sábado, 29 de novembro de 2014

II Semana do Livro e das bibliotecas da UFT











Arquivo de Gabriel García Márquez vai para Universidade do Texas

O Centro Harry Ransom da Universidade do Texas, em Austin, adquiriu o arquivo de Garcia Márquez, com manuscritos, cadernos de notas, fotografias, correspondências e objetos pessoais, entre eles duas máquinas de escrever Smith Corona e cinco computadores Apple.



Um dos maiores arquivos literários dos EUA — e o único “na fronteira com a América Latina”, destaca Steve Enniss, seu diretor — a obra literária de García Márquez será preservada ao lado dos trabalhos de escritores como James Joyce, Ernest Hemingway, William Faulkner, Jorge Luis Borges e outras figuras de importância global.

“É quase como se James Joyce encontrasse Gabriel García Márquez, cuja influência do romance do século XX de certa forma se espelha nele”, disse Enniss. “É muito adequado que ele se junte a nossa coleção. É difícil imaginar em escritor com um impacto tão amplo.”

O arquivo, comprado de sua família, inclui material relacionado a todos os principais livros de Garcia Márquez, desde “Cem anos de solidão” — representado pelo texto datilografado final enviado ao editor com uma carta escrita a mão acompanhando e apenas umas poucas correções — até “Em agosto nos vemos”, seu romance final (e inacabado), que tem mais de dez versões. Tanto o Centro Ransom quando a família se recusaram a revelar o valor do negócio.

“Cem anos de solidão”, publicado em espanhol em 1967 e em inglês em 1970, pode ter transformado a literatura mundial e feito de García Márquez uma celebridade mundial, mas é nos rascunhos de seus livros seguintes que está o maior interesse dos estudiosos.

“É como uma janela aberta ao laboratório de um alquimista que não gostava que os outros soubessem as receitas de suas poções”, diz Jose Montelongo, especialista em literatura latino-americana da Universidade do Texas que visitou a casa de García Márquez na Cidade do México junto com Enniss para avaliar o material. “Elas mostram as fraquezas, as versões descartadas, as palavras eliminadas. Você realmente vê a luta em busca da criação.”

García Márquez certamente expressava cautela com a perspectiva de estudiosos acompanhando seus passos. "É como ser pego em sua roupa de baixo", disse à Playboy em 1983. Ele destruiu suas notas diárias e as árvores genealógicas de “Cem anos de solidão”, de acordo com uma biografia de 2009.

“Meu pai era um perfeccionista e um perfeccionista não mostra uma obra em progresso”, diz Rodrigo García, um dos dois filhos do escritor. “Ele sempre contava histórias sobre personagens do livro que estava escrevendo, mas só mostrava tudo quando estava 90% pronto."

O autor não reclamava que a mulher, Mercedes, guardasse manuscritos de seus livros mais recentes, revela o filho, mas era rígido quanto a material privado. No noivado, diz a lenda familiar, teria oferecido comprar de volta as cartas de amor que mandou para Mercedes para poder destruí-las.

“Não acho que ele gostaria de deixar um rastro de vida pessoal”, diz Rodrigo, classificando o pai como uma “pessoa de telefone”, que escrevia poucas cartas para a família. “O que ele dizia era, ‘Tudo que eu vivi, tudo que eu pensei está em meus livros’.”

García Márquez, que guardava cópias de algumas poucas cartas enviadas, se correspondia com outros escritores. No arquivo há cartas para Graham Greene, Milan Kundera, Julio Cortázar, Günter Grass e Carlos Fuentes, com quem ele discute, em 1979, preparar um manifesto junto com Cortázar “para tratar publicamente as listas negras dos EUA”. A proibição de viagem a García Márquez, por conta de seu envolvimento com o Partido Comunista da Colômbia foi anulada apenas em 1995, pelo presidente Bill Clinton.

O arquivo traz pouco material relacionado a sua amizade com Fidel Castro ou suas atividades políticas. Segundo seu filho, ele preferia tratar esses assuntos em pessoa ou por telefone. Numa visita à Casa Branca, em 1998, Garcái Márquez perguntou a Clinton se ele tinha “algum conselheiro que não fosse fanaticamente anti-Castro“.

“Meu pai acreditava em trabalho político feitos nos bastidores. Como nos livros, estava interessado nos resultados, não em que as pessoas soubessem no que foi feito para que se chegasse lá.”

Os mais de 40 álbuns fotográficos trazem imagens de Castro, além de uma crônica visual da vida privada de Gabo, como o escritor era carinhosamente conhecido na América Latina.

Quanto ao romance inédito (e inacabado), a família de García Márquez ainda não decidiu se vai ou não publicá-lo. Um trecho do livro sobre uma mulher casada de meia idade que tem um romance numa ilha tropical já saiu na New Yorker e no jornal espanhol La Vanguardia.

Mas essa certamente não era a última história que o pai gostaria de contar, diz Rodrigo.

Ele lembra um comentário de García Márquez pouco antes da morte: “Uma das maiores tristezas em morrer é que será o único evento da minha vida sobre o qual não poderei escrever.”

Transcrito de http://oglobo.globo.com/cultura/livros/arquivo-de-gabriel-garcia-marquez-vai-para-universidade-do-texas-14644436#ixzz3K0N4nmkT

La Biblioteca de Castilla-La Mancha convoca el primer encuentro regional de clubes juveniles de lectura

Tras realizar una encuesta sobre la existencia de Clubes de Lectura Juveniles en la Región --hay más de 30 en funcionamiento en este momento-- la Biblioteca de Castilla-La Mancha convoca el I Encuentro de Clubes de Lectura Juveniles de Castilla-La Mancha, que se desarrollará en Toledo el sábado 13 de diciembre de 2014, La Biblioteca de Castilla-La Mancha viene desarrollando durante 2014 el programa "Jóvenes Lectores Europeos". El mismo se desarrolla con la Asociación de Amigos de la Biblioteca y cuenta con el patrocinio de la Unión Europea a través del programa "Juventud en Acción".



Tras realizar una encuesta sobre la existencia de Clubes de Lectura Juveniles en la Región —hay más de 30 en funcionamiento en este momento— la Biblioteca de Castilla-La Mancha convoca el I Encuentro de Clubes de Lectura Juveniles de Castilla-La Mancha, que se desarrollará en Toledo el sábado 13 de diciembre de 2014, Ampliar foto La Biblioteca de Castilla-La Mancha viene desarrollando durante 2014 el programa "Jóvenes Lectores Europeos". El mismo se desarrolla con la Asociación de Amigos de la Biblioteca y cuenta con el patrocinio de la Unión Europea a través del programa "Juventud en Acción".

Su principal objetivo es generar nuevos usuarios de la Biblioteca entre la población juvenil, diseñar iniciativas que ayuden a los jóvenes a ser lectores estables y promover la creación y permanencia de clubes de lectura juveniles en la Biblioteca de Castilla-La Mancha. Por otro lado, en la provincia de Albacete, con la coordinación de la Sección del Libro y Bibliotecas, se desarrolla otro programa europeo: "Lectores Ibéricos: Clubes de lectura", proyecto que se enmarca dentro de la acción Asociaciones Comenius Regio, y se desarrolla entre España y Portugal desde 2012 hasta 2014.

Transcrito de http://www.20minutos.es/noticia/2304860/0/biblioteca-castilla-la-mancha-convoca-primer-encuentro-regional-clubes-juveniles-lectura/#xtor=AD-15&xts=467263

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Roger Chartier fala sobre literatura e história na era digital



Roger Chartier é um influente historiador francês. Personifica um tipo de intelectual interdisciplinar, que atua no cruzamento entre disciplinas que durante muito tempo se ignoraram. Professor da École des Hautes Études en Sciences Sociales, tem uma vastíssima obra, especialmente em história da cultura, com destaque para a história do livro e da leitura na Europa.

Rompe fronteiras com ar conciliador. Não por acaso, numa aula inaugural recentemente ministrada no Collège de France, propôs "escutar os mortos com os olhos" como um exercício de conciliação entre a história moderna, os documentos e a "plêiade de referência" (a tradição intelectual de autores, historiadores, sociólogos e filósofos).

Nesta entrevista, publicada originalmente pela revista parceira de Língua, a portuguesa Letras com Vida n.º 5 (Lisboa, Gradiva-Clepul, 2012: 10-15. ISNN: 1647-8088), do Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Chartier discute a tese de que o livro de papel não está ameaçado pela era digital, quem está é o status da leitura e do leitor. O que está em jogo não seria a mera forma material, mas o modo de percepção, que se fragmentou irreversivelmente. 

