Os seres humanos nas suas infinitas precariedades sempre sofreram saudades, o sentimento mais sublime da humanidade. Preceitos que sofremos por solidariedade, vazão ao nosso sentimento, as nossas virtudes íntimas postas à prova, os nossos valores mais inebriantes aflorando ou sentindo a ausência. A fragilidade humana conflitando e demonstrando suas insuficiências afetivas, se quedando à incertezas. TUDO NA NOSSA LÍNGUA TEM EXPLICAÇÃO – somos orientados por provérbios, máximas e anexins, e na falta improvisamos, criamos rodeios, gírias ou complementamos os significados.
Essa palavra singela de primordial importância para almas sensíveis e de enorme relevância para almas sensíveis e de enorme relevância para nós brasileiros, excepcionalmente não tem tradução em outros idiomas e se tem, são escritos em outras maneiras para serem destacados. E isso vale dizer: “Caso Portugal aderiu ao modismo”, somos a rigor, os únicos seres humanos no planeta terra com sentimentos afetivos, somos saudosos e receptivos. Porém, admitamos: os asiáticos são trancados, fechados, imunes aos sentimentos afetivos, perguntamos: o que sente um japonês quando sua noiva embarca para Singapura, para trabalhar em uma multinacional e ele fica a ver navios na beira do cais? Sabemos perfeitamente que os americanos são insensíveis, distantes e empedernidos, alheios à dor da saudade, fruto de seu tradicional hermetismo preconceituoso. No entanto, procuramos o que sente uma mãe americana quando seus filhos vão lutar na guerra do Iraque e passam anos sem ar notícias, ou melhor, o que sente uma matrona italiana, quando todos os seus filhos mudam para o Brasil?
CERTAMENTE, ELA SENTE ALEGRIA, POIS SAUDADES; SEI QUE NÃO SENTE. E SE SENTE, NÃO PODE DIZER.
Hermenegildo de Castro Souza, o ‘Prá Frente’
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