quinta-feira, 30 de abril de 2015

Mariza Tavares e José Godoy unem seus estilos em romance

'Pra ficar com ela' é o romance que marca a parceria criativa entre a jornalista e o escritor


Um sem-número de e-mails e uma imersão de dez dias lado a lado. Assim foi o processo de criação de “Pra ficar com ela” (Globo Livros), romance que marca a parceria criativa da jornalista Mariza Tavares e do escritor José Godoy, com lançamento marcado para hoje, às 16h, na Livraria da Travessa do Leblon. Mariza e Godoy, respectivamente diretora-executiva de jornalismo e comentarista da rádio CBN, narram no romance infantojuvenil a história de Miguel, menino de 11 anos na aventura do seu primeiro amor. As ilustrações são de Bruno Nunes.

Da ideia inicial de escrever um livro em conjunto até o trabalho estar finalizado, passaram-se cerca de cinco anos.

— Foi um ótimo aprendizado de convivência literária. Eu sou muito metódica. Já ele prefere escrever a coisa toda num fôlego só — conta ela, que publicou os livros “O sofá que engoliu as crianças”, de 2013; e “O medo que mora embaixo da cama”, de 2014. — Hoje não saberia dizer quem escreveu esta ou aquela parte.

Godoy é outro que não sabe mais distinguir o que foi escrito por ele ou pela parceira:

— No início eu deixava a Mariza louca, porque ela é muito certinha. Eu sou de escrever primeiro, sem muita amarra — conta o escritor, autor de títulos como “A arte de andar por aí sem portar um celular”, de 2013, e que pela primeira vez envereda pelo universo infantojuvenil.

Miguel, o protagonista da história, como descreve Mariza, é um menino divertido, descolado. Caído de amores pela amiga de infância, resolve adotar, como estratégia de conquista, um diário.

— Pensamos em fazer um diário que não é um diário. Ao tentar escrever um, Miguel descobre a escrita — diz Mariza.

Os autores contaram, ao final, com a ajuda de leitores mirins, que comentaram a história.

— Somos muito gratos. Eles viram muitas coisas que você, envolvido no processo, não percebe — afirma ela.

Godoy diz que desta ajuda praticamente surgiu o último capítulo do livro:

— É quase um adendo, motivado pelas opiniões dos leitores mirins.

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