Para Chartier, esse deve ser nosso ponto de partida, não de chegada, para a análise do efeito da era digital sobre a era do livro. Devemos tirar da fragmentação nossa força, evitando, ao máximo, a aplicação anacrônica de critérios de julgamento sobre as práticas de leitura.

Sua obra é citada por um público vasto e diversificado, em textos de história, literatura, filologia e pedagogia. Como apresenta a si mesmo?

A referência a identidades disciplinares é sempre problemática. Sou historiador. Aprendi o ofício com outros historiadores (Daniel Roche, Denis Richet). Fui formado pela leitura dos clássicos dos Annales: Febvre, Bloch, Braudel. E situei meu trabalho de investigação e minhas reflexões metodológicas no contexto da disciplina histórica. Mas sempre pensei que a história deve entrar em diálogo com as outras ciências sociais, a filosofia ou a crítica literária. Daí as leituras que propus de sociólogos como Bourdieu ou Elias, de filósofos tão diferentes como Foucault e Ricoeur, ou autores difíceis de associar a uma disciplina específica, como Louis Marin ou Michel de Certeau. Daí também, nas minhas investigações mais recentes, o cruzamento entre a história da cultura escrita e a análise de obras maiores da literatura, a começar por D. Quixote ou pelas peças de Shakespeare. 

Por outro lado, estou convencido de que o trabalho dos historiadores pode ajudar a compreender melhor as mudanças do nosso presente, em particular a revolução numérica [digital], cuja especificidade é melhor entendida quando comparada com outras revoluções na cultura escrita: o aparecimento do códex, a invenção da imprensa, as transformações das práticas de leitura, na Idade Média, no século 18 ou nas sociedades do século 19. São estas convicções, traduzidas em investigações ou reflexões, que explicam a diversidade dos meus leitores e ouvintes.

O jogo cruzado entre o historiador, os textos e a tradição intelectual corresponde àquilo a que chama de "história cultural"?

Julgo que a história, como disciplina, é permanentemente ameaçada por duas tentações. Por um lado, fechar-se nos seus próprios objetos e hábitos disciplinares, evitando um debate intelectual mais vasto; por outro, satisfazer-se com as discussões metodológicas ou epistemológicas, esquecendo-se de que deve ser acima de tudo produção de novos conhecimentos, a partir da construção de objetos novos e da análise rigorosa dos documentos. Para se proteger destes dois perigos, um bom método será apoiar-se nas contribuições teóricas fundamentais das outras ciências humanas e sociais, e mobilizá-las para uma interpretação mais forte, mais densa, dos problemas históricos. É essa a razão de ser do cruzamento entre disciplinas que durante muito tempo se ignoraram. 

Como promove esse cruzamento em seus estudos?

No meu próprio campo de estudos, trata-se de disciplinas ligadas ao estudo dos textos (filologia, crítica literária, análise do discurso), ao estudo dos objetos escritos, manuscritos ou impressos (história da escrita, bibliografia material, história do livro e da edição) ou ao estudo das práticas culturais. Em meu entender, a história cultural deve colocar no centro das suas interrogações os processos múltiplos que permitem a construção dos sentidos para os textos (ou para as imagens ou práticas) por parte dos diferentes agentes sociais envolvidos na produção, transmissão ou apropriação dos bens e das formas simbólicas.

A que chama de "Europa moderna"? Um lugar, um movimento cultural, uma vanguarda da intelectualidade e da modernização humanística e científica?

História "moderna" designa, na França, nos meios universitários, os três séculos que separam o fim do século 15 (1453 ou 1492) da Revolução Francesa, que abre o período da história "contemporânea". No entanto, "moderna" é também, para nós, a época que vivemos. Daí o jogo entre as duas acepções do termo nos meus cursos ou nas minhas reflexões. 

A Europa "moderna", entre os séculos 15 e 18, pode ser considerada a protagonista da descompartimentação do mundo (com os descobrimentos, as colonizações, o comércio), da revolução científica (na sua definição galileísta ou nas suas práticas experimentais) e da invenção dos direitos humanos, com a revolução inglesa de finais do século 17 e depois a francesa de 1789. Ela foi também palco de uma mudança fundamental na comunicação, pela utilização em larga escala da imprensa - ainda que não tenha sido aí que foi inventado o uso de caracteres móveis para a reprodução da escrita. 

Esta constatação não deve, contudo, fazer-nos cair novamente num eurocentrismo criticado pela história comparada das civilizações, as connected histories, como são estudadas por Sanjay Subrahmanyam e Serge Gruzinski, ou as diferentes formas da história global. Ao mesmo tempo, essas histórias em escala mundial obrigam-nos a pensar sobre as razões que fazem da Europa moderna o agente mais poderoso de uma primeira mundialização, altura em que a história própria das outras civilizações foi posta em relação pelos europeus.

O senhor confia que o livro em papel resistirá ao eletrônico, mas não tem a mesma certeza em relação ao leitor e ao destino da leitura. Pode esclarecer?

O problema fundamental é o da relação entre a definição das obras, herdada do século 18, a qual supõe que elas sejam reconhecidas na sua identidade perpétua, e a leitura fragmentada, fendida, que é a do leitor diante da tela do computador. Mesmo que nenhum leitor seja obrigado a ler todas as páginas de um livro impresso, a forma material dele impõe a percepção da totalidade do texto aí contido. Donde resulta uma interrogação sobre a tensão entre duas lógicas. A lógica, ao mesmo tempo intelectual e material, do livro impresso, que faz com que as obras sejam reconhecidas na sua coerência e identidade própria, e a lógica, cultural, da textualidade numérica que convida à livre recomposição de fragmentos obtidos em bancos de dados numéricos, qualquer que seja a sua natureza. 

Tal discordância parece justificar a crença na sobrevivência da forma de inscrição e de publicação escrita que associa o texto e o objeto, o livro como composição intelectual ou estética e o livro como códex impresso. Mas a crença recente, em todos os países, no mercado dos "livros" eletrônicos, que acompanha o sucesso comercial dos tablets de todos os tipos, pode pôr em causa a validade deste diagnóstico e abrir um mundo textual em que poderiam desaparecer as categorias antigas, um mundo de textos abertos, de obras manipuláveis, de fragmentos indefinidamente recompostos. 

Como, então, encara a metamorfose resultante da transformação do leitor em navegador? 

A diferença entre a numerização [digitalização] de textos publicados anteriormente em forma impressa e os textos nascidos na forma numérica revela bem esta tensão. Pois se a numerização tenta preservar na nova tecnologia os critérios de identificação (que são os fundamentos da propriedade literária e da compreensão das obras), a escritura originalmente digital permite, por sua vez, inventar relações com a escrita efetivamente originais, livres dos constrangimentos dos direitos de autor e da página impressa. Enfim, como será o futuro, o historiador, pobre profeta, não pode prever.

O caráter desconstrutor da pós-modernidade significa o fim de uma certa racionalidade? 

Não pertenço à família dos nostálgicos que lamentam aquilo que designam como uma decadência dos saberes, uma diminuição do nível dos alunos ou a extinção da cultura escrita. O erro deles parece-me derivar da aplicação anacrônica de critérios de julgamento antigos, e socialmente determinados, a novas realidades, sejam elas sociais (com a democratização do ensino) ou técnicas (com a entrada no mundo numérico). O que permanece válido estará dependente das pressões acrescidas da "exigência social", como costuma dizer-se, sobre o trabalho científico?

As disciplinas de erudição enfrentam sérias dificuldades para manter o seu lugar no campo universitário ou nos programas dos grandes centros de investigação. Portanto, como é atestado por exemplos notáveis, não há contradição entre a prática de uma erudição rigorosa, ligada a passados longínquos, e a compreensão crítica do nosso presente. O trabalho de Armando Petrucci, por exemplo, mostra que a história de longa duração da cultura escrita é um dos melhores instrumentos para perceber adequadamente o papel da escrita no exercício dos poderes e dominações, na produção das hierarquias e desigualdades ou na exclusão dos "sem papéis" e "sem escrita" nas sociedades contemporâneas. Para lá desta capacidade crítica, as disciplinas de erudição ajudam a compreender que o presente é feito de passados sedimentados ou recompostos e, para os decifrar, é preciso poder situá-los na sua história própria. Temos de acreditar que os governantes de hoje saberão compreendê-lo.

