29.06.2020
Pandemia
se agrava no interior do Brasil
América Latina se aproxima de 2,5
milhões de casos de Covid-19
Até o momento, a América Latina registra 2.480.821
infecções e 112.104 mortes desde o início da pandemia.
Os casos na América Latina aumentaram 1 milhão nos
últimos 18 dias, devido à disseminação geral de infecções, principalmente no
Brasil, que é o país mais atingido com mais da metade das infecções e mortes na
América Latina.
O Brasil estabeleceu um recorde de casos nas
últimas 24 horas neste domingo, registrando 30.476 novas infecções, que
aumentaram para 1.345.254 desde que o vírus chegou ao país.
Quanto ao número de mortos, o Ministério da Saúde
registrou 552 novas mortes por coronavírus, elevando o número de mortes
registradas no país sul-americano para 57.658.
Apesar dos números alarmantes, vários estados
brasileiros iniciaram a reabertura de atividades econômicas, devido à pressão
do presidente de extrema direita Jair Bolsonaro.
O Peru é o segundo país da região em número de
infecções, com 279.419 casos desde o início da pandemia.
O Ministério da Saúde (Minsa) indicou que 3.430
novos casos e 182 novos óbitos foram registrados nas últimas 24 horas,
aumentando o número de óbitos para 9.419 dois dias após o final da quarentena
geral.
Os novos números do coronavírus no Peru coincidiram
com o lançamento de uma pesquisa que reflete que 58% dos peruanos acreditam que
a quarentena geral deve continuar.
O México é o terceiro país latino-americano mais
afetado pela pandemia, registrando 216.852 casos acumulados do novo
coronavírus. Até hoje, o país registrou 26.648 mortes de Covid-19, 267 delas
registradas no último dia.
As autoridades de saúde também alertam que o número
real de pessoas infectadas pode ser consideravelmente maior do que o que eles
foram capazes de confirmar através dos testes realizados.
No Chile, o Ministério da Saúde informou neste
domingo que 8.935 pessoas morreram por causa da Covid-19 e o número de
infecções atingiu 271.982 casos.
O Departamento de Estatística e Informação em Saúde
(DEIS) da entidade Saúde especificou que 6.089 pacientes morreram do
coronavírus com confirmação laboratorial e 2.846 perderam a vida sem
confirmação diagnóstica, ou seja, como suspeito e provável da pandemia.
Após 110 dias de registro dos primeiros casos de Covid-19 na Bolívia, as infecções e mortes estão aumentando, totalizando 31.524 confirmadas e 1.014 mortes, informou o Ministério da Saúde.
Lula: saída para a AL após a
pandemia é mais democracia e estado forte
“É um privilégio compartilhar este momento com pessoas que fizeram e
continuam fazendo tanto para mudar o mundo especialmente a nossa América
Latina. Às vezes penso que viemos ao mundo com esta missão: de transformá-lo
num lugar melhor para se viver. Um lugar mais humano, mais fraterno, mais solidário,
menos desigual. Para muitos de nós, que viemos das camadas populares, que
conhecemos o sofrimento e a privação, mais do que uma missão, transformar o
mundo é antes de tudo uma questão de necessidade.
Eu não sei como será o mundo depois dessa pandemia, creio que ninguém
sabe. Tenho apenas uma certeza: países em que o governo pensou primeiramente na
população, como é o caso da Argentina, sairão desta crise em situação melhor do
que os que não pensaram. Quando comparo os números da pandemia entre nossos
países, penso primeiramente no sofrimento das famílias de mais de 55 mil
pessoas que já morreram no Brasil. Nem as guerras em que o Brasil lutou nem
qualquer outra doença causou tanta devastação num período tão curto.
Quando vejo quantas vidas foram salvas na Argentina, me dói muito ver
meu próprio país desgovernado, com ministros incapazes de agir para proteger
nosso povo e um presidente da República que chega a fazer piada com a tragédia.
Lamento muito pelo Brasil e cumprimento o presidente Alberto Fernández pela
alta responsabilidade com que vem enfrentando a pandemia, por ter mobilizado o
país para este combate no momento certo, por resistir às incompreensões e
pressões com a coragem que caracteriza um verdadeiro líder.
O mundo sempre precisou de líderes e de sonhos. Não faz tanto tempo
assim, aqui na América Latina nós começamos resgatar o antigo sonho de Simon
Bolívar, a Pátria Grande como ele dizia nos tempos heroicos da libertação e da
independência dos nossos países. Bolívar já antecipava algo que se tornou muito
claro ao longo do século passado. Primeiramente quando nossas riquezas naturais
foram apropriadas pelo estrangeiro, que interferiam diretamente na nossa
soberania, apoiando governos que serviam a seus interesses, ocupando nossos territórios
com suas tropas ou apoiando golpes e ditaduras com o mesmo objetivo, sempre que
as forças do povo e da soberania levantavam a cabeça.
Foi assim no Brasil, na Argentina, no Chile, na Bolívia, no Paraguai, no Peru, no Uruguai.
