Brasil não participa de Fundo Internacional para Vacinas
Todos os
estados apresentam piora da epidemia por Covid-19
Análise do número
diário de novas mortes causadas por coronavírus e confirmadas pelo governo
federal mostra que todos os estados do Brasil ainda apresentam uma tendência de
piora da epidemia. Dado vem de levantamento feito por pesquisadores da Impulso,
organização da sociedade civil que oferece apoio a municípios na gestão de
programas como mortalidade infantil, redução das filas em creches e da
infrequência escolar. Foi feita comparação do histórico de novas mortes
confirmadas dia a dia em cada estado brasileiro. Critério não é a unidade
federativa com maior número de mortes, mas o tempo que cada um leva para dobrar
o número de mortes com a confirmação da doença. João Moraes Abreu afirmou que
"nenhum país, estado ou cidade sabe se atingiu ou não o pico da doença,
até que ele já tenha passado".
Casos da Covid-19 ultrapassam os 190 mil no Brasil
Em sexto lugar no ranking mundial de casos da
covid-19, o Brasil chegou à marca das 192 mil confirmações. O país também está
na mesma colocação em números de mortes no ranking
mundial de países com casos da covid-19, o Brasil ocupa a sexta posição, com
196,3 mil e o mesmo número de mortes (13,5 mil). Das 20 cidades
com maior mortalidade e incidência de casos, 18 estão no Norte e Nordeste.
Surto no Brasil só está no começo, alerta Mandetta
O
ex-ministro Luiz Henrique Mandetta alerta que surto que já matou mais de 12 mil
pessoas no Brasil vive ainda suas primeiras semanas. O Brasil já está pagando o preço dos atritos que Bolsonaro criou
com a China, na pandemia do coronavírus. Em entrevista, o ex-chefe da pasta
defendeu que o governo se concentre em lutar contra o vírus, e não compre uma
briga com Pequim. O surto no Brasil está "apenas começando". Na
entrevista à rede americana CNN nesta quarta-feira, ex-ministro não descartou
que o número diário de mortes no Brasil ultrapasse a marca dos mil casos. Surto
que já matou mais de 13 mil pessoas está nas primeiras semanas. "Estamos
no início", e o pico deve ter sido atingido em Manaus e cresce em outras
capitais. "A população não sabe para que lado ela vai", por falha na
gestão, indicou.
Vacina contra coronavírus só é possível no próximo ano
A União Europeia teme não ter suprimentos
suficientes para desenvolver a vacina contra o novo coronavírus. A Agência
Europeia de Remédios (EMA), está fazendo tudo o que pode para acelerar o
processo de aprovação, disse Marco Cavaleri, Chefe de Vacinas da EMA, mas ele
duvida das afirmações de que uma pode estar pronta em setembro. "Para
vacinas, como o desenvolvimento teve que começar do zero... podemos pensar,
sendo otimistas, em um ano a partir de agora, então no início de 2021",
disse ele aos jornalistas. Ele descartou a possibilidade de saltar a terceira
fase de um teste de vacina, que disse ser necessário para ter certeza de que
ela é segura e eficiente.
Covid-19 atingirá 250 mil casos e 17 mil mortes daqui a duas semanas
Professores da Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) fizeram estudos indicando que
o novo coronavírus, vai atingir 250 mil casos confirmados e 17 mil mortes no
Brasil no dia 25 de maio. O grupo calculou que um pico de contágio aconteceu entre
os dias 3 e 9 deste mês. Isso "não significa de forma alguma que a
quantidade de novos casos por dia não poderá voltar a subir no futuro". Marcelo
Medeiros e Alexandre Street, coordenadores e responsáveis pela projeção de
casos e mortes, indicam ainda que a doença cresce rapidamente nos municípios
mais pobres e o novo coronavírus chegou através das cidades que possuem um
maior IDH.
Teste de Covid-19 negativo não prova que Bolsonaro não foi infectado
Daniel Dourado, médico e pesquisador da Universidade
de São Paulo (USP), nesta quarta-feira (13) explicou que Bolsonaro, apesar de
ter entregue exames testando negativo para Covid-19 ao STF, pode sim ter tido
contato com o vírus, em algum momento. “É relevante saber que teste foi
entregue. Se foi RT-PCR - que é o que detecta RNA do vírus - o fato de ser
negativo não significa que ele não tenha se contaminado antes. Ele pode ter
esperado 2 semanas após o término dos sintomas para colher. O exame vem
negativo”, explica o médico. "Por outro lado, se foi exame sorológico,
pode acontecer o contrário. A sorologia demora até 10 a 14 dias para ficar
positiva. Se ele apresentou exame sorológico colhido no início da infecção,
daria negativo mesmo se contaminado”, acrescenta o especialista.
Epicentro mundial da pandemia e sem gestão
Diante da expansão do número de infectados com a
covid-19, Dimas Tadeu Covas, diretor do Instituto Butantan, declarou que Brasil
deve se tornar epicentro mundial da pandemia. "Em número de casos, já é o
oitavo país do mundo, em números de mortes, o sexto. Em termos de mortes, ultrapassou
a Bélgica, Alemanha, Holanda, Canadá e a China. Mesmo ainda numa fase inicial
da evolução da epidemia", disse Covas na terça-feira (12). David Zylbergeld,
médico clínico, ex-secretário municipal de Saúde de Carapicuíba (SP), concorda.
Não estamos preparados para o Coronavírus
"Não conhecemos nada sobre a evolução da
pandemia. Nada sobre esse vírus. Agora nós sabemos da velocidade com que esse
vírus age e a letalidade do seu ataque ao Brasil", afirmou. Pelo menos 80%
dos infectados não apresentam sintomas importantes ou nenhum, por isso infectam
outras pessoas. "O grande problema são os portadores sãos. A pessoa não
tem sinais nem sintomas importantes, não sabe que tem o vírus e é um agente que
infecta terrivelmente as pessoas". Zylbergeld afirmou que expectativa de
crescimento de casos de infecção no país é muito grande e alguns fatores
explicam esse quadro.
O principal motivo é a falta de planejamento
"O Brasil está falhando muito. Não temos planejamento
estratégico e centralizado para combater o crescente aumento de doentes
acometidos por essa doença". A testagem de casos não é feita de modo
adequado e nem abrangente. Apesar dos testes rápidos das farmácias, não está se
testando a população como um todo. Só uma mobilização ampla permitiria criar
uma estratégia eficiente de isolamento social para conter a escalada de
contágio e para a eventual flexibilização da quarentena. Mais o sucateamento da
saúde pública - a questão do sucateamento da saúde pública no Brasil, que há
muitos anos está relegada a um plano inferior - e a baixa capacidade do
atendimento ao público. "Não estamos preparados para atender a essas
pessoas".
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