Transcrito de http://revistalingua.uol.com.br/textos/108/o-destino-da-leitura-327450-1.asp

De Cataguases para o mundo



Luiz Ruffato, o querido escritor, não para. Vira e mexe sai notícia nova dando conta da publicação de seus livros em alguma parte do mundo. Agora mesmo, por exemplo, foi escalado para participar da Lahti International Writers' Reunion, na Finlândia, em 2015. O que mostra o quanto foi acertada sua escolha como um dos dos escritores do Brasil para se manifestar na Feira do Livro de Frankfurt, em 2013, quando o país foi homenageado.

Transcrito de Blog do Galeno

Bienal do Livro e a magia da literatura

Em seu fim de semana de abertura, a Bienal do Livro Minas reuniu mais de 65 mil pessoas no Expominas, no bairro Gameleira, na região Oeste de Belo Horizonte. Uma das atrações mais prestigiadas do domingo foi a escritora carioca Thalita Rebouças, autora de livros para adolescentes.

Prestes a completar 15 anos de carreira, ela participou de uma sessão de autógrafos com os fãs. “Sempre gosto de viajar e ver que meus personagens mexem com as pessoas em outros lugares”.

Thalita também gosta do desafio de escrever para um público que precisa ser cativado, e acha que cada vez mais os jovens têm se rendido aos livros. “Devemos isso a JK Rowling que, com Harry Potter, fez com que o mundo acordasse para a literatura juvenil. Não importa a grossura do livro, se for uma boa história, ela vai entreter”, acredita. Thalita fala ainda da alegria de criar o hábito da leitura nas pessoas.

“Quem também marcou presença neste domingo na bienal foi a escritora Lizete Lisboa, autora do livro infantil “Enquanto João Garrancho dorme”, escrito na forma convencional e em braile – esse é o sétimo lançado por ela nos dois formatos em dez anos.

“É um livro com duas escritas. Hoje, a criança cega estuda em uma escola comum, então é preciso ter mais livros que atendam aos dois grupos”, conta Lizete, que é cega desde a infância.

Até domingo. A bienal vai até o próximo domingo, das 9h às 22h (no fim de semana, os portões abrem às 10h). A entrada custa R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia). O visitante encontra livros com preços a partir de R$ 5. Mais informações pelo número de telefone (31) 3223-4500 ou no www.bienaldolivrominas.com.br.

“É um evento muito importante, tento passar para os meus filhos o hábito de ler”, disse a massoterapeuta Thelma Assunção, 42.

Transcrito de O Tempo 17/11/2014

Ciranda da Leitura em Piripiri (PI)

No próximo dia 05 de dezembro a secretaria municipal de Educação de Piripiri, promoverá a I Feira Literária: Piripiri na Ciranda da Leitura. Escolas da cidade e do campo irão expor grandes trabalhos desenvolvidos neste ano letivo de 2014.

Na programação do evento acontecerá logo pela manhã a caminhada de abertura a partir das 7h da manhã, com a participação das escolas municipais urbanas. e a partir das 17 horas será realizada, na Praça da Bandeira, a exposição dos trabalhos realizados dentro do Projeto nas Ondas da Leitura, turmas do 4º e 5º ano do Ensino Fundamental.

"Na oportunidade será lançado o primeiro livro escrito pelos alunos das escolas municipais (zona urbana e rural) do 1º ao 5º Ano do Ensino Fundamental".

Transcrito de Portal O Dia - 19/11/2014

Flupp enaltece literatura das favelas

A Escola de Artes Técnicas Luís Carlos Ripper (EAT), na Mangueira, recebeu a 3ª Festa Literária Internacional das Periferias (Flupp), que terminou neste domingo (16). A reportagem do Viva Favela acompanhou o terceiro dia do evento na Sala Sankofa quando mais de 100 adolescentes assistiram à mesa “A voz da periferia”, com os escritores Otávio Junior, conhecido como Livreiro do Alemão, e Jessé Andarilho, morador da favela do Antares, Zona Oeste do Rio, autor do romance "Fiel". Marcelo Reis, coordenador da (EAT) afirmou: “Temos que começar a mudar o olhar das crianças, oferecendo a elas literatura, teatro e informações de como uma sociedade pode ser mais respeitosa e amável"



Terminou no domingo (16) a 3ª Festa Literária Internacional das Periferias (Flupp), que homenageou o centenário de Abdias do Nascimento. A reportagem do Viva Favela acompanhou o terceiro dia do evento na Sala Sankofa da Escola de Artes Técnicas Luís Carlos Ripper (EAT), na Mangueira, quando mais de 100 adolescentes assistiram à mesa “A voz da periferia”, com os escritores Otávio Junior, conhecido como Livreiro do Alemão, e Jessé Andarilho, morador da favela do Antares, Zona Oeste do Rio, autor do romance Fiel.

Marcelo Reis, coordenador da EAT, sede da Flupp na Mangueira, defende incentivar as crianças à leitura: “Temos que começar a mudar o olhar das crianças, oferecendo a elas literatura, teatro e informações de como uma sociedade pode ser mais respeitosa e amável. Por isso, agradecemos e motivamos demais a vinda das crianças”.

Literatura que usa a favela como cenário

A 3ª Festa Literária Internacional das Periferias (Flupp) terminou no domingo (16), homenageando o centenário de Abdias do Nascimento e com uma vasta programação para todas as faixas etárias. Junto com a festa, nasceu a esperança de conhecimentos e horizontes novos para crianças e jovens de escolas públicas da favela da Mangueira, Zona Norte do Rio, que visitaram o evento. Quase 1000 crianças da Escola Tia Neuma Gonçalves curtiram a festa da leitura. A ideia é formar novos leitores, aproveitando sempre para conquistar as comunidades em que se instala a Flupp.

No terceiro dia do evento, mais de 100 adolescentes assistiram à mesa “A voz da periferia”, com os escritores Otávio Junior, conhecido como Livreiro do Alemão, e Jessé Andarilho, morador da favela do Antares, Zona Oeste do Rio, autor do romance Fiel.  Os dois colegas falaram sobre sua relação com o leitor, a leitura e a escrita de histórias ambientadas na favela.

A favela está em cena

A Sala Sankofa foi o palco para um bate-papo entre Otávio Junior e Jessé Andarilho. A conversa entre os dois escritores da periferia carioca foi mediada pelo professor José Luiz Goldfarb, especialista em programas de incentivo à leitura. Eles falaram dos desafios e dificuldades que enfrentam e do orgulho e da responsabilidade que sentem por serem referências para as crianças e os jovens das favelas onde nasceram e foram criados.

Em comum, eles têm a idade: 31 anos. E também a vontade de dar voz e vez às favelas. Querem, antes de tudo, colocar o livro no imaginário popular. Os caminhos trilhados por ambos são bem diferentes. De fala rápida e linguagem totalmente afinada com os adolescentes da plateia, Jessé Andarilho não tenta parecer o que não é: “Eu era o terror da escola. Repeti a 7ª série 5 vezes”, diz, sem desmentir a brincadeira. Seu romance "Fiel", recentemente publicado pela editora Objetiva, foi todo escrito no celular, durante as viagens de trem que fazia para atravessar a cidade rumo ao trabalho.

Como explicou, depois de ler livros escritos por amigos começou a dizer para si mesmo: “Também tenho histórias pra contar! Escrevi o meu livro como se eu estivesse contando aquelas coisas para alguém pelo bate-papo do Facebook. Voltei minha vida pra isso. Em qualquer evento sobre literatura, eu estava no meio. Mostrei pro Celso Athayde porque eu sabia que ele tinha contatos. Acho que eu estava no lugar certo e na hora certa”, acredita.

Jessé sabe que tudo aconteceu muito rapidamente e diz que o que mais gosta é ver o garoto da favela onde mora correr ao seu encontro para dizer que adorou seu livro. Como tudo o que conquistou, o futuro reserva uma nova realização: a Biblioteca Marginow, que terá somente livros de autores de periferias. Um dos aliados do projeto é o poeta paulistano Ferréz. Além disso, já entregou para a editora seu próximo romance '"Efetivo Variável", escreve outras histórias e torce para o para que "Fiel" vire filme.

Além de autor de literatura infantil, Otávio Junior é um conhecido promotor e mediador de leitura. Seu projeto "Ler é 10" funciona na Biblioteca Parque Estadual do Alemão e tem um acervo de mais de dois mil títulos. Conhecido como Livreiro do Alemão, ele conta que quando era criança, queria mesmo era ser jogador de futebol, mas foi a literatura que o permitiu realizar seus sonhos: “Quando inseri o livro na favela, o Alemão saiu das páginas policiais e entrou nas páginas culturais. Fui um dos precursores da literatura de periferia no Rio”, garante. 