União Europeia mantém bloqueio à
entrada de pessoas do Brasil
Os 27 países que integram a União Europeia abrirão suas fronteiras externas nesta quarta-feira, 1º, para determinados países onde a pandemia está relativamente controlada. O Brasil ficou de fora desta medida.
Segundo a Revista Fórum, cidadãos de 14
países poderão entrar na União Europeia: Argélia, Austrália, Canadá,
Coreia do Sul, Geórgia, Japão, Marrocos, Montenegro, Nova Zelândia, Ruanda,
Sérvia, Tailândia, Tunísia e Uruguai.
Considerados como locais onde o contágio do
coronavírus está descontrolado, a União Europeia manteve o bloqueio à entrada
de pessoas do Brasil, Estados Unidos, Rússia, Arábia Saudita e Turquia.
A relação de países será revisada a cada duas semanas. A proibição de entrada é
para viagens “não essenciais”, como turismo. As restrições não se aplicam a
estudantes, trabalhadores sazonais, passageiros em trânsito, refugiados e
familiares de residentes.
Atualmente os brasileiros também estão proibidos de entrar nos Estados Unidos por conta do contágio do coronavírus no país, cujas medidas de combate vêm sendo sabotadas pelo presidente Jair Bolsonaro.
Coronavírus: Brasil registra 24.052 novos casos e 692 mortes
O Brasil registrou nesta segunda-feira 24.052 novos
casos de coronavírus, o que eleva a contagem total no país a 1.368.195, e mais
692 óbitos, atingindo 58.314 mortes em decorrência da Covid-19, informou o
Ministério da Saúde.
O número de infecções é inferior aos cerca de 40
mil novos casos reportados entre terça e sexta-feira da semana passada, e
também fica abaixo dos mais de 30 mil casos verificados tanto no sábado como no
domingo, segundo os dados do ministério.
No entanto, as notificações de casos e mortes de
Covid-19 no Brasil tendem a diminuir às segundas, com o atraso no processamento
de testes durante os finais de semana. Na semana passada, a segunda-feira (com
21.432 casos) foi o único dia útil em que o número de novos casos não girou em
torno de 40 mil.
O Brasil é o segundo país do mundo com maior contagem de casos e mortes devido ao vírus, atrás apenas dos Estados Unidos, que possuem cerca de 2,5 milhões de infecções confirmadas e quase 126 mil óbitos.
"Nem perto de acabar",
diz diretor-geral da OMS sobre fim de pandemia
A pandemia de Covid-19 não está nem perto de
terminar, disse o chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom
Ghebreyesus, em entrevista coletiva nesta segunda-feira.
“Todos nós queremos que isso acabe. Todos queremos
continuar com nossas vidas. Mas a dura realidade é que isso nem está perto de
acabar. Embora muitos países tenham feito algum progresso globalmente, a
pandemia está na verdade acelerando”, disse Tedros.
A OMS planeja convocar uma reunião nesta semana para avaliar o progresso das pesquisas no combate à doença, acrescentou.
‘Assumimos um risco para ter a vacina no Brasil’, diz
presidente da Fiocruz
A presidente da Fiocruz, socióloga Nísia Trindade Lima, defendeu a parceria da instituição com a Universidade de Oxford na tentativa de produzir vacinas contra o coronavírus. As vacinas estão sendo desenvolvidas pela instituição inglesa na Bio-Manguinhos, laboratório da Fiocruz. Trata-se de um investimento de R$ 693,4 milhões, e não há garantias de que o produto será eficaz.
"Assumimos um
risco de natureza econômica para ter a vacina no Brasil, um compromisso
financeiro, esperando que o produto seja bem sucedido, mas claro que ele pode
não se provar eficaz", afirmou Nísia em entrevista ao jornal O Globo. "Há
muitas pesquisas sem resposta sobre o coronavírus, e acredito que a escolha
desta vacina foi muito bem pensada. Não somos o único país a tomar esta
iniciativa. Outros também estão conciliando ensaios clínicos e produção de
lotes sem ter certeza sobre o resultado final", acrescentou.
De acordo com a presidente da Fiocruz, a instituição enfrenta dois riscos.
"O primeiro é ter uma vacina que não demonstra grande capacidade de
produção. O segundo é ver o Brasil excluído de qualquer busca pela produção de
vacinas. Hoje, seguindo a fórmula como trabalhamos, não há qualquer ameaça
clínica à população, porque as doses já serão introduzidas no SUS depois de
terem sua eficácia comprovada em pesquisas e exames da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária", complementou.
A estudioso confirmou que a Fiocruz terá capacidade para produzir vacinas para
toda a população. "Na verdade, mesmo agora, os insumos farmacêuticos virão
de Oxford, mas a produção da vacina será finalizada aqui. Isso requer
instalações adequadas e experiência, e a Fiocruz já fabrica vacinas há 120
anos. Podemos contar com o apoio dos pesquisadores de Oxford até chegar a 100
milhões de doses. Quando o processo de transferência de tecnologia for
concluído, teremos autonomia para fabricar, a partir do ano que vem, 40 milhões
de doses por mês".
Acompanhe o registro do Coronavírus pelo mundo
Renato Aroeira - Domesticado
Nenhum comentário:
Postar um comentário