sexta-feira, 7 de agosto de 2020

NOTÍCIAS CORONAVÍRUS 91

07.08.2020

Brasil doente: quase 10 mil mortes e o país parece indiferente


 

China e Europa promovem cooperação antiepidêmica

O vice-premiê chinês Liu He, que também é membro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China, preside em conjunto com Valdis Dombrovskis, vice-presidente executivo da Comissão Europeia, o 8º Diálogo Econômico e Comercial de Alto Nível China-União Europeia (UE). A reunião é realizada por videoconferência.  

A promoção conjunta da cooperação antiepidêmica e da recuperação econômica realizada pela China e Europa beneficiarão ambos os lados e o mundo inteiro, disse o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, nesta terça-feira (28).

Na reunião, os dois lados fizeram discussões profundas, francas e práticas sobre o tema "Cooperação China-UE pós-Covid-19, Promoção da Recuperação e Crescimento Constantes da Economia Global" e alcançaram uma série de resultados frutíferos no combate conjunto à epidemia, governança econômica global, segurança da cadeia industrial e de suprimentos, negociações sobre acordos de investimento China-UE, reforma da OMC, expansão da abertura do mercado, economia digital, interconectividade, além da cooperação financeira e tributária.

Observando que este ano marca o 45º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas China-UE, eles disseram que o Diálogo Econômico e Comercial de Alto Nível China-UE é de grande importância no contexto da Covid-19 e do grave impacto na economia mundial.

Os dois lados concordaram em trabalhar juntos para implementar o importante consenso alcançado entre seus líderes.

Eles concordaram em fortalecer o entendimento mútuo, criar certeza em meio à incerteza, aumentar a confiança do mercado e promover conjuntamente a cooperação econômica e comercial China-UE a um novo patamar na era pós-epidemia.

Liu disse que a epidemia da Covid-19 é um desafio comum para a humanidade. "Sendo duas grandes economias globais, a China e a Europa promovem conjuntamente a unidade global no combate à pandemia, impulsionam a recuperação econômica e salvaguardam conjuntamente o multilateralismo e o sistema de livre comércio, o que é benéfico para a China, a Europa e o mundo inteiro", afirmou.

Dombrovskis assinalou que a UE e a China são importantes parceiros de cooperação, e que promover o desenvolvimento das relações bilaterais é do interesse comum de ambos os lados.

 

Antes da pandemia Brasil já estava em crise econômica

A pesquisa semanal Focus, divulgada pelo Banco Central na segunda-feira (27) indicou que economistas e analistas financeiros trabalham com a perspectiva de uma contração menor da economia do Brasil em 2020.

O mercado espera uma contração de 5,77% da economia brasileira neste ano, na quarta semana seguida em que os economistas melhoraram a previsão. Na semana anterior, a projeção era de que o Produto Interno Bruto (PIB) sofreria recuo de 5,95%. Para 2021 permanece a expectativa de um crescimento econômico de 3,50%.

Para Istvan Kasznar, economista e professor da FGV/RJ, as previsões tendem a ser "incoerentes e insuficientes", mas elas atuam como uma "bússola" para orientar a política econômica do governo.

"Ao longo deste ano tivemos um lockdown, com uma parada geral. Agora, há mais de 20 dias, a economia como um todo começa a florescer e retomar. Porque as pessoas, entendendo que a pandemia veio para ficar [...] querem manter os seus empregos, continuar a produzir, gerar renda, e obriga as empresas a produzirem", disse Istvan Kasznar à Sputnik Brasil.

Para ele, uma certa retomada econômica era previsível. Os números baixos e até negativos do PIB, no entanto, não seriam somente uma consequência da pandemia, segundo o economista. Para Kasznar, o Brasil demorou para se recuperar da crise econômica de 2008. Assim, desde 2011 e 2012, as ações do governo não surtiram o efeito desejado e a economia do país iniciou a sua longa curva de desaceleração.

"Os gastos públicos começaram a aumentar, a dívida pública interna do Brasil cresceu de um patamar próximo aos 45% para hoje praticamente 107% (ainda há dúvidas a respeito do verdadeiro valor da formação dessa dívida sobre o PIB brasileiro) [...] Em 2015 a economia arrefece mais ainda e, em 2016, é um desastre", afirmou Istvan Kasznar.

"Existem muitos fatores responsáveis pela queda da economia brasileira, e vários desses permanecem entre nós. Sobretudo os estruturais. O economista destacou a importância da reforma tributária, mas também prevê um provável aumento da carga fiscal, como o retorno da extinta Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).