Morador da Vila Cruzeiro, Zona Norte, encontrou um livro no lixo ainda menino e, como ele mesmo diz, se apaixonou por histórias. Decidiu que queria ser escritor e foi à luta: “Foi uma batalha muito grande”, admite. Hoje, depois de três livros publicados e dois prêmios ganhos (Faz Diferença, do jornal O Globo, e Orgulho do Rio, do jornal O Dia), Otávio é convidado para dar palestras, autógrafos em feiras de livros e para representar o Brasil em festas literárias no exterior.

Diversidade deu o tom da Flupp

Os alunos da Escola Tia Neuma passaram as manhãs e as tardes da última semana recebendo uma dose extra de cultura e de civismo. Participaram de oficinas de desenho na Sala Sankofinha, assistiram a documentários e puderam aprender um pouco mais sobre a importância do respeito e do amor ao próximo, independentemente da sua origem, raça ou religião.

Para a diretora da escola, Márcia Moura, a ida de seus alunos à Flupp teve como objetivo ampliar a leitura, a escrita e as percepções visuais dos alunos: “Quero incentivar as crianças pelo gosto das artes e cultura do nosso país. Tentamos resgatar um futuro para nossas crianças, tirá-los da marginalidade das suas comunidades e dar um modo de vida diferente do que eles convivem no dia-a-dia”. A diretora acredita que, ao ver tantas pessoas com acesso à leitura e ao prazer de ler, as crianças se entusiasmam em adquirir esse hábito tão importante para o crescimento.

No que diz respeito ao incentivo à leitura, Marcelo Reis, coordenador da Escola de Artes Técnicas Luiz Carlos Ripper (EAT), sede da Flupp na Mangueira, é categórico: “Temos que começar a mudar o olhar das crianças, oferecendo a elas literatura, teatro e informações de como uma sociedade pode ser mais respeitosa e amável. Por isso, agradecemos e motivamos demais a vinda das crianças”. Para completar, ele citou a importância da patrona da escola, Tia Neuma: “De uma maneira singular, ela atendia a todos e ajudava na educação da comunidade da Mangueira. Projetos culturais, como a Flupp, deixam a esperança de um futuro melhor, onde não podem faltar o hábito da leitura e a busca de novos conhecimentos”, finaliza.

Transcrito de Brasil 247 - 19/11/2014

Alunos, atração a parte na Feira do Livro de Taquara (RS)

Encerrou, no sábado (22/11), a Feira do Livro de Taquara realizada pela Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esportes – SMECE e pelo Serviço Social do Comércio (SESC). Com o tema “Dê Asas a sua Imaginação”, o evento foi promovido de 20 a 22 de novembro, no largo da Praça Marechal Deodoro, envolvendo os visitantes com diversas atrações. O público principal da feira foram os alunos que conferiram a programação e adquiriram livros nos estandes, conforme destaca o secretário de Educação, Cultura e Esportes, Antônio Edmar Teixeira de Holanda. 

“Os nossos alunos fazem toda a diferença na Feira do Livro, coordenados pelas equipes diretivas e professores, prestigiam o evento, além de nos presentearem com apresentações que demonstram o folclore, a leitura e o conhecimento. É um trabalho de meses que merece e deve ser reconhecido, parabéns a todas as escolas. Isto sim é Educação”, salienta o secretário, mencionando o momento em que os alunos se apresentaram, no sábado pela manhã, em que o palco principal foi tomado pela criatividade. Encenações teatrais, musicais e danças levaram à emoção o público presente. 

Em homenagem ao Dia da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Rudi Lindenmeyer, apresentou uma dança afro (a escola é localizada em Paredão Baixo, interior de Taquara, onde a maioria dos alunos vivem na comunidade quilombola situada naquela região). A aluna Mariana da Silva Rosa, 15 anos, foi uma das dançarinas. “Foi muito legal nos apresentarmos na Feira do Livro, foi bem especial para nós”, menciona Mariana. A diretora Aline Mota destaca a alegria dos estudantes. “Eles estão tão felizes que a emoção é percebida pelo sorriso, com certeza fizeram esta apresentação com muito carinho e com coração aberto, pois estão radiantes”, comenta Aline. A dança foi coreografada durante as aulas de Oficina de Teatro do Programa Mais Educação, desenvolvido na escola.

A EMEI Harda Liana Muller e a EMEF 25 de Julho, apresentaram “Dança Gaúcha”; a EMEF Zeferino Vicente Neves Filho, apresentou o conto de fadas “Branca de Neve e os Sete Anões”; a EMEF Calisto Eolálio Letti, “Os Três Porquinhos”; a EMEF Rosa Elsa Mertins, os musicais “Aquarela do Brasil” e “Bicho Gente”; a EMEF 17 de Abril a EMEF Nereu Wilhelms, apresentaram danças; a EMEF Dr Alípio Alfredo Sperb, a interpretação musical na voz de alunos do educandário e a EMEF Lauro Hamp Muller, o musical “Frozen”.  Já na parte da tarde, do sábado, quem visitou a feira prestigiou a Hora do Conto / SESC – OBAX, texto de André Neves; se divertiu com as brincadeiras do Tio Gordo; além de curtir aos momentos musicais com a Banda Amigos do Livro, Banda The Trees e com a cantora Leticia Roennau.

Transcrito de Jornal Panorama - 24/11/2014

Público recorde na Bienal de Minas



Mais de 260 mil pessoas, incluindo os 46 mil estudantes cadastrados no projeto de Visitação Escolar, passaram pelo Expominas ao longo dos 10 últimos dias para conferir as atrações da Bienal do Livro de Minas. O evento, realizado de 14 a 23 de novembro, em Belo Horizonte, reuniu mais de uma centena de autores e convidados. Foram mais de 70 horas de programação, incluindo atividades diversas, como bate-papos, sessões de autógrafo, oficinas e contações de histórias, nos espaços: Café Literário, Conexão Jovem, Bienal em Quadrinhos, Minas de Histórias e eventos profissionais. Para alcançar isso, houve investimento de R$ 5,17 milhões, número 20% maior se comparado com a edição anterior.

Transcrito de PublishNews - 25/11/2014

Literatura de cordel ganha espaço por meio de personagens

Gênero presente em diversas edições da Fliporto, a literatura de cordel marca presença na décima edição da Festa com dez barracas, que contam com a participação de 18 cordelistas, como, por exemplo, Altair Leal. Ele participa da festa desde a época em que ela acontecia em Porto de Galinhas. Este ano, ele trouxe mais de cem títulos para vender e considera o evento um sucesso de vendas, já tendo vendido de 100 a 150 títulos de Cordel.

Outro cordelista presente na Fliporto é Geraldo Valério. Cordelista há 25 anos, tem mais 80 títulos, tendo trazido para Fliporto apenas 20 títulos. O artista participa pela terceira vez da festa e, para ele, suas vendas estão crescente e bem satisfatória.

Rivani Nazário, conhecida como a Cangaceira do Cordel, cordelista há 8 anos, é autora de 36 títulos. Também está presente na Fliporto desde Porto de Galinhas. Trouxe para a festa esse ano entre os tradicionais cordéis, uma apostila que ensina o educador a trabalhar em sala de aula, uma coletânea que conta a história de Luís Gonzaga e o seu amor pelo sertão. Para ela “o cordel não pode ficar isolado, porque faz parte da cultura popular e o que é popular deve estar disponível para o povo.”

Participaram também da Fliporto 2014 o casal Fernando Rocha e Marinalva Bezerra. Que se apresentam, respectivamente, com os personagens Macambira e Querindina. Ambos viajam divulgando essa literatura e valorizando a cultura da oralidade. Dessa forma, os artistas cumprem a missão que, segundo eles, é a de enaltecer cada vez mais a identidade do nordestino. Para Marinalva Bezerra “a gente costuma valorizar aquilo que é da raiz da gente e se não dermos valor as nossas raízes, como é que vai terminar? Vamos terminar sem valor. Porque um povo sem cultura é um povo sem identidade”, finaliza.

Transcrito de http://blogs.diariodepernambuco.com.br/coberturas/2014/11/literatura-de-cordel-ganha-espaco-por-meio-de-personagens/

Com doações e muita força de vontade, projetos sociais incentivam a leitura

Quem mora na Capital Federal e gosta de andar pelas ruas da cidade já deve ter visto livros espalhados por alguns diversos pontos da cidade. Trata-se de projetos de incentivo à leitura que, por meio de iniciativas sociais ou privadas, disponibilizam obras, de forma gratuita, para a população. 



Seja em paradas de ônibus, à espera do metrô ou praças pública, a proposta é sempre a mesma: compartilhar conhecimento. Foi com esse objetivo que o videoartista e educador Lucas Rafael, de 30 anos, lançou o projeto “Refresque Ideias”.

