Moradores da Maré enfrentam covid e ação violenta da PM
Dilma: governo debocha do desespero do povo 1
De todas as ações e atitudes de desrespeito do
governo com os brasileiros mais vulneráveis e dependentes da ajuda do estado
para sobreviver à epidemia, uma das mais perversas é o atraso deliberado no
pagamento do auxílio emergencial aos trabalhadores informais e aos que perderam
suas fontes de renda, aprovado há mais de 30 dias pelo Congresso. Para evitar o
pagamento imposto por lei, o governo criou uma espécie de labirinto burocrático
quase sem saída, que pode resultar na morte de trabalhadores, pela doença ou
pela fome. Entre 30 milhões e 50 milhões de brasileiros – a maioria pobres,
mulheres e moradores de comunidades carentes – estão sendo maltratados por esta
bagunça deliberada por meio da qual Bolsonaro uniu a agonia das filas da morte
nos hospitais ao desespero das filas da fome nas agências da Caixa.
Dilma: governo debocha do desespero do povo 2
Inicialmente, o governo tentou impor um valor
irrisório para o auxílio, de apenas R$ 200, só ampliado para R$ 600 e, em caso
de mulheres chefes de família, para R$ 1.200, por pressão do PT e outros
partidos de oposição. Mas desde a aprovação o trio Bolsonaro/Guedes/Lorenzoni
tem manobrado para não cumprir a lei: primeiro, passou a exigir CPF
válido até de crianças de colo, quando muitas vezes nem seus pais têm este
documento atualizado, o que provocou grandes filas nas agências da Receita
Federal; impôs ao mesmo tempo o preenchimento de um longo cadastro, a
ser feito por celular, a milhões de brasileiros que usam telefones pré-pagos
com acesso muito lento à internet, e usam estas contas apenas para whatsapp ou
para receber ligações de eventuais fregueses de seus serviços; em seguida, a Caixa
ofereceu um número para informações para o qual as pessoas ligam e
raramente são atendidas; e quando o são, são instruídas a voltar ao
preenchimento do cadastro; finalmente, como
o atendimento digital é ineficiente, os desempregados que têm direito ao
auxílio são obrigados a ir às agências da Caixa, onde se aglomeram em longas
filas por horas a fio e não são recebidos porque, mais uma vez, o banco informa
que só fará o pagamento por meio do cadastro digital.
Dilma: governo debocha do desespero do povo 3
O desespero nas filas e o desabafo dos que estão
sendo enganados pelo governo são mostrados pela imprensa que, invariavelmente,
conclui suas reportagens com notas da Caixa informando que está “tomando
providências”. Não está, não. É mais uma fake News. No dia seguinte, vemos as
pessoas novamente nas filas e nas aglomerações, arriscando-se à contaminação
pelo Covid-19 e voltando para casa sem o dinheiro a quem têm direito para
comprar comida para suas famílias.
Hong Kong diz ter 'receita' para acabar com coronavírus
Cientistas da Universidade de Ciência e Tecnologia
de Hong Kong estão testando um spray desinfetante capaz de destruir 99,9% dos
vírus que entram em contato com múltiplas superfícies como o coronavírus. Vírus
causadores de sarampo, caxumba, rubéola, gripe aviária, H1N1 e outras doenças
não seriam capazes de resistir ao spray com revestimento de polímero quando é
pulverizado sobre uma superfície. O spray funciona sobre superfícies como
cimento, madeira, vidro, plástico, tecidos, couro e têxteis sem alterar a
aparência delas. Está sendo aplicado em superfícies utilizadas em colégios,
meios de transporte e outros locais de aglomeração de Hong Kong. Spray demonstrou
que elimina de forma efetiva as partículas de calicivírus, tipo de coronavírus
felino mais resistente que o SARS-CoV-2. Hong Kong apresentou pouco mais de mil
casos positivos e apenas quatro mortes.
