Informação de qualidade para o combate ao covid-19 nas favelas
Dois dias após primeira morte, coronavírus explode nas cadeias
Dois dias após São Paulo registrar a primeira morte
por coronavírus no sistema carcerário, o Departamento Penitenciário Nacional
(Depen) aponta 60 casos confirmados, 2 mortes, 154 suspeitas e 442 testes
realizados. O Depen computou as estatísticas no painel criado para monitorar a
incidência de covid-19 nas prisões. De acordo com os balanços das secretarias
estaduais de Saúde, até as 12h40 desta terça-feira (21) haviam sido registrados
41.158 confirmações do coronavírus no Brasil, com 2.624 mortes. Os estados com
os maiores números de óbitos são São Paulo (1.037), no Rio de Janeiro (422) e
em Pernambuco (260).
Coronavírus: Brasil tem 41.158 casos confirmados e 2.600 mortes
O número de casos
confirmados do novo coronavírus no Brasil atinge 41.158, com 2.624 vítimas
fatais da doença, divulgaram das secretarias estaduais de Saúde até as 11h10 desta
terça (21). A maior parte dos óbitos está concentrada em São Paulo, estado que
registra 1.037 vítimas fatais da doença. Outros estados como Rio de Janeiro
(422) e Pernambuco (260) também contabilizaram números elevados.
Médico morre ao se medicar
com hidroxicloroquina e azitromicina
Médico morreu dias
após ter se automedicado com hidroxicloroquina e azitromicina. O profissional
era Gilmar Calazans Lima, tinha 55 anos e estava em Ilhéus (BA). Ele apresentou
os primeiros sintomas da Covid-19 no dia 10 de abril e deu entrada no hospital
regional Costa do Cacau (16), em Ilhéus. Mesmo com teste positivo para
coronavírus, o médico foi liberado para cumprir quarentena em casa (18) devido
ao quadro estável. Isolado, o médico decidiu combinar hidroxicloroquina e
azitromicina, fármacos frequentemente indicados por Jair Bolsonaro, e teve um
mal súbito. Internado às pressas no hospital onde deu entrada de exames, foi
submetido a manobras de reanimação por 45 minutos, mas não resistiu.
Coronavírus: obesidade é risco para pessoas com menos de 60 anos
Dados do Ministério da
Saúde (MS) apontam obesidade como principal fator de risco para pessoas com
menos de 60 anos infectadas com o novo coronavírus. Números divulgados até dia
16 de abril indicam que 57% dos mortos abaixo da idade apresentavam excesso de
peso. A obesidade atinge um a cada cinco brasileiros e intensifica preocupação
de profissionais de saúde em meio à pandemia do novo coronavírus. Jovens obesos
se tornaram vítimas fatais da Covid-19. O MS não fez um recorte para essa faixa
etária. O Brasil tem mais de 41.158 casos da Covid-19, com 2.624 vítimas
fatais da doença.
USP desenvolve método de descontaminação
de máscaras hospitalares
O
Instituto de Física da USP de São Carlos encontrou uma solução para a
esterilização de máscaras: criar uma câmara de ozônio segura para desinfecção.
O gás é reconhecido como um dos mais rápidos e eficazes agentes microbicidas,
tanto para bactérias quanto vírus. O IFSC
desenvolveu método de esterilização e reciclagem de máscaras hospitalares. O
equipamento de proteção é indispensável para proteger os profissionais de saúde
da infecção. “Estamos vivendo agora um momento de escassez, ao ponto de
profissionais da saúde estarem usando máscaras por até sete dias, que coloca em
risco os profissionais da saúde”. Gás é reconhecido como agente microbicida rápido
e eficaz. Nos vírus, o ozônio age oxidando a camada proteica, modificando a
estrutura e destruindo completamente sua funcionalidade.