Inspirado em uma feira de livros montada embaixo de um viaduto na Venezuela, Lucas ajudou a transformar um pedacinho da praça da QE 32, no Guará II, em uma biblioteca comunitária. Uma geladeira quebrada e que não tinha uso em casa vira uma estantes, onde os livros são disponibilizados para os moradores da região. “Por três anos, eu mesmo utilizei o refrigerador para guardar meus livros”, conta ele, que pretende levar o projeto para outras praças da cidade.

Qualquer pessoa que passar pelo local pode parar, folhear uma obra ou, se preferir, continuar a leitura em casa. Tudo isso sem pagar nada. Doações, trocas ou empréstimos de obras também podem ser feitas por qualquer pessoa. Para os interessados em contribuir com o projeto a recomendação é de enviar um e-mail para o endereço nomadevideoarte@gmail.com. 

Iniciativas desse tipo visam melhorar o hábito de entre a população. Segundo a pequisa Retratos da Leitura no Brasil, o brasileiro lê, em média, apenas quatro livros por ano. Ainda segundo o estudo, 75% da população nunca frequentou uma biblioteca na vida.

Locais inusitados

As publicitárias Carol Soares, de 29 anos, Taís Matos, de 28, e Jeanne Dourado, de 49, criaram o blog Eu achei o livro. A partir dele, elas divulgam o projeto que consiste em espalhar livros por locais públicos como pontos de ônibus, metrô e praças públicas. A intenção é incentivar o hábito da leitura. As jovens brasilienses acreditam que a biblioteca móvel é excelente para a vida urbana e facilita o acesso aos livros. “Acho que o projeto se adequa ao tipo de vida que a gente leva. Nem todo mundo tem condição ou tempo de ir até uma biblioteca. A ação pretende tornar a leitura uma atividade prática à todos”, explica Carol Soares.

A iniciativa surgiu no início de 2012. Os títulos são espalhados pela cidade sempre acompanhados de um bilhete explicando a ideia e convidando o leitor a contar sua experiência, por meio do blog.

Minibibliotecas

Para aproximar moradores de comunidades carentes da literatura, a bibliotecária Neusa Dourado criou o projeto Mala do Livro. O programa, que existe há 24 anos, consiste na instalação de pontos de leitura, com a disponibilização de minibibliotecas nas cidades administrativas do Distrito Federal. 

No início, os livros eram colocados em cestas de palha e levados até a residência de quem solicitava a biblioteca móvel. No entanto, com o crescimento do projeto, o acervo teve que ser remanejado para estantes de madeira que foram espalhados pelo DF. 

Segundo a coordenadora do projeto, Maria José Lira Vieira, qualquer pessoa pode pegar um livro emprestado e realizar doações para o projeto. O programa que conta com a ajuda do governo local.

De acordo com a Secretaria de Cultura, os acervos são compostos, em sua maioria, por livros de literatura infantil, brasileira, estrangeira e clássicos da literatura universal. A constituição também leva em consideração o diagnóstico das necessidades de informação das comunidades onde os pontos de leitura são instalados.

Arrecadação de livros

Desde 2008, a biblioteca itinerante "Barca das Letras", idealizada pelo servidor público Jonas Banhos, de 42 anos, leva educação, cultura, arte e, principalmente, o incentivo à leitura às crianças de comunidades ribeirinhas do Amapá, Pará e outras áreas da Amazônia. 

Nesse domingo (31/8), a Barca esteve nas quadras 107/108 da Asa Norte, arrecadando livros infantis, gibis, livros de literatura e poesia para jovens e adultos, brinquedos, material escolar, músicas e filmes infantis.

Durante as atividades o "Palhaço Ribeirinho", personagem criado e interpretado por Jonas, foi o responsável por apresentar aos pequenos o universo da leitura. "Todo mês a Barca passa por Brasília. Em agosto arrecadamos mais de mil livros aqui na capital", conta.

A Barca já navegou por mais de 144 comunidades ribeirinhas em localidades como o Lago Serra da Mesa (GO), a Quilombolo Kalunga (GO) e a Chapada dos Veadeiros (GO). No dia (14/9), a Barca retorna à Brasília para mais uma manhã de arrecadação. 

O projeto sobrevive de doações. Para se tornar um colaborador entre em contato com o coordenador Jonas Banhos no telefone (61) 8167-1254 ou pelo e-mail  barcadasletras@gmail.com.

Transcrito de http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2014/09/09/interna_cidadesdf,445007/com-doacoes-e-muita-forca-de-vontade-projetos-sociais-incentivam-a-leitura.shtml

Press Release 019 – 28.11.2014

Entrevista
   Roger Chartier fala sobre literatura e história na era digital - http://bit.ly/1v1lrBC

Clássicos do Cinema
   Ditadura Militar no Brasil II – O que é isso, companheiro - http://bit.ly/1v1cRTr

Clássicos da Literatura
   Miguel de Cervantes Saavedra - http://bit.ly/1pkkcqX

Clássicos da Música
   Elis Regina - http://bit.ly/1Fcae4Q

Saberes na Rede
   Memória - http://bit.ly/1zDtiUU

Eventos UFT
   III Semana de Cultura Histórica - http://bit.ly/1y0g4TB
   Seminário: cidadania e cultura na época da ditadura - http://bit.ly/1rVjovF
   Agenda de defesa de dissertações no PPGL - Ensino de Letras e Literatura - http://bit.ly/1uRxMmA
   II Semana do Livro e das bibliotecas da UFT - http://bit.ly/1CrH4zW

Documentário
   Ilhas das Flores - http://bit.ly/1toC1Xx

Ensaios
   Qual romance você está lendo? - http://bit.ly/1vV53Vh

Artigos
   Ensaio sobre Leitura - http://bit.ly/15GIjMY

Notícias
   La Biblioteca de Castilla-La Mancha convoca el primer encuentro regional de clubes juveniles de lectura -  http://bit.ly/1FFTMZV
   Arquivo de Gabriel García Márquez vai para Universidade do Texas - http://bit.ly/1zFADDu
   Professor cria projeto voluntário que leva a leitura para crianças carentes - http://bit.ly/1rzUrti
   Com doações e muita força de vontade, projetos sociais incentivam a leitura - http://bit.ly/1rDhttG
   Literatura de cordel ganha espaço por meio de personagens - http://bit.ly/1vtx6I0
   Público recorde na Bienal de Minas - http://bit.ly/1v1gCIo
   Alunos, atração a parte na Feira do Livro de Taquara (RS) - http://bit.ly/12b8wRG
   Flupp enaltece literatura das favelas - http://bit.ly/1pvR7hy
   Bienal do Livro e a magia da literatura - http://bit.ly/1z284Am
   Ciranda da Leitura em Piripiri (PI) - http://bit.ly/1xRsgCR
   De Cataguases para o mundo - http://bit.ly/1y00g3G

O Prazer da Leitura
   Leitura como lugar de descanso - http://bit.ly/1vUXMEL

Imagem
   Contador de histórias - http://bit.ly/1FALT68

Eventos Literários
   Feira do Livro do Amapá tem patrocínio de R$ 170 mil do MinC - http://bit.ly/1pveFD3

Prof. Dr. Antonio Carlos Ribeiro
Pós-Doutorando – UFT/PPGL
Editor



Se desejar ler os demais Press Release, clique em http://bit.ly/1E35ugR

Professor cria projeto voluntário que leva a leitura para crianças carentes

A impaciência da Emília. A sabedoria do Visconde de Sabugosa. A magia dos contos de fadas. Todo esse universo pode ser descoberto por uma viagem pelos livros infantis. O hábito de ler, cultivado desde a infância, também ajuda nos estudos e na formação de adultos leitores. Mas, muitas crianças não são estimuladas por falta de oportunidades.

No bairro Canindezinho, em Fortaleza, por exemplo, faltam bibliotecas. Para suprir essa necessidade, o professor de história João Teles, resolveu fazer um projeto voluntário para crianças. “Há mais de 18 anos trabalho com incentivo à leitura. Trabalho com jornal, radio escola, literatura de cordel, revistas, livros didáticos e paradidáticos, estimulando os alunos a lerem, uma vez que descobri que eles tinham e têm uma grande dificuldade em compreender, analisar e interpretar  textos”.

A Confraria de Leitura reúne alunos uma vez por semana. João Teles explica qual o perfil dos meninos e meninas que frequentam o projeto. “Os alunos têm entre 8 e 12 anos de idade, são de regiões muito carentes, como nos bairros Planalto Vitória e no Canindezinho, onde não existem bibliotecas eo contato dos alunos com os livros é muito rudimentar e, permitimos que eles tenham contatos com os livros uma vez por semana, promovendo o encontro dos alunos com as obras literárias”.