Coronavírus:
Brasil tem quase 80 mil casos confirmados e 5,5 mil mortes
As secretarias
estaduais de saúde divulgaram na manhã desta quinta-feira (30) quase 80 mil
confirmados da Covid-19 com 5,5 mil mortes provocadas pela doença no Brasil. O
Distrito Federal realizou 31,2 mil testes. Alguns estados também divulgaram
seus números, como: São Paulo (35,6 mil); Paraná (13,7 mil); Goiás (10 mil);
Espirito Santo (12 mil); Pernambuco (8 mil); Santa Catarina (7,4 mil); Maranhão
(6,5 mil); e Rio Grande do Norte (6,8 mil). No estado do Ceará, 98% dos leitos
de UTI estão ocupados. Outras unidades também registraram taxas de ocupação que
superam 90%, como: Pernambuco (98%); Amazonas (96%); Maranhão (96,4%); Rio de
Janeiro (92%).
União só enviou a estados 11% de kits de UTI prometidos
O ministério da Saúde
só entregou 340 kits de instalação de leitos de UTI aos estados de um total de
3 mil prometidos. Em março, o governo federal prometeu entregar a primeira leva
de leitos. Eram 540 para reserva técnica e 200 ainda não chegaram aos Estados. O
ministério não dá prazo para entrega de todos os leitos. Integrantes do
ministério alegaram dificuldades para encontrar empresas interessadas em
fornecer leitos e produtos para montagem dos kits. O Ministério da Saúde
admitiu que não mais receberá uma remessa de 15 mil respiradores mecânicos que
havia comprado da China. O calote foi reconhecido pelo governo, que promete
14.100 unidades de equipamentos produzidos pela indústria nacional.
Rússia registra mais de 7 mil casos de coronavírus num dia
Rússia registrou 7.099 casos confirmados do novo
coronavírus nesta quinta-feira. Esse volume é o maior já contabilizado em um
único dia até o momento. Informações da CNN norte-americana, o país
possui agora 106.498 confirmações da covid-19 e 1.073 mortes por causa da
doença. Calcula-se que 11.619 pacientes se recuperaram.
Rota suicida: Covid-19 no Brasil é pior que Itália, Espanha e EUA
A estatística das
mortes pela Covid-19 foram recordes, colocou o Brasil em rota suicida: enquanto
a tendência aqui é de aceleração no 44o dia após a primeira vítima, países que
já foram epicentro da doença desaceleravam ou ao menos estabilizavam a
tendência de crescimento do número de mortes. “China, Itália, Espanha e EUA,
atualmente a maior vítima da doença, passa a ter diminuição ou manutenção de
mortes diárias. Ministério da Saúde (MS) registrou 449 novas mortes, são 5.466,
o país está em 9º na lista de mais atingidos, o segundo pior dia da epidemia. EUA
têm 58.355 óbitos; Itália, 27.359; e Espanha, 23.822. Mas se aqui o ritmo
seguir em alta, poderá ter mais vítimas que esses outros países.
Brasil pode ter um milhão de mortos nos próximos meses, diz Chioro
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Arthur Chioro, ex-ministro da Saúde, alertou que a
crise epidemiológica se agrava por conta da irresponsabilidade de Bolsonaro. O
número de mortos pode chegar a 1 milhão de pessoas nos próximos meses, por
causa do relaxamento da quarentena que insiste com os pobres. Chioro
condenou a estratégia de Bolsonaro e Mandetta, que não promoveram testes amplos
no início da pandemia. O país não tem dados precisos sobre a
contaminação. A “subnotificação mascara a realidade: o número de
contagiados é muito maior do que a dos dados oficiais, com taxa de mortalidade
atingindo 7%. Os casos considerados leves, assintomáticos e que representam 85%
não estão entre os casos confirmados.”
Brasil pode ter um milhão de mortos nos próximos meses, diz Chioro
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O ex-ministro estima que o país tenha hoje entre
800 mil e 1 milhão de brasileiros infectados pelo Covid-19. Ele acusou a gestão
de Henrique Mandetta por não realizar testagem em massa, limitando o foco a
casos graves. O Brasil fez apenas 339.552 testes, o que dá 1.597 para cada
milhão de habitantes. Em Portugal, são 37.223 testes por milhão de pessoas. Chioro
avisou: “não chegamos ainda ao pico do contágio. Estamos ainda no início, na
18ª semana de contágio, e o pico será na 24ª semana, final de maio e começo de
junho. Se não houver isolamento severo, o número de óbitos pode superar 1
milhão de casos.”
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