quinta-feira, 23 de abril de 2020

NOTÍCIAS CORONAVIRUS 28

23.04.2020

Mortes dobram a cada 5 dias no Brasil: mais rápido que EUA


 

EUA: mortes por coronavírus superam 47 mil após aumento diário

Mortes por coronavírus nos EUA superaram 47.000 na quarta-feira, depois de subirem em um número quase recorde na terça. A Universidade de Washington, citada pela Casa Branca, projetou um total de quase 66.000 mortes por coronavírus até 4 de agosto, revisando para cima sua estimativa de 60.000 mortes. As mortes podem chegar a 50.000 no final desta semana. A primeira ocorreu semanas antes do que se esperava, pelas autoridades de saúde do condado da Califórnia, que salvaram amostras de tecido por semanas, mas o número de mortos subiu para o nível mais alto do mundo, totalizando 47.050 na quarta-feira, com a contagem do dia em torno de 1.800.

Brasil: 407 mortes em apenas 24 horas, com 3.313 vítimas do Covid

Dados divulgados pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira (23) mostram o mais recente balanço dos casos de coronavírus no Brasil. De acordo com os números, o Brasil bateu o recorde de mortes diárias, com 407 em 24h. Isso significa 17  óbitos por hora. São 3.313 mortes, sendo que na quarta eram 2.906, um aumento de 8,2%. O país registra 49.492 casos confirmados de contaminação. Na quarta eram 45.757, o que representa uma alta de 14%.

 

Três mortes por coronavírus em presídios brasileiros

O Brasil já soma três mortos pela covid-19 no sistema penitenciário, sendo dois no Estado de São Paulo e um no Estado do Rio de Janeiro. Os casos confirmados subiram para 96, sendo 72 só no Distrito Federal. Cinco dias atrás os presos com coronavírus eram 54. Segundo o Departamento Penitenciário Nacional, foram realizados 651 testes para a doença entre os internos.

 

São Paulo tem 15.914 casos confirmados e 1.134 mortes

São Paulo registrou 529 novos casos nesta quarta-feira (+3,4% em relação ao dia anterior) e 41 mortes (+3,7%), segundo dados divulgados pela secretaria de Saúde do Estado. Só na capital São Paulo já são 778 óbitos. A incidência maior da doença está entre a população de 30 e 40 anos, porém as mortes são mais frequentes a partir dos 60 anos, por conta das comorbidades. O Estado tem ainda 2.448 casos suspeitos em enfermaria e 1.268 casos em UTI aguardando exames.


Número de mortes por Covid-19 dobra a cada cinco dias no Brasil

O número de mortes provocadas pelo novo coronavírus no Brasil dobra a cada cinco dias. Nos EUA, o número duplica a cada seis dias, e na Itália e na Espanha, a cada oito. Sistema da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) agrupa dados sobre a pandemia e revela a velocidade com que se dissemina no Brasil. “A nossa situação hoje é pior do que a de Itália, Espanha e EUA, com número de mortes dobrando em espaço de tempo menor”, diz o epidemiologista Diego Xavier. Para ele, “os dados de óbitos são mais confiáveis do que os dados de casos para medir o avanço da epidemia porque no caso do óbito, até diagnóstico que não foi feito durante a evolução do paciente pode ser investigado. A decisão de suspender o isolamento social em municípios que não têm caso da doença é “temerária” e acontece com o aumento da velocidade da disseminação.

 

Casos confirmados no mundo e no Brasil

O número de casos são: confirmados: 2.637.314; óbitos: 183.559; e recuperados: 715.191. No Brasil são: diagnosticados 45.757; óbitos: 2.906; diagnosticados:  25.318, e monitorados: 17.533. Informações foram atualizadas até as 14h desta quarta-feira (22).


 

Chegam ao país mais 500 mil testes de biologia molecular

A primeira parte dos 10 milhões de testes adquiridos pelo Ministério da Saúde são apenas 20% necessários para a testagem da covid-19. O restante precisa vir antes que se agrave o número de mortes. A urgência é a distribuição do RT-PCR (biologia molecular) aos estados para deter os picos de óbitos desta semana. Ministério da Saúde vai ampliar a testagem para o coronavírus na rede pública de saúde.

 

Falar em retorno à normalidade é enorme irresponsabilidade, diz Chioro

Arthur Chioro, ex-ministro da Saúde, diz que falar em relaxamento do isolamento social, quando sequer foi alcançado o pico da pandemia de coronavírus no Brasil, é uma “enorme irresponsabilidade”. Ato esconde incapacidade do governo no combate à doença. O risco é falsa sensação de retorno à normalidade, com perspectivas que apontam no sentido contrário. O ministério afirma que a transmissão da doença entra em fase acelerada do final de abril ao início de maio. “Como não têm o que falar, como não conseguiram organizar nem a capacidade de resposta para testes, equipamentos de proteção e ampliação do número de leitos, começam a criar uma sensação falsa para a população.”

Chioro: Achatar a curva do isolamento social

“Muito provavelmente, ultrapassaremos as dezenas de milhares de óbitos no Brasil, seguindo a tendência dos demais países. Não temos ainda, infelizmente, nenhum mecanismo de cura. Não temos vacina para nos proteger e não temos nenhum antiviral que atue especificamente.” Diante desse quadro, o ex-ministro apelou para reforçar medidas de isolamento social, sob risco de haver uma explosão do número de casos e mortes pela covid-19. Com a saturação do sistema de saúde, até mesmo pessoas com outras doenças podem morrer devido à falta de atendimento.




Renato Aroeira – Não confunda



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