23.04.2020
Mortes dobram a cada 5 dias no Brasil: mais rápido que EUA
EUA: mortes
por coronavírus superam 47 mil após aumento diário
Mortes
por coronavírus nos EUA superaram 47.000 na quarta-feira, depois de subirem em
um número quase recorde na terça. A Universidade de Washington, citada pela
Casa Branca, projetou um total de quase 66.000 mortes por coronavírus até 4 de
agosto, revisando para cima sua estimativa de 60.000 mortes. As mortes podem
chegar a 50.000 no final desta semana. A primeira ocorreu semanas antes do que
se esperava, pelas autoridades de saúde do condado da Califórnia, que salvaram
amostras de tecido por semanas, mas o número de mortos subiu para o nível mais alto
do mundo, totalizando
47.050 na quarta-feira, com a contagem do dia em torno de 1.800.
Brasil: 407 mortes em apenas 24 horas, com 3.313 vítimas do Covid
Dados divulgados pelo Ministério da Saúde nesta
quinta-feira (23) mostram o mais recente balanço dos casos de coronavírus no
Brasil. De acordo com os números, o Brasil bateu o recorde de mortes diárias,
com 407 em 24h. Isso significa 17 óbitos por hora. São 3.313 mortes,
sendo que na quarta eram 2.906, um aumento de 8,2%. O país registra 49.492
casos confirmados de contaminação. Na quarta eram 45.757, o que representa uma
alta de 14%.
Três mortes por coronavírus em
presídios brasileiros
O Brasil já soma três mortos pela covid-19 no
sistema penitenciário, sendo dois no Estado de São Paulo e um no Estado do Rio
de Janeiro. Os casos confirmados subiram para 96, sendo 72 só no Distrito Federal.
Cinco dias atrás os presos com coronavírus eram 54. Segundo o Departamento
Penitenciário Nacional, foram realizados 651 testes para a doença entre os
internos.
São Paulo
tem 15.914 casos confirmados e 1.134 mortes
São Paulo registrou 529 novos casos nesta
quarta-feira (+3,4% em relação ao dia anterior) e 41 mortes (+3,7%),
segundo dados divulgados pela secretaria de Saúde do Estado. Só na capital São Paulo
já são 778 óbitos. A
incidência maior da doença está entre a população de 30 e 40 anos, porém as
mortes são mais frequentes a partir dos 60 anos, por conta das comorbidades. O
Estado tem ainda 2.448 casos suspeitos em enfermaria e 1.268 casos em UTI
aguardando exames.
Número de
mortes por Covid-19 dobra a cada cinco dias no Brasil
O número de mortes provocadas pelo novo coronavírus no Brasil dobra a cada cinco dias. Nos EUA, o número duplica a cada seis dias, e na Itália e na Espanha, a cada oito. Sistema da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) agrupa dados sobre a pandemia e revela a velocidade com que se dissemina no Brasil. “A nossa situação hoje é pior do que a de Itália, Espanha e EUA, com número de mortes dobrando em espaço de tempo menor”, diz o epidemiologista Diego Xavier. Para ele, “os dados de óbitos são mais confiáveis do que os dados de casos para medir o avanço da epidemia porque no caso do óbito, até diagnóstico que não foi feito durante a evolução do paciente pode ser investigado. A decisão de suspender o isolamento social em municípios que não têm caso da doença é “temerária” e acontece com o aumento da velocidade da disseminação.
Casos
confirmados no mundo e no Brasil
O número de casos são: confirmados: 2.637.314; óbitos: 183.559; e recuperados: 715.191. No Brasil são: diagnosticados 45.757; óbitos: 2.906; diagnosticados: 25.318, e monitorados: 17.533. Informações foram atualizadas até as 14h desta quarta-feira (22).
Chegam ao
país mais 500 mil testes de biologia molecular
A primeira parte dos 10 milhões de testes adquiridos pelo Ministério da Saúde são apenas 20% necessários para a testagem da covid-19. O restante precisa vir antes que se agrave o número de mortes. A urgência é a distribuição do RT-PCR (biologia molecular) aos estados para deter os picos de óbitos desta semana. Ministério da Saúde vai ampliar a testagem para o coronavírus na rede pública de saúde.
Falar em
retorno à normalidade é enorme irresponsabilidade, diz Chioro
Arthur Chioro, ex-ministro
da Saúde, diz que falar em relaxamento do isolamento social, quando sequer foi
alcançado o pico da pandemia
de coronavírus no Brasil, é uma “enorme irresponsabilidade”. Ato
esconde incapacidade do governo no combate à doença. O risco é falsa sensação de
retorno à normalidade, com perspectivas que apontam no sentido contrário. O ministério
afirma que a transmissão da doença entra em fase acelerada do final de abril ao
início de maio. “Como não têm o que falar, como não conseguiram organizar nem a
capacidade de resposta para testes, equipamentos de proteção e ampliação do
número de leitos, começam a criar uma sensação falsa para a população.”
Chioro: Achatar
a curva do isolamento social
“Muito provavelmente, ultrapassaremos as dezenas de
milhares de óbitos no Brasil, seguindo a tendência dos demais países. Não temos
ainda, infelizmente, nenhum mecanismo de cura. Não temos vacina para nos
proteger e não temos nenhum antiviral que atue especificamente.” Diante desse
quadro, o ex-ministro apelou para reforçar medidas de isolamento social, sob
risco de haver uma explosão do número de casos e mortes pela covid-19. Com a
saturação do sistema de saúde, até mesmo pessoas com outras doenças podem
morrer devido à falta de atendimento.
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