sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Apaixonada por livros, menina monta biblioteca comunitária dentro de casa

Aos 11 anos, uma estudante de Monte Aprazível (SP) já leu mais de 300 livros e criou uma biblioteca comunitária dentro de casa. Os livros são catalogados por temas e idade. Alexssandra Borges Alves é um exemplo de dedicação e força de vontade, além de ser uma grande incentivadora da leitura.



Todas as crianças do bairro Copacabana, onde mora, têm acesso aos livros. Em princípio, as obras dividem espaço com o tanque e a máquina de lavar, mas ficam à disposição para quem deseja ler. “Quando eu tinha 3 anos, minha mãe me incentivava a ler. A minha mãe pegava um livro e começou me dar. Eu começava a rabiscar, a pintar, mas quando eu comecei a ler surgiu essa ideia de que eu não conseguia mais parar de ler. Fiquei com paixão pelos livros”, conta.

Muitos livros, que poderiam estar esquecidos, foram doados para a biblioteca, que aproxima alguns moradores da leitura. “A única biblioteca que tem em Monte Aprazível fica no Centro Municipal, que fica muito longe. Para quem mora para esses lados, ir até a biblioteca dela é mais fácil”, diz Maria Eduardo Lombarde de Oliveira, de 10 anos.

A professora de Alexssandra, Elaine Aparecida Balsamão, diz que ela chamou a atenção por gostar de ler. “Só tenho coisas boas para falar dela. É uma menina dedicada. Ela vai crescer muito, vai crescer muito na vida”, acredita.

Um dos colegas de classe da estudante, Emanuel Átila da Silva, de 11 anos, afirma que aprendeu muito com a amiga. “Muita coisa que eu aprendi com ela foi bom para mim hoje. Desde quando a conheci, ela fez muita coisa boa pra mim.”

Alexssandra organiza toda a retirada e a devolução de cada exemplar pelo computador, que também ganhou. Se alguém não devolver na data certa, ela vai de bicicleta até a casa da pessoa para saber o motivo do atraso. Para a mãe dela, Diene Borges Alves, saber ler traz conquistas.

“É uma coisa que ninguém tira de você. É o aprendizado. Falar de uma filha assim é muito emocionante, É um orgulho”, diz.”Quero incentivar as pessoas a ler. Quem não gosta de ler pode começar a ler um pouqinho porque é muito legal. Ler traz bastante esperança. Se você está triste, fica alegre. Depende dos livros”, afirma.

Transcrito de Tribuna Hoje - 17/07/2016

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