O trabalho é totalmente voluntário e recebe o apoio apenas das escolas onde o professor trabalha. Para doações de livros, o telefone é (85) 8586-3910.

Transcrito de http://tribunadoceara.uol.com.br/audios/tribuna-band-news-fm/professor-cria-projeto-voluntario-que-leva-leitura-para-criancas-carentes/

Ditadura Militar no Brasil - II

O que é isso, companheiro (Bruno Barreto, 1997)


Em 1964, um golpe militar derruba o governo democrático brasileiro e, após alguns anos de manifestações políticas, é promulgado em dezembro de 1968 o Ato Constitucional nº 5, que nada mais era que o golpe dentro do golpe, pois acabava com a liberdade de imprensa e os direitos civis. Neste período vários estudantes abraçam a luta armada, entrando na clandestinidade, e em 1969 militantes do MR-8 elaboram um plano para seqüestrar o embaixador dos Estados Unidos (Alan Arkin) para trocá-lo por prisioneiros políticos, que eram torturados nos porões da ditadura.


Agenda de defesa de dissertações no PPGL - Ensino de Letras e Literatura

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS
ENSINO DE LÍNGUA E LITERATURA
Campus Araguaína


Agenda de Defesa - Mestrado
DATA/HORA 05/12/2014 – 14h
LOCAL SALA DE AULA DO PPGL
TÍTULO - Contatos de Línguas: atitudes dos Krahô em relação ao Bilinguismo e os empréstimos linguísticos do Português
ALUNA - Midian Araújo Santos
ORIENTADOR - Prof. Dr. Francisco Edviges Albuquerque (UFT)
BANCA
Profa. Dra. Daniele Marcele Grannier (UNB)
Profa. Dra. Carine Haupt (UFT)
Profa. Dra. Rosineide Magalhães de Sousa – Suplente (UNB)


Agenda de Defesa - Mestrado
DATA/HORA 08/12/2014 – 14h
LOCAL SALA DE AULA DO PPGL
TÍTULO - Prova Brasil: instrumento reorientador da prática de Leitura em uma escola da Rede Estadual de ensino de Araguaína-TO
ALUNA - Núbia Régia de Almeida
ORIENTADOR - Prof. Dr. Márcio Araújo de Melo (UFT)
CO-ORIENTADORA - Profa. Dra. Maria José de Pinho (UFT)
BANCA
Profa. Dra. Betina Ribeiro Rodrigues da Cunha (UFU)
Profa. Dra. Valéria da Silva Medeiros (UFT)
Prof. Dr. Wagner Rodrigues Silva – Suplente (UFT)


Agenda de Defesa - Mestrado
DATA/HORA 09/12/2014 – 08h
LOCAL SALA DE AULA DO PPGL
TÍTULO - A escolarização da Literatura no Ensino Médio em Xinguara – Pará: mediações docentes e dos livros didáticos
ALUNA - Bonfim Queiroz Lima
ORIENTADOR - Prof. Dr. Márcio Araújo de Melo (UFT)
BANCA
Profa. Dra. Betina Ribeiro Rodrigues da Cunha (UFU)
Prof. Dr. Dernival Venâncio Ramos Júnior (UFT)
Profa. Dra. Luiza Helena Oliveira da Silva – Suplente (UFT)


Agenda de Defesa - Mestrado
DATA/HORA 10/12/2014 – 16h
LOCAL SALA DE AULA DO PPGL
TÍTULO - Contribuições de atividades de Fonética e Fonologia ao ensino de Língua Inglesa
ALUNA - Neliane Raquel Macedo Aquino
ORIENTADORA - Profa. Dra. Carine Haupt (UFT)
BANCA
Profa. Dra. Thais Cristófaro Silva (UFMG)
Prof. Dr. Francisco Edviges Albuquerque (UFT)
Profa. Dra. Myriam Crestian Chaves da Cunha – Suplente (UFPA)


Agenda de Defesa - Mestrado
DATA/HORA 17/12/2014 – 08h
LOCAL SALA DE AULA DO PPGL
TÍTULO - O Ensino de L2 na Escola Indígena 19 de abril: uma análise sobre as políticas públicas e linguísticas na perspectiva dos Krahô da Aldeia Manoel Alves
ALUNA - Marília Fernanda Pereira Leite
ORIENTADOR - Prof. Dr. Francisco Edviges Albuquerque (UFT)
BANCA
Profa. Dra. Raimunda Benedita Cristina Caldas (UFPA)
Profa. Dra. Maria José de Pinho (UFT)
Profa. Dra. Rosineide Magalhães de Sousa – Suplente (UNB)


Agenda de Defesa - Mestrado
DATA/HORA 17/12/2014 – 14h30
LOCAL SALA DE AULA DO PPGL
TÍTULO - Saberes tradicionais e educação escolar indígena: um diálogo possível na Escola Indígena 19 de abril
ALUNA - Aurinete Silva Macedo
ORIENTADOR - Prof. Dr. Francisco Edviges Albuquerque (UFT)
BANCA
Profa. Dra. Raimunda Benedita Cristina Caldas (UFPA)
Prof. Dr. Dernival Venâncio Ramos Júnior (UFT)
Profa. Dra. Rosineide Magalhães de Sousa – Suplente (UNB)


Agenda de Defesa - Mestrado
DATA/HORA 15/12/2014 – 19h
LOCAL SALA DE AULA DO PPGL
TÍTULO - Projeto Um Computador por Aluno: Leitura semiótica de narrativas sobre o impacto inicial de experiências do uso de laptops em contextos de ensino-aprendizagem numa escola tocantinense
ALUNA - Tânia Maria de Oliveira Rosa
ORIENTADORA - Profa. Dra. Luiza Helena Oliveira da Silva (UFT)
BANCA
Prof. Dr. Eric Ladowski (Centre National de la Recherche Scientifique)
Prof. Dr. Wagner Rodrigues Silva (UFT)

Memória


Qual romance você está lendo?

Contardo Calligaris*

Sempre pensei que fosse sábio desconfiar de quem não lê literatura. Ler ou não ler romances é para mim um critério. Quer saber se tal político merece seu voto? Verifique se ele lê literatura. Quer escolher um psicanalista ou um psicoterapeuta? Mesma sugestão.

E, cuidado, o hábito de ler, em geral, pode ser melhor do que o de não ler, mas não me basta: o critério que vale para mim é ler especificamente literatura --ficção literária.

Você dirá que estou apenas exigindo dos outros que eles sejam parecidos comigo. E eu teria que concordar, salvo que acabo de aprender que minha confiança nos leitores de ficção literária é justificada.

Algo que eu acreditava intuitivamente foi confirmado em pesquisa que acaba de ser publicada pela revista "Science" (migre.me/gkK9J), "Reading Literary Fiction Improves Theory of Mind" (ler ficção literária melhora a teoria da mente), de David C. Kidd e Emanuele Castano.

Uma explicação. Na expressão "teoria da mente", "teoria" significa "visão" (esse é o sentido originário da palavra). Em psicologia, a "teoria da mente" é nossa capacidade de enxergar os outros e de lhes atribuir de maneira correta crenças, ideias, intenções, afetos e sentimentos.

A teoria da mente emocional é a capacidade de reconhecer o que os outros sentem e, portanto, de experimentar empatia e compaixão por eles; a teoria da mente cognitiva é a capacidade de reconhecer o que os outros pensam e sabem e, portanto, de dialogar e de negociar soluções racionais. Obviamente, enxergar o que os outros sentem e pensam é uma condição para ter uma vida social ativa e interessante.

Existem vários testes para medir nossa "teoria da mente" - os mais conhecidos são o RMET ou o DANVA, testes de interpretação da mente do outro pelo seu olhar ou pela sua expressão facial. Em geral, esses testes são usados no diagnóstico de transtornos que vão desde o isolamento autista até a inquietante indiferença ao destino dos outros da qual dão prova psicopatas e sociopatas.

Kidd e Castano aplicaram esses testes em diferentes grupos, criados a partir de uma amostra homogênea: 1) um grupo que acabava de ler trechos de ficção literária, 2) um grupo que acabava de ler trechos de não ficção, 3) um grupo que acabava de ler trechos de ficção popular, 4) um grupo que não lera nada.

