sábado, 16 de maio de 2020

NOTÍCIAS CORONAVÍRUS 50

16.05.2020

Mais mortes por Covid-19 nas favelas



Subnotificação: UERJ participa do mapeamento de casos de coronavírus

Levantamentos e projeções da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e outras instituições mostram que o número de pessoas infectadas pelo coronavírus pode ser 16 vezes maior que o registro oficial. A subnotificação de casos estima que haja mais de 2,7 milhões de casos de infecção, dos quais 288 mil só no Rio de Janeiro. Ministério da Saúde sem autonomia de gestão contabilizava 203.165 casos confirmados da doença, cerca de 19 mil no Estado do Rio. Fernando Sanches, pesquisador do Departamento de Segurança e Saúde do Trabalhador (Dessaude) da UERJ, constata a incerteza sobre o total de pessoas infectadas e a taxa de mortalidade pela Covid-19, devida à baixa testagem. Há cenários como a presença de vulnerabilidades, condições socioeconômicas, dificuldade de acesso aos serviços de saúde, nível de educação da população, entendimento sobre medidas e estratégias de mitigação, supressão de novos casos ou de agravamento”, afirmou. 

Covid-19: mortes em SP aumentam, mas poucos moradores se isolam

O índice de isolamento social no estado de São Paulo permaneceu abaixo de 50%, mesmo com aumento de casos confirmados e mortes por conta do novo coronavírus. O estado acumula mais de 58 mil casos de covid-19 e tem 4.501 vítimas da doença. Mais de 450 municípios do estado registraram casos da doença, e, depois da capital, as cidades da região metropolitana, Osasco, Guarulhos, São Bernardo do Campo e Santo André, aparecem com os maiores números relacionados ao coronavírus, ocupando os lugares no topo do ranking de casos confirmados. Osasco tem o maior índice de letalidade. 11,9% da população que se contamina com a covid-19, morre. Já na capital o índice ficou um pouco acima (48%), mas longe das expectativas da Prefeitura. O número é sinal de que o rodízio implementado pela gestão de Bruno Covas não surtiu o efeito necessário. 

PSOL: visita emergencial da Comissão Interamericana de DH ao Brasil

A bancada do Partido da Solidariedade (PSOL) na Câmara dos Deputados pediu que à Comissão Interamericana de Direitos Humanos que faça uma visita emergencial ao Brasil após a saída de Nelson Teich do Ministério da Saúde, em meio à pandemia do coronavírus. Segundo o partido, a delegação da comissão tem de "averiguar a situação de desmonte e descontinuidade do sistema público de saúde", que é o retrato da "catastrófica gestão" do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Os deputados pedem ainda que a comissão se manifeste de forma urgente sobre a condução do governo diante da pandemia. 

Mortes por pneumonia e suspeitas sobre subnotificação de covid-19

O número de óbitos por doenças respiratórias, em todo o Brasil, já é superior ao mesmo período em 2019. O Paraná segue a tendência. Os números se baseiam nas Declarações de Óbito registradas nos cartórios e relacionadas à "covid-19" e a "causas respiratórias". De 1º de janeiro a 12 de maio de 2020 no Brasil, já são 70.437 óbitos por pneumonia. O número é superior aos dados de 2019 referentes a todos os dias de maio, com 66.170 registros de pneumonia. Como há 113 mortes por coronavírus confirmadas no estado, esses números trazem dúvidas sobre a subnotificação por falta de resultados de testes, já que as principais decorrências do novo vírus são pneumonia e insuficiência respiratória. Número de óbitos por pneumonia vêm crescendo no Paraná e são superiores às mortes registradas, mas não têm sido registradas como tal. 

Pesquisadores de Israel: teste de bafômetro detecta vírus em 1 min.

Pesquisadores da Universidade Ben-Gurion, em Israel, desenvolveram teste que detecta por meio de um bafômetro e em apenas um minuto, a presença do novo coronavírus. A iniciativa do professor Gabby Sarusi, fez pesquisadores da Universidade Ben-Gurion desenvolveram o teste. De acordo com os responsáveis pelo projeto, além da velocidade, o teste tem 90% de precisão, superior à do PCR e com custo bastante inferior aos métodos disponíveis no mercado. A porcentagem foi obtida após avaliação em 120 pessoas. As partículas do teste simples de respiração ou de amostras coletadas na garganta e no nariz, são colocadas num chip com extensa variedade de sensores projetados especificamente para detectar o vírus. O sistema analisa a amostra biológica e fornece um resultado positivo ou negativo preciso, em um minuto, enviado pelo sistema conectado à nuvem.

UFMG mostra principais locais de risco de contaminação pelo covid-19

Estudo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) apontou locais que representam maior ou menor risco de contágio para a Covid-19. Hospitais apresentam mais chances de transmissão que os transportes públicos, bancos e lotéricas. Já elevadores, academias e feiras livres representam mais riscos quando comparados a supermercados. Matheus Westin, infectologista e professor da Clínica Médica da UFMG, afirma que para a classificação desses riscos são levados em conta o nível de aglomeração no ambiente, o grau de interação direta e indireta entre as pessoas e a chance de haver pessoas com infecção pelo novo coronavírus. Nos hospitais, profissionais de saúde são os mais vulneráveis ao contágio da doença, por estarem no combate ao vírus, mas é ambiente com pessoas suspeitas de infecção ou com teste positivados. Secretarias de Saúde devem disponibilizar o Equipamento de Proteção Individual (EPI), em número adequado. 

Drauzio Varella: Brasil será o epicentro do coronavírus no mundo

Para o médico, a discussão entre isolamento social e reativação da economia é inútil “porque não vamos conseguir ativar a economia no meio de uma pandemia”. “Essa discussão de que o país vai quebrar é artificial, política”, afirmou. “Respeitem o isolamento social. Essa discussão de que o país vai quebrar é artificial, política. Não é baseada em dados sérios”. “Será uma grande tragédia coletiva e ineficaz. Porque não vamos conseguir ativar a economia no meio de uma pandemia”, declarou. “A troco de que outros países do mundo iriam decretar o isolamento se não houvesse necessidade? Eles são idiotas? Não. Eles se conscientizaram de que era necessário evitar uma grande tragédia”. “Brasileiros fizemos escolhas muito ruins ao longo de décadas e não priorizamos o combate à desigualdade”.


Carmen Silva, ativista da luta pela moradia, invoca constituição
coordenadora do Movimento dos Sem-Teto do Centro (MSTC), que também esteve na transmissão, concorda. “A Covid-19 reverbera o que a gente vem dizendo há anos: quem não tem moradia, não tem saúde. Ter de pagar aluguel tira dinheiro da alimentação e da saúde. E as habitações precárias, com adensamento excessivo, em que pessoas compartilham o mesmo cômodo, provoca doenças”. Para a ativista social, quando as pessoas enfrentam uma fatalidade, elas logo pensam em criar regras novas. “É só respeitar a Constituição, os direitos básicos dos cidadãos, como o direito à moradia”. 

Acompanhe o registro do Coronavírus pelo mundo


NYT escancara a caótica resposta do governo Bolsonaro




Centenas de pessoas estão morrendo diariamente no Brasil, que está emergindo como um epicentro da pandemia. O país teve meses para se preparar, mas foi prejudicado por uma resposta caótica do governo

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