28.04.2020
Covid-19: São Paulo e a desigualdade social
Brasil já tem mais mortes por
coronavírus que China
Apesar de menos pessoas contaminadas, o Brasil já
tem mais pessoas mortas por coronavírus que a China Continental, onde começou a
pandemia. Enquanto o país asiático tem mais de 88 mil pessoas infectadas e
4.633 mil óbitos, o país sul-americano já contabiliza 6.674 óbitos e cerca 68
mil pessoas infectadas. A diferença, entretanto, é que enquanto o Brasil está
ainda encaminhando para atingir o pico da pandemia, registrando milhares de
novas pessoas contaminadas e centenas de novas mortes, a China continental já
conseguiu conter a pandemia no país, apesar de análises indicarem o surgimento
de uma nova onda.
Auxílio emergencial: agências em SP têm filas, aglomeração e tumulto
Agências da Caixa
Econômica Federal em São Paulo registraram longas filas, aglomerações e até
tumulto na manhã desta terça-feira, segundo dia de saques do Auxílio
Emergencial aos beneficiados que vão receber por meio da conta poupança
digital. Na unidade do Grajaú, foram distribuídas mais de 200 senhas para a
população. Em Itaquera, na Zona Leste, um homem, revoltado com a demora e falta
de informações, chegou a discutir com o gerente, que ameaçou acionar a polícia.
Reino Unido relata morte de crianças por causa do Covid-19
Crianças do Reino Unido sem problemas de saúde
preexistentes morreram de uma síndrome inflamatória rara que pesquisadores atribuem
Covid-19, disse o secretário da Saúde britânico, Matt Hancock, nesta
terça-feira. Médicos italianos e britânicos estão investigando um elo possível
entre a pandemia de coronavírus e focos de uma doença inflamatória grave entre
crianças pequenas que estão chegando aos hospitais com febre alta e artérias
inchadas. Médicos do norte da Itália, uma das áreas mais atingidas do mundo
durante a pandemia, relataram números altos de crianças de menos de 9 anos com
casos graves do que parece ser a Síndrome de Kawasaki, mais comum em partes da
Ásia.
Médicos apontam falta de testes e EPIs no combate ao coronavírus
A falta de testes e de
equipamentos para enfrentar a covid-19 para os médicos são os principais
problemas no combate à pandemia, aponta pesquisa divulgada pela Associação
Paulista de Medicina. A entidade ouviu 2.312 médicos de todo o país entre os
dias 9 e 17 de abril. Em uma resposta com possibilidade de mais de uma escolha,
66% dos médicos disseram que a falta de testes é a principal deficiência
encontrada. O restante se dividiu entre os EPIs (Equipamentos de Proteção
Individual): falta de máscaras (50%), proteção facial (38,5%), aventais (31%) e
óculos (26%), entre outros.
Mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave subiu 1000% no Brasil
Registros de morte por Síndrome Respiratória Aguda
Grave (SRAG) aumentaram 1.012% desde o dia 16 de março no Brasil. A estatística
se baseia nas Declarações de Óbito preenchidas pelos médicos que constataram os
falecimentos. Sintomas respiratórios graves estão entre complicações causadas
pelo coronavírus. Cartórios de Registro Civil indicam que em alguns estados a
alta foi maior que a média nacional. Pernambuco teve 6.357% de aumento, seguido
por Amazonas, 4.050% e Rio de Janeiro, 2.500%, e no Ceará 1.666%. São Paulo,
estado que tem o maior número absoluto de infectados, teve crescimento de 866%.
No Rio de Janeiro foi expressiva também a alta de mortes por causas
indeterminadas. Esse tipo de registro subiu em 8.533%.
Alemanha: agrava a epidemia após flexibilizar regras de isolamento
Após adotar regras de
flexibilização para o isolamento social, a Alemanha registra os sinais de um agravamento na pandemia do novo
coronavírus. De acordo com dados divulgados nessa segunda-feira, pelo Instituto
Robert Koch, deve-se acompanhar a evolução do vírus no país, índices de
infecção e de letalidade da doença aumentaram. De acordo com o instituto, o
índice de infecção voltou ao patamar de 1,0. Isto significa que cada pessoa
doente de covid-19 contamina outra pessoa. Esta é a primeira vez que o índice
atinge 1,0 desde que o país registrou o menor ponto, 0,7, também no mês de
abril. Mas desde então iniciou uma trajetória de crescimento progressivo. Além
disso, a taxa de letalidade de casos da doença continua aumentando, o índice
atual, de 3,8%, permanece inferior ao dos países vizinhos. A Alemanha registra
até o momento 156.337 casos e 5.913 mortes por covid-19.
Avanço do garimpo e da covid-19, povos da Amazônia vivem dupla ameaça
“Exigimos que os Governos de cada um dos nossos países
reconheçam de maneira pública sua responsabilidade em relação aos povos e
nacionalidades indígenas como populações especialmente vulneráveis à pandemia,
e que sejam tomadas todas as medidas necessárias, culturalmente apropriadas e
efetivas para proteger nossas comunidades e territórios. Em caso de ação
contrária ou omissão, pedimos à comunidade internacional que se mantenha em
alerta máximo pelo possível cometimento de um ato genocida”, afirma a Coordenação
das Organizações Indígenas da Bacia Amazônica (COICA).
Acompanhe o registro do Coronavírus pelo mundo
Miguel
Paiva
Nenhum comentário:
Postar um comentário