Conclusão: os leitores de ficção literária enxergam melhor a complexidade do outro e, com isso, podem aumentar sua empatia e seu respeito pela diferença de seus semelhantes. Com um pouco de otimismo, seria possível apostar que ler literatura seja um jeito de se precaver contra sociopatia e psicopatia. Mais duas observações.

1) A pesquisa mede o efeito imediato da leitura de trechos literários. Não sabemos se existem efeitos cumulativos da leitura passada (hoje não tenho tempo, mas "já li muito na adolescência"): o que importa não é se você leu, mas se está lendo.

2) A pesquisa constata que a ficção popular não tem o mesmo efeito da literária. A diferença é explicada assim: a leitura de ficção literária nos mobiliza para entender a experiência das personagens.

"Como na vida real, os mundos da ficção literária são povoados por indivíduos complexos cujas vidas interiores devem ser investigadas, pois são raramente de fácil acesso."

"Contrariamente à ficção literária, a ficção popular (...) tende a retratar o mundo e as personagens como internamente consistentes e previsíveis. Ela pode confirmar as expectativas do leitor em vez de promover o trabalho de sua teoria da mente."

Em suma, o texto literário é aquele que pede esforços de interpretação por aquelas caraterísticas que foram notadas pelos melhores leitores do século 20: por ser ambíguo (William Empson), aberto (Umberto Eco) e repleto de significações secundárias (Roland Barthes).

Na hora de fechar esta coluna, na terça-feira, encontro a mesma pesquisa comentada na seleção do "New York Times" oferecida semanalmente pela Folha. A jornalista do "Times" pensou que a leitura literária, ajudando-nos a enxergar e entender os outros, facilitaria nossas entrevistas de emprego ou nossos encontros românticos.

Quanto a mim, imaginei que, na próxima vez em que eu for chamado a sabatinar um candidato, não esquecerei de perguntar: qual é o romance que você está lendo? E espero que o candidato mencione um livro que conheço, para verificar se está falando a verdade.

* Italiano, é psicanalista, doutor em psicologia clínica e escritor. Ensinou Estudos Culturais na New School de NY e foi professor de antropologia médica na Universidade da Califórnia em Berkeley. Reflete sobre cultura, modernidade e as aventuras do espírito contemporâneo (patológicas e ordinárias). Escreve às quintas na versão impressa de "Ilustrada".

Transcrito de (http://www1.folha.uol.com.br/colunas/contardocalligaris/2013/10/1357485-qual-romance-voce-esta-lendo.shtml) Folha de S. Paulo, 17.10.2013

Ensaio sobre Leitura

Michel Ribas

Quando o assunto "leitura" entra em pauta, principalmente entre jovens, a maior reação é a de "torcer o beiço". Muitas vezes por professores que não souberam transmitir o prazer que a leitura proporciona, ou por um desprezo natural, de quem não conhece mas mesmo assim despreza, ou até mesmo por tentativas frustradas de se apegar a leitura, que pode ocorrer ou pela obra ser muito "pesada" para o jovem pela sua linguagem ou conteúdo.

A atualidade está sedo profundamente marcada pela modernidade e tecnologia, esta cada vez mais presente em tudo o que temos e vemos. Com a era da internet, chegamos em um ponto onde os prazeres estão se tornando cada vez mais subjetivos e menos construtivos no sentido da formação cultural de cada individuo. O mercado de trabalho culmina com este processo, exigindo de cada um agilidade em todas as suas funções, como se cada dia fosse o último do Planeta, sobrecarregando assim cada individuo ao ponto de sobrar muito pouco tempo na rotina diária destes tempos modernos em que vivemos.

Com as noticias rápidas da internet cada pessoa pode estar superficialmente por dentro de praticamente tudo o que acontece no mundo em apenas alguns "cliques". Não se pode negar que isto ajuda muito na agilização do cotidiano, mas com todo este incentivo à pressa acabamos por nos acostumar com as coisas rápidas e curtas, inclusive nos momentos de contemplação da arte existente no mundo. Com toda esta redução de tempo as artes acabaram sofrendo um certo desprezo pela sociedade em função do tempo necessário para o usufruto delas, e a literatura é uma das artes que mais sofre com este fenômeno de aceleramento de vida.

São poucos e raros aqueles que nos tempos livres sentam confortadamente e se deliciam com uma obra literária, com um jornal ou uma revista. Nem sempre a falta de tempo pode ser tomada por desculpa, pois com pouquissimos minutos pode-se ler um poema ou até mesmo em dez ou quinze minutos consegue-se ler um conto ou uma crônica.

O que podemos perceber no costume da nossa nação é que nada, ou quase nada é direcionado exclusivamente para o incentivo e a divulgação da leitura e da literatura, e ela acaba se tornando uma arte secundária, oculta, e até mesmo as vezes fica na concepção dos jovens como aquela tortura de ter que pegar um volume enorme, todo empoeirado, com palavras incompreensíveis e devorar apenas para poder passar de ano. Dogmas e costumes exagerados geram visões distorcidas da realidade. Assim como nem todo evangélico vive de terno e com uma Biblia debaixo do braço, nem todo jogador de futebol é sem cultura, assim nem toda leitura é massante e chata.

Dentre os fatos importantes para o incentivo à leitura, podemos destacar o Conhecimento Prévio, que é algo necessário para todos aqueles que desejam mergulhar no maravilhoso mar das letras. Este modo de conhecimento tem a importância para a leitura assim como uma chave a tem para um cadeado. A partir do Conhecimento Prévio, as portas da interpretação se abrem e a leitura flui com uma facilidade incrível, o Conhecimento Prévio é nada mais do que tudo aquilo que cada indivíduo aprendeu na vida, seja de conhecimento de vida prática, seja de teorias.

Tomemos por exemplo a palavra "tílburi", que pode ser encontrada na crônica "O Palhaço", de Artur de Azevedo. Como se trata de uma palvra que já caiu em desuso no Brasil, à primeira vista pode nos parecer estranho e atrapalhar o entendimento do texto, mas se por exemplo o leitor já conhecesse o conto "A Cartomante", de Machado de Assis, já teria lido a palavra e através de um dicionário ou mesmo pelo contexto já saberia que "tílburi" quer dizer pequena carruagem. O Conhecimento Prévio, assim como todas as técnicas existentes no mundo, exige paciência e prática, só se obterá tal conhecimento lendo. A palavra chave para a leitura é "começar", quanto mais leitura, mais conhecimento, quanto mais conhecimento, mais entendimento e quanto mais entendimento mais fácil de se atingir o principal objetivo da literatura que é, segundo o crítico literário Antonio Cândido " a transposição do real para o ilusório" (1972, p.53). O ser humano necessita de tal transposição, até mesmo para a despressurisação das cargas do dia-a-dia corrido em que vive.

É somente através da total compreensão do texto e da transposição do real para o ilusório que se consegue chegar ao prazer da leitura, de entrar na mente da personagem, sentir suas alegrias, viver suas aventuras e compartilhar de seus costumes e da sociedade em que se passa a história. A leitura proporciona aos seus adeptos vários tipos de conhecimento nas mais diversas áreas. Através da leitura de Sir Arthur Conan Doyle você pode entrar na mente do mais famoso detetive da história, o Sherlock Holmes. Lendo o contemporâneo Khaleb Housseini você poderá conhecer os costumes do Afeganistão. Há dentro da literatura uma gama infindável de conhecimentos disponíveis para todos aqueles que se dispuserem a possuí-los.

A modernidade nunca será desprezada, sua utilidade é muito necessária, mas o prazer de estar com um livro em mãos, o suave barulho do virar das páginas, a sensação maravilhosa de terminar a leitura de um livro, refletir sobre a história, sentir o cheiro do papel, formar as imagens dos personagens na mente, os enredos, as tramas, os amores e as dores. Tudo fica guardado na memória do leitor de uma maneira ímpar, pois um outro prazer proporcionado unicamente pela literatura é que o leitor é o co-autor da obra, pois o autor dá as linhas do texto, mas as imagens quem formula é o leitor e da maneira que lhe bem entender. Por estas e muitas outras coisas é que a leitura propicia um prazer único e forma cidadãos pensantes, interagindo com o mundo ao seu redor e analisando cada passo da humanidade. Ler é viver!

Transcrito de http://siter.blogs.sapo.pt/666878.html

Leitura como lugar de descanso


Ilha das Flores


Contador de histórias


Feira do Livro do Amapá tem patrocínio de R$ 170 mil do MinC

A 3ª edição da Feira do Livro do Amapá (Flap) terá um formato diferente. Apesar de não ter a comercialização de livros, a Flap será uma festa literária entre dezenas de escritores e a população amapaense, com atividades em Macapá, Santana, Mazagão, Calçoene, Amapá e alguns distritos históricos. Em 2014, a feira recebe patrocínio do Ministério da Cultura (MinC), no valor de R$ 170 mil e, em contrapartida, o governo do estado vai investir R$ 42,6 mil. As atividades vão acontecer no período de 13 a 22 de dezembro.

