22.04.2020
Justiça proíbe bancos de distribuir lucros na pandemia
Respeite os números, eles são pessoas com nomes e famílias
O diretor geral da Organização Mundial de Saúde (OMS),
Tedros Adhanom Ghebreyesus disse, em coletiva de imprensa, que problemas
políticos são combustíveis para a pandemia. Pediu união nos países e no mundo,
e principalmente que as vítimas da Covid-19 sejam consideradas como indivíduos
e não números. Relatou ainda que desde a sua infância conhece a dor da perder
um irmão, e que precisamos ter empatia para com todos que estão sofrendo. Muita
gente não enxerga que a ciência existe para beneficiar a sociedade. Esse
desencanto produz um terreno fértil para movimentos anticiência e teorias das
da conspiração.
STF rebate
Bolsonaro e permite entrega de 68 respiradores ao Maranhão
O governador Dino
Flávio informa: “Recebi de um profissional de saúde o vídeo com imagem dos
respiradores que o Governo Federal alega que foram comprados ilegalmente e diz
que serei processado por eles. Para os arautos da morte, informo que ali há uma
VIDA sendo salva. Ameaças não vão me afastar desse compromisso”. O ministro Celso de
Mello, do Supremo Tribunal Federal, determinou que a empresa de Santa Catarina
entregue ao Maranhão 68 respiradores no prazo de 48 horas. A compra dos
equipamentos foi realizada em 19 de março. Cinco dias depois, em 24 de março, o
Ministério da Saúde enviou um ofício para a empresa requisitando os
respiradores produzidos para poder distribuir segundo seus critérios. No
domingo (20), Dino ressaltou em suas redes sociais que "ameaças" do
governo "não vão me afastar desse compromisso" de salvar vidas,
referindo- se ao fato do governo alegar que Dino adquiriu os respiradores de
forma ilegal.
Cloroquina de Trump, não funciona para coronavírus, diz estudo
Medicamento antimalárico que Trump anunciou como
tratamento para o novo coronavírus não funcionou contra a COVID-19, de acordo
com uso em hospitais de veteranos nos EUA. Houve houve mais mortes nos que
receberam hidroxicloroquina do que os que receberam tratamento padrão. O estudo
não foi experimento rigoroso, mas é a análise mais extensa com 338 pacientes da
hidroxicloroquina acompanhada ou não do antibiótico azitromicina contra a
COVID-19, a pandemia que até ontem havia matado mais de 171 mil pessoas no
mundo. O estudo financiado por doações dos Institutos Nacionais de Saúde dos
Estados Unidos e da Universidade da Virgínia foi publicado em site e submetido
ao New England Journal of Medicine, sem revisão de outros cientistas. Pesquisadores
analisaram registros médicos de 368 veteranos hospitalizados com coronavírus, mortos
ou com até 11 de abril.
Cloroquina
de Bolsonaro, não funciona para coronavírus, nem no Brasil
Dos 28% que receberam hidroxicloroquina além dos
cuidados habituais, morreram, contra 11% daqueles que receberam apenas cuidados
de rotina. Os 22% tratados com cloroquina, além da azitromicina, também
morreram. A diferença desse grupo e atendimento padrão não foi ampla o
suficiente para descartar fatores que afetaram a sobrevida. Hidroxicloroquina
também não fez diferença com respirador artificial. Pesquisadores não
monitoraram efeitos colaterais, mas observaram que hidroxicloroquina pode ter
danificado outros órgãos. Já se sabia que a droga tem efeitos colaterais
potencialmente graves, incluindo alteração de batimentos cardíacos até causar
morte súbita. No Brasil, estudos com hidroxicloroquina pararam após problemas
no ritmo cardíaco em um quarto das pessoas que receberam mais que duas doses de
teste. Arquivados projetos de Trump e Bolsonaro para a economia.
Bolsonaro promete 46,2 milhões de testes e só entrega 2,5 milhões
Ministério da Saúde (MS)
quer distribuir 46,2 milhões de exames durante a crise do coronavírus, mas até
agora só enviou aos estados 2 milhões de testes rápidos. O atraso para entrega é
grave já que a primeira leva de testes para o novo coronavírus, de 23,9 milhões
de unidades ainda não chegou. Dobrar a meta de testes foi anunciada pelo novo
ministro da Saúde, Nelson Teich, mas é só uma ideia. A medida chamada de pilar
do projeto de revisão do distanciamento social, "que já está sendo feita",
em pequenos lotes, pela aposta genocida na economia e não na saúde pública, sem
risco de contágio da quarentena. "Teste em massa não significa testar a
população toda. A gente vai usar teste de forma que pessoas examinadas vão
refletir a população brasileira", disse Teich.
Autoridade
de saúde (EUA) prevê 2ª onda devastadora de coronavírus
"Há a possibilidade do ataque do vírus à nação
no próximo inverno seja ainda mais difícil do que o que passamos", afirmou
Redfield, do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA. "Vamos ter
epidemia da gripe e do coronavírus ao mesmo tempo", prevendo duplo ataque
ao sistema de saúde. Surto de doenças respiratórias simultâneas colocaria o
sistema de saúde sob "pressão inimaginável". Mesmo com vacinas para
ajudar a prevenir a gripe e medicamentos para tratá-la, há o novo coronavírus, que
ao contrário, ainda não tem tratamento ou vacina aprovada, e faz dela uma infecção
mortal. A circulação de gripe e coronavírus ao mesmo tempo pode sobrecarregar
hospitais e consultórios médicos, já sob pressão duma estação de gripe ruim. O
número de casos de coronavírus nos EUA, atual epicentro da covid-19,
ultrapassou 825 mil, registrando mais de 45 mil mortes, informou a Universidade
Johns Hopkins.
Zuckerberg: usuários do Facebook podem combater a pandemia
Zuckerberg, do
Facebook, disse em
artigo no jornal The Washington Post que o inquérito de informações de usuários
sobre o novo coronavírus representa um
"superpoder" nas mãos da humanidade, e será expandido para
o resto do mundo, algo que deve acontecer hoje. As informações "nos
colocarão no caminho da recuperação" do efeito socioeconômico do
SARS-CoV-2. A Universidade Carnegie Mellon, EUA, que atuou na criação da
ferramenta, revela que inquérito seria expandido "se os resultados fossem
úteis". A ferramenta on-line aponta para
a maior densidade de casos em locais urbanos, com altas densidades
populacionais, ao contrário das regiões rurais, algo que muitos profissionais
de saúde envolvidos com o tratamento da doença já saberiam.
Cuba: manifesto de solidariedade a países afetados pela pandemia
Cuba é vítima da política
externa bestial dos Estados Unidos. Em meio à pandemia causada pela novo
coronavírus, a gestão de Trump mantém seu bloqueio econômico contra o país
caribenho, dificultando a entrada de insumos básicos para lidar com a crise
sanitária mundial, que também afeta o país caribenho. O bloqueio econômico imposto
à ilha impediu
que um navio com doações enviadas pelo empresário chinês Jack
Ma, fundador da empresa de eletrônicos Alibaba, aportasse em Cuba. A empresa
contratada para transportar os suprimentos, que incluíam máscaras, kits de
diagnóstico mais rápidos e respiradores, desistiu de entregar a encomenda sob o
argumento de que as regras do bloqueio imposto pelos EUA impediam a ação.
Miguel Paiva
– outono do presidente
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