação pelos resultados do uso de dexametasona
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recebe com satisfação os resultados dos ensaios clínicos do Reino Unido, que mostram como a dexametasona, um corticosteroide, pode salvar vidas de pacientes com COVID-19 em estado crítico. De acordo com resultados preliminares compartilhados com a OMS, o tratamento demonstrou reduzir a mortalidade em cerca de um terço para pacientes em ventilação mecânica e em cerca de um quinto para pacientes que requerem apenas oxigênio. O benefício foi observado apenas em pacientes com COVID-19 em estado grave e não foi observado em pacientes com doença mais leve. “Este é o primeiro tratamento que demonstrou que reduz a mortalidade em pacientes com COVID-19 que necessitam de suporte de oxigênio ou ventilador”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS. “São ótimas notícias e parabenizo o governo do Reino Unido, a Universidade de Oxford e os muitos hospitais e pacientes no Reino Unido que contribuíram para esse avanço científico vital”. A dexametasona é um esteroide usado desde a década de 1960 para reduzir a inflamação em uma variedade de condições, incluindo distúrbios inflamatórios e certos tipos de câncer. Faz parte da Lista Modelo de Medicamentos Essenciais da OMS desde 1977 em várias formulações e, atualmente, não está sujeita a patentes e é acessível na maioria dos países.
Brasil tem 1.374 mortes por
Covid-19 em 24 horas e óbitos vão a 52.645
O Ministério da Saúde divulgou nesta terça-feira (23) o balanço mais recente da situação do novo coronavírus no Brasil. De acordo com a pasta, nas últimas 24 horas foram registradas 1.374 novas mortes pela COVID-19 no país, subindo o número total de óbitos para 52.645. O balanço também mostra que o Brasil agora registra 1.145.906 casos confirmados da doença, um aumento de 39.436 em relação ao que foi contabilizado na segunda-feira (22). A letalidade do coronavírus no Brasil é de 4,6%. As informações foram divulgadas através da plataforma do Ministério da Saúde. Segundo o órgão, atualmente, 613.345 pacientes já se recuperaram da COVID-19 no Brasil, enquanto outros 479.916 seguem em acompanhamento.
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