Por outro lado, Kasznar acredita que uma retomada da economia pode ser esperada "se continuarmos trilhando a Reforma Tributária, a reforma do mercado de capitais, a reforma do sistema de administração pública, as reformas associadas ao mercado de trabalho que continua precisando de flexibilização, e muito mais".


Brasil lidera ranking de óbitos de gestantes e puérperas por Covid-19

O Brasil concentra 77% dos óbitos de gestantes e puérperas por Covid-19 em todo o mundo, aponta um relatório Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) que está sendo compilado por profissionais da área de saúde de 12 universidades e instituições públicas, como a Fiocruz, Unicamp, USP e Unesp. 

Segundo os pesquisadores, das 160 mortes maternas em todo o mundo associadas ao novo coronavírus até o início de julho, 124 ocorreram no Brasil. Até o último dia 14 de julho, o país registrava 1.860 casos da doença identificados nesse grupo de mulheres e cerca de 201 mortes devido à Civid-19.


Covid-19: Brasil ultrapassa 90 mil mortes e 2,5 milhões de casos

O Brasil ultrapassou, nesta quarta-feira, 29, 90 mil mortes causadas pelo coronavírus, segundo o Ministério da Saúde. Foram registrados novos 1.595 óbitos causados pelo vírus. O País também contabilizou, nas últimas 24 horas, 69.074 diagnósticos positivos para Covid-19. Desde o início da pandemia, já foram 2.552.265 casos registrados.

Tanto no caso das infecções, quanto no das mortes foi um novo recorde diário, mas foi causado pelo atraso do estado de São Paulo, que não divulgou os números na terça-feira, 28. Segundo o secretário estadual de Saúde de SP, Jean Gorinchteyn, o atraso foi resultado de "uma incompatibilidade no acesso a essas informações".

Nesta quarta, entretanto, uma nova notícia agradou o mundo em relação à pandemia.

 

Aprovação de vacina contra Covid-19 da Rússia deve ser em agosto

A primeira vacina contra Covid-19 em potencial da Rússia receberá aprovação regulatória local na primeira metade de agosto e será administrada a profissionais de saúde da linha de frente pouco depois, disse à Reuters uma fonte de desenvolvimento a par do assunto. Instituto Gamaleya, uma instituição estatal de pesquisa de Moscou, finalizou os primeiros testes de uma vacina baseada em adenovírus em humanos no início deste mês e acredita que iniciará testes de larga escala em agosto.

A vacina receberá aprovação regulatória das autoridades russas durante a realização do teste de larga escala, disse a fonte, mostrando a determinação da Rússia de ser o primeiro país do mundo a aprovar uma vacina contra a Covid-19. A velocidade com que o país está se mobilizando para apresentar uma vacina levou parte da mídia ocidental a questionar se Moscou está colocando o prestígio nacional acima dos indícios científicos confiáveis e da segurança.

“A aprovação (regulatória) virá nas primeiras duas semanas de agosto”, disse a fonte de desenvolvimento. “10 de agosto é a data esperada, mas com certeza será antes de 15 de agosto. Todos os resultados (do teste) são altamente positivos até agora.” A fonte acrescentou que os profissionais de saúde russos que tratam pacientes de Covid-19 terão a chance de se oferecer para receberem a aplicação antes de a vacina conquistar a aprovação regulatória.

O serviço de imprensa do Fundo de Investimento Direto da Rússia (RDIF), que está coordenando e financiando os esforços russos de desenvolvimento de vacinas, não quis comentar, mas seu chefe, Kirill Dmitriev, negou que a iniciativa está comprometendo a segurança. “O Ministério da Saúde da Rússia está seguindo todos os procedimentos rígidos necessários. Não está se tomando nenhum atalho”, disse Dmitriev na terça-feira.

Ele comparou o que disse ser o sucesso do país no desenvolvimento de uma vacina ao lançamento soviético do Sputnik 1, o primeiro satélite do mundo, em 1957. O Centro Nacional de Segurança Cibernética do Reino Unido disse neste mês que hackers apoiados pelo Estado russo estavam tentando roubar pesquisas sobre vacinas e tratamentos de Covid-19 de instituições acadêmicas e farmacêuticas de todo o mundo - alegação que Moscou negou. Mais de 100 possíveis vacinas estão sendo desenvolvidas em todo o mundo para tentar deter a pandemia de coronavírus. Ao menos quatro estão na Fase 3 de testes em humanos, a última antes do registro, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) - três na China e outra no Reino Unido.

 

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Renato Aroeira – Dados a granel