Mais mortes por Covid-19 nas favelas
Subnotificação: UERJ participa do mapeamento de casos de coronavírus
Levantamentos e projeções da Universidade Estadual
do Rio de Janeiro (UERJ) e outras instituições mostram que o número de pessoas
infectadas pelo coronavírus pode ser 16 vezes maior que o registro oficial. A subnotificação
de casos estima que haja mais de 2,7 milhões de casos de infecção, dos quais 288
mil só no Rio de Janeiro. Ministério da Saúde sem autonomia de gestão
contabilizava 203.165 casos confirmados da doença, cerca de 19 mil no Estado do
Rio. Fernando Sanches, pesquisador do Departamento de Segurança e Saúde do
Trabalhador (Dessaude) da UERJ, constata a incerteza sobre o total de pessoas
infectadas e a taxa de mortalidade pela Covid-19, devida à baixa testagem. Há cenários
como a presença de vulnerabilidades, condições socioeconômicas, dificuldade de acesso
aos serviços de saúde, nível de educação da população, entendimento sobre medidas
e estratégias de mitigação, supressão de novos casos ou de agravamento”, afirmou.
Covid-19: mortes em SP aumentam, mas poucos moradores se isolam
O índice
de isolamento social no estado de São Paulo permaneceu abaixo de 50%, mesmo com
aumento de casos confirmados e mortes por conta do novo coronavírus. O estado
acumula mais de 58 mil casos de covid-19 e tem 4.501 vítimas da doença. Mais de 450 municípios do estado registraram casos da doença, e,
depois da capital, as cidades da região metropolitana, Osasco, Guarulhos, São
Bernardo do Campo e Santo André, aparecem com os maiores números relacionados
ao coronavírus, ocupando os lugares no topo do ranking de casos confirmados. Osasco
tem o maior índice de letalidade. 11,9% da população que se contamina com a
covid-19, morre. Já na capital o índice ficou um pouco acima (48%), mas longe
das expectativas da Prefeitura. O número é sinal de que o rodízio implementado
pela gestão de Bruno Covas não surtiu o efeito necessário.
PSOL: visita emergencial da Comissão Interamericana de DH ao Brasil
A bancada
do Partido da Solidariedade (PSOL) na Câmara dos Deputados pediu que à Comissão
Interamericana de Direitos Humanos que faça uma visita emergencial ao Brasil
após a saída de Nelson Teich do Ministério da Saúde, em meio à pandemia do coronavírus.
Segundo o partido, a delegação da comissão tem de "averiguar a situação de
desmonte e descontinuidade do sistema público de saúde", que é o retrato da
"catastrófica gestão" do presidente Jair
Bolsonaro (sem partido). Os deputados pedem ainda que a
comissão se manifeste de forma urgente sobre a condução do governo diante da
pandemia.
Mortes por pneumonia e suspeitas sobre subnotificação de covid-19

Pesquisadores de Israel: teste de bafômetro detecta vírus em 1 min.

UFMG mostra principais locais de risco de contaminação pelo covid-19

Drauzio Varella: Brasil será o epicentro do coronavírus no mundo
Para
o médico, a discussão entre isolamento social e reativação da economia é inútil
“porque não vamos conseguir ativar a economia no meio de uma pandemia”. “Essa
discussão de que o país vai quebrar é artificial, política”, afirmou. “Respeitem o isolamento social. Essa discussão de que o país vai
quebrar é artificial, política. Não é baseada em dados sérios”. “Será uma
grande tragédia coletiva e ineficaz. Porque não vamos conseguir ativar a
economia no meio de uma pandemia”, declarou. “A troco de que outros países do
mundo iriam decretar o isolamento se não houvesse necessidade? Eles são
idiotas? Não. Eles se conscientizaram de que era necessário evitar uma grande
tragédia”. “Brasileiros fizemos escolhas muito ruins ao longo de décadas e
não priorizamos o combate à desigualdade”.
Carmen Silva, ativista da luta pela moradia, invoca
constituição
coordenadora do Movimento dos Sem-Teto do Centro
(MSTC), que também esteve na transmissão, concorda. “A Covid-19 reverbera o que
a gente vem dizendo há anos: quem não tem moradia, não tem saúde. Ter de pagar
aluguel tira dinheiro da alimentação e da saúde. E as habitações precárias, com
adensamento excessivo, em que pessoas compartilham o mesmo cômodo, provoca
doenças”. Para a ativista social, quando as pessoas enfrentam uma fatalidade,
elas logo pensam em criar regras novas. “É só respeitar a Constituição, os
direitos básicos dos cidadãos, como o direito à moradia”.
Acompanhe o registro do Coronavírus pelo mundo
Nenhum comentário:
Postar um comentário