Falta de
testes e notificação geram ameaças de casos
A falta de testes e a
falta de notificação de casos significam que a escala do surto pode ser muito
maior do que se pensava, alertam os médicos. Apesar de um bloqueio nacional que
deixou marcos icônicos como a praia de Copacabana quase deserta, O Brasil se
prepara para aumento nos casos de coronavírus, já que médicos e pesquisadores
alertam que a subnotificação e a falta de testes significam que ninguém sabe a
verdadeira escala da disseminação do Covid-19. "O que está acontecendo é
uma enorme subnotificação", disse Isabella Rêllo, médica que trabalha em emergência
e terapia intensiva nos hospitais do Rio de Janeiro. "Há muito mais",
ela escreveu. Há temores de que brasileiros subestimam a ameaça representada
pelo Covid-19.
Brasil aplica 100.000 testes para estudo do
coronavírus no país
Entre esta semana e o mês de junho, cerca
de 100.000 pessoas no Brasil serão submetidas a testes da covid-19, como parte do
maior estudo em andamento sobre a disseminação do novo coronavírus na
população brasileira. A pesquisa da Universidade Federal de Pelotas (Ufpel), terá três etapas:
uma modelagem amostral vai permitir calcular com precisão o índice de contágio
do vírus. “É o maior estudo do mundo. Na Áustria, foi feito um com 1.500
pessoas, em Santa Clara, nos EUA, testaram cerca de 3.000 pessoas. Houve outra
pesquisa em Gangelt, na Alemanha, mas bem menor, e na Itália foram feitos 3.300
testes em um levantamento”, compara o epidemiologista Pedro Hallal.
Testes com mais de 30 mil pessoas em
cidades brasileiras
Nas três etapas serão testadas 33.250
pessoas em 133 municípios brasileiros.
Serão aplicados tanto testes rápidos, que detectam a presença de anticorpos de
infecção mais recente (IgM), como de infecção mais antiga (IgG) a partir de
amostras coletadas de sangue. Os exames devem começar a ser aplicados logo
depois do feriado de Tiradentes, em 21 de abril. Mas a Universidade Federal de
Pelotas (Ufpel) espera poder duplicar as fases do levantamento, caso receba
mais testes do Ministério da Saúde. “Essa é uma doença desconhecida. O que
está em jogo é a decisão sobre se vamos acompanhar sua evolução através de um
filme curta-metragem ou de um longa-metragem.”
Coronavírus: diarreia, dor de cabeça e
perda do olfato
Três sintomas do coronavírus são unânimes: tosse, febre e problemas respiratórios. Mas profissionais da atenção
primária afirmam que devemos prestar atenção a outros sinais. Senão, quando
chegar o momento de controlar como a pandemia evolui, faltarão dados
fundamentais para decidir o ritmo e o alcance da redução do confinamento. “Desde
o início, começamos suspeitar que havia outros sintomas”, diz Ricardo González,
diretor do Centro de Saúde de San Fermín (Madri). Ele cita urticária e diarreia
como dois possíveis indicadores da doença vistos com frequência. “Quando chega
alguém assim, mandamos para a zona dos respiratórios - área criada nos
hospitais da Espanha para casos suspeitos da covid-19”,
admitindo que os profissionais de saúde trabalham sem protocolos sobre esses
sinais, agindo com base no que leem e contam uns aos outros.
CIDH: Coronavírus pode limitar ainda mais direitos dos mais vulneráveis
A Comissão Interamericana de
Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados
Americanos (OEA) aprovou resolução de 10 de abril em que demonstra
preocupação pelo respeito aos direitos mais básicos durante o combate à pandemia
de coronavírus no continente americano. “Toda vez que políticas são
desenhadas para salvaguardar o direito à saúde da população, essas políticas
precisam se basear em uma perspectiva ampla de todo o conjunto dos direitos
humanos, partindo do princípio de que são universais e indivisíveis”, explica o
jurista Joel García Hernández, presidente da CIDH. “Essa situação é inédita em
muitos sentidos, porque estamos vivendo e colocando o foco nos direitos humanos
em condições totalmente extraordinárias e desconhecidas”, e faz recomendações ao
implementar medidas de proteção. A Organização Mundial da Saúde (OMS) restringe medida
básica, como da circulação das pessoas. “Toda medida adotada tem que estar
plenamente justificada... que precisam ser proporcionais, necessárias e
temporárias”.
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