Coronavírus e a desigualdade no Amazonas
Reino Unido libera teste de anticorpos do novo coronavírus
O sistema público de
saúde do Reino Unido aprovou um teste de anticorpos para o novo coronavírus com
precisão de 100%, nesta quinta-feira (14). Os exames de anticorpos mostram quem foi
infectado, mas ainda não é possível saber se a presença de anticorpos do novo
coronavírus implica na imunidade permanente. Um laboratório da Saúde Pública da
Inglaterra concluiu em 7 de maio
que o exame da Roche, companhia de produtos farmacêuticos com sede na Suécia,
detectou os anticorpos exatos desencadeados pelo vírus, mas as descobertas só
vieram a público na noite desta quarta-feira (13). É um exame de sangue que verifica
se o corpo já teve contato com o novo coronavírus.
Bruno
Gagliasso: Bolsonaro andando de jet-ski mata menos
O ator Bruno Gagliasso comentou a postura de Jair
Bolsonaro frente à pandemia do coronavírus e as acusações feitas por Sergio
Moro. Segundo o ator, "se ontem pra hoje ele mentiu que não falou
sobre a Polícia Federal, fez uma live com empresários pedindo que pressionem os
governadores para reabrir tudo". O ator destacou ainda que "pairam
dúvidas sobre a veracidade dos exames entregues ao STF", se referindo aos
testes de Covid e que Bolsonaro ainda "prescreveu medicação não
recomendada no mundo e derrubou o Teich". E concluiu: "De ontem pra
hoje foram mais de 800 vidas perdidas e mais e mais brasileiros sofrem nos
hospitais. Acho que prefiro o Bolsonaro andando de jet-ski. Mata menos".
EUA
alertam sobre doença vinculada à covid-19 em crianças
Autoridades americanas alertaram profissionais de
saúde sobre doença inflamatória rara e grave que afeta crianças, e
provavelmente está vinculada ao coronavírus. O Reino Unido reportou em abril a doença,
chamada síndrome multi-inflamatória em crianças (MIS-C) pelos Centros da
Prevenção e da Luta contra as Doenças dos Estados Unidos (CDC). Uma centena de
casos, com óbitos, foram registrados no estado de Nova York. "Os
trabalhadores sanitários que tratam ou trataram pacientes menores de 21 anos
que apresentem os critérios de MIS-C devem destacar os casos suspeitos a seus
departamentos de saúde locais". Os critérios são sintomas como febre e
inflamação em vários órgãos que obriguem hospitalizar os pacientes. Também
leva-se em conta a impossibilidade de realizar diagnóstico e exposição dos
doentes à covid-19 ou confirmação de que se contagiaram com coronavírus.
Brasil tem mais 844 mortes por Covid-19 e óbitos chegam a 14 mil
Bolsonaro
desatento minimiza os efeitos da pandemia, em que o Brasil já registrou até
agora 202.918 casos confirmados de coronavírus, um crescimento de 13.944 novos
casos em 24 horas. A taxa de letalidade é
de 6,9%. 2.000 óbitos estão em investigação. Ministério da Saúde, sem ministro,
divulgou que 109.446 pacientes (53,9%) estão em acompanhamento e 79.479 (39,2%)
já se recuperaram da doença. Na quarta-feira (13), a pasta contabilizava
188.974 casos da doença e 13.149 mortes.
CFM recebeu mais 2 mil denúncias de irregularidades em hospitais
O Conselho Federal de Medicina (CFM) recebeu 2.166
denúncias de irregularidade na estrutura necessária para o enfrentamento à
pandemia de Covid-19 nos vários hospitais do país, segundo dados divulgados
pelo órgão nesta quinta-feira, 14. O CFM reforça que foram cerca de 1,5 mil
profissionais que realizaram as denúncias, em 546 municípios do país. A
principal reclamação é a falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPI),
como as máscaras N95, recomendadas para evitar a contaminação das equipes de
saúde. Em seguida, há denúncias sobre a falta de exames e medicamentos, para
diagnosticar e tratar a doença.
Menos da metade dos doentes de Covid-19 na Europa tiveram febre
Estudo publicado no Journal of Internal Medicine
aponta que as dores de cabeça e a perda do olfato foram os sintomas mais
frequentes entre as vítimas de coronavírus na Europa. De acordo com a pesquisa,
ao contrário do que havia sido dito no início da epidemia, a presença de febre
foi constatada em menos da metade dos doentes. Foram avaliados mais de 1.400
pacientes. Cerca de 70% registraram dores de cabeça e perda do olfato. Outros
sintomas frequentes nos pacientes foram o nariz entupido (67,8%), tosse
(63,2%), dores musculares (62,5%), coriza (60,1%) e perda do paladar (54,2%).
Na pós-pandemia, nosso maior desafio será a favela, diz Tainá de
Paula
A arquiteta e urbanista Tainá de Paula, mestre em
Urbanismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), assessora do
MTST, integrante da Comissão de Gênero do Conselho dos Arquitetos e Urbanista
(CAU-RJ), entre outras atividades. Acredita que a esquerda precisa produzir com
urgência uma agenda de saída da crise para as populações carentes fincada em
plataformas muito concretas de ação. “As pessoas vão querer respostas claras.
Desde o golpe contra Dilma não temos planejamento algum, o que significa não
ter perspectiva de desenvolvimento. Essa é a receita da economia atual. Nosso
maior desafio será a favela. Não dá mais para não ver a realidade das favelas.
As injustiças de antes da pandemia continuarão se não criarmos uma agenda
direta e específica para esses territórios”.
Para Tainá, mais que nunca é preciso reabrir o
debate do direito do brasileiro à moradia. “É como se a pandemia tivesse aberto
a caixa de Pandora e descoberto as desigualdades. Temos acúmulo de negligência
sobre isso”. Ela avalia que a primeira grande luta é contra o bolsonarismo
e o fascismo, que se estabelecem como natural no Brasil. "A
pandemia nos atravessa de uma forma muito contundente. Minha tarefa hoje é
criar e consolidar nossa estratégia anti-bolsonarista”. Sem ver com otimismo a
pós-pandemia, Tainá acha que a mudança de padrão de higiene do brasileiro com a
crise sanitária vai pressionar para que se discuta com outro olhar o debate da
melhoria habitacional. A vulnerabilidade das pessoas será uma janela para esse
contraponto: todos vão querer uma agenda de bem-estar social.
“Vejo escritórios de crise criados pelas lideranças
nas favelas brasileiras, grupos organizados da sociedade criando respostas
contundentes a essas questões. A organização popular é potente, mas vejo com
preocupação a negligência dos nossos gestores públicos e a ausência de práticas
políticas que perpetuam esse abandono”, disse. Tainá, que deve se candidatar a
vereadora pelo Rio de Janeiro, tem esperança: “o brasileiro se reconstrói. Já
passamos por crises profundas. É possível estabelecer uma outra forma de
construir e reconstruir a sociedade que queremos. A que eu quero é a sociedade
que vai voltar à rua, invadir o espaço público e ter outra relação com a
sociedade”.
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