Foto: G1 Amapá

"Este ano, o governo do estado, por questões da Lei de Responsabilidade Fiscal e do recurso do Fundo de Participação dos Estados, que diminuiu, considerou melhor que realizássemos um evento com formatação diferenciada, abordando principalmente a leitura e a literatura nas escolas e em algumas comunidades tradicionais", disse a presidente do comitê executivo da Flap, Carla Nobre.

Com a mudança, em 2014 não haverá exposição e venda de livros e nem a execução do vale-livro, que oportuniza a compra de obras para estudantes e professores da rede pública estadual. Outra novidade é a expansão das atividades para outros municípios além da capital.

A partir do tema "Leitura e memórias ancestrais", a Flap vai ter palestras na Biblioteca Pública Elcy Lacerda, para acadêmicos, saraus com música e poesia em locais públicos, exposições literárias, oficinas e encontros literários entre autores e comunidade. Alguns desses encontros vão acontecer no distrito de Mazagão Velho, na região da Ilha Maracá e durante o fenômeno do solstício, no Sítio Arqueológico de Rego Grande, no município de Calçoene.

Para Carla Nobre, "esses encontros podem render inúmeros textos para nossos escritores porque esses conhecimentos partilhados serão, com certeza, fonte de inspiração para que o nosso escritor local fale um pouco mais da sua terra".

Entre os dias 13 e 18 de dezembro, as atividades vão acontecer em Macapá e Santana. Nos dias 19 e 20, no município de Amapá, e nos dias 21 e 22, em Calçoene. Também haverá ações nos distritos Anauerapucu e Fazendinha. A programação completa ainda será divulgada pela comissão organizadora da Flap.

Rufar Literário

Uma das atividades preparatórias para a Feira do Livro é o projeto "Rufar Literário", que está acontecendo desde segunda-feira (17) em 30 escolas públicas amapaenses.

O Rufar é o encontro do escritor com estudantes da rede pública de ensino, nos níveis infantil, fundamental e médio. São 30 encontros, com a participação de 2 escritores a cada encontro, possibilitando que os estudantes conheçam o escritor e a produção dele.



Transcrito de http://g1.globo.com/ap/amapa/noticia/2014/11/feira-do-livro-do-amapa-tem-patrocinio-de-r-170-mil-do-minc.html

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Estamos ficando mais burros?


Link

Ditadura Militar no Brasil - I

Pra Frente, Brasil (Roberto Farias, 1982)

Em 1970 o Brasil inteiro torce e vibra com a seleção de futebol no México, enquanto prisioneiros políticos são torturados nos porões da ditadura militar e inocentes são vítimas desta violência. Todos estes acontecimentos são vistos pela ótica de uma família quando um dos seus integrantes, um pacato trabalhador da classe média, é confundido com um ativista político e "desaparece".


Roteiro de Roberto Farias. Argumento de Reginaldo Farias e Paulo Mendonça. Dirigido por Roberto Farias. Estrelando Reginaldo Faria, Natália do Valle, Antônio Fagundes & Elizabeth Savalla.





O 'nerd' que acertou 95% do Enem

João Vitor dos Santos, 16, acertou 172 questões das 180 do Enem. O estudante do 2º ano de uma escola pública quer cursar Ciências Biológicas.


Ver João Vitor falar sobre a recente conquista é assistir à luta entre a timidez do garoto mais acostumado aos livros do que a grandes conversas e o orgulho de quem está vendo o esforço recompensado. O número da vitória é de impressionar: João Vitor acertou 172 questões das 180 que compõem o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O equivalente a 95,5% de acertos. Mas João Vitor Claudiano dos Santos, 16, aluno do 2º ano da Escola de Ensino Médio Governador Adauto Bezerra, ainda não consegue mensurar o significado do feito.

O menino agora espera o resultado oficial, que deve sair em janeiro de 2015, mas, em um comparativo, João Vitor ultrapassou os 164 acertos da estudante mineira Mariana Drummond, que conquistou o primeiro lugar no Enem 2013. A nota final ainda depende do desempenho na Redação, que João acredita ter sido a mais difícil das avaliações.

“Sempre ouvi falar da dificuldade que é o Enem e tinha medo. Mas quando vi, sinceramente, achei muito fácil. Quando corrigi pelo gabarito, não fiquei assustado, apenas lamentei pelas oito (questões erradas)”, diz com a simplicidade de quem dormia em média quatro horas por dia para garantir o bom desempenho, que ele credita também ao apoio recebido dos professores.

A ficha da biblioteca, lugar preferido de João, já vai na segunda folha e ultrapassa os 40 livros. A leitura assídua é o segredo dele. “O que tem de cansativo no Enem são os textos grandes. Então, minha estratégia foi me adaptar à leitura, ler livros grandes, alguns com linguagem rebuscada”.

João, cujo maior orgulho é ter estudado a vida toda em escola pública, ainda não sabe se irá cursar o 3º ano, mas quer fazer Ciências Biológicas e sonha em viajar para o Reino Unido pelo Ciência Sem Fronteiras. Aos 16 anos, ele tem muito bem traçados os planos da vida. “Sempre me vejo fazendo especialização em bioquímica e biologia molecular. Quero ser pesquisador e estudar o resto da vida”.

Criado pela mãe, a aposentada Ana Maria Santos, morador do bairro Vila União, quarto de cinco irmãos, João será o primeiro da família a ingressar no ensino superior. Os estudos foram, para ele, a forma de transformar o próprio destino. “Sou um garoto que não conheceu o pai, que sempre sofreu bullying por ser nerd, por causa do cabelo, do sapato, da magreza. O estudo não combateu minha timidez, mas me ajudou a ser feliz”.

Bienal Internacional do Livro do Ceará


Espaço Coletivo da Rede Nordeste do Livro, Leitura e Literatura

XI Bienal Internacional do Livro do Ceará de 06 a 14 de dezembro de 2014
Rede Nordeste do Livro, Leitura e Literatura
Fórum de Literatura, Livro e Leitura do Ceará
Local: Centro de Eventos do Ceará
Av. Washington Soares, 999, Fortaleza, Ceará

CONVITE

A Rede Nordeste do Livro Leitura e Literatura e o Fórum de Literatura, Livro e Leitura do Ceará, em parceria com a XI Bienal Internacional do Livro do Ceará concede espaço para pequenas editoras e autores independentes do Nordeste exporem seus livros no Espaço Coletivo da Rede Nordeste do Livro, Leitura e Literatura / Instituto Delta Zero. Para tanto é necessário o preenchimento do formulário em anexo.

O Espaço ocupará uma área de 30m² e será dividido de acordo com o número de inscritos.

Preencha a Ficha de Inscrição anexa e confirme ter lido e concordado com os termos do Regulamento de uso do Espaço.

A XI Bienal Internacional.

PROGRAMAÇÃO DO EVENTO

DIA 11 (10h00 às 12:00)

FÓRUM RNELLL/FLLLEC – Panorama da indústria do livro na era Digital – Ednei  Procópio e Carlo Carrenho – Mediação: Flávio Martins

DIA 11 (14h00 às 15h50)

FÓRUM RNELLL/FLLLEC – Organizações sociais e a mediação da leitura (depoimentos de 3 ONGs que trabalham a mediação da Leitura)

DIA 11 (16h00 às 17h50)

FÓRUM RNELLL/FLLLEC – Organizações sociais e a mediação da leitura (depoimentos de 3 ONGs que trabalham a mediação da Leitura)

DIA 12 (10h00 às 12h00)

FÓRUM RNELLL/FLLLEC  – O papel das pequenas e médias editoras e livrarias na inovação do mercado editorial brasileiro: Karla Melo (Ed. Confraria do Vento, Afonso Martins (ANL), Flávio Martins (Ed. Conhecimento) -  Mediação: Mileide Flores

DIA 12 (14h00 às 15h50)

FÓRUM RNELLL/FLLLEC – O direito que ampara a literatura – da política do livro ao direito autoral: Carolina Campos e Kelsen Bravos

DIA 12 (16h00 às 17h50)

FÓRUM RNELLL/FLLLEC – O Escritor em Pauta – Cleudene Aragão, Vânia Vasconcelos e Carlos Vazconcelos

18h00


Encerramento com a retirada de um documento a ser entregue ao próximo Secretário de Cultura.