sábado, 30 de maio de 2020

NOTÍCIAS CORONAVÍRUS 62

30.05.2020

Instituto Vital Brazil estuda soro contra a covid-19

 
 

Brasil: mais de 468 mil casos confirmados, 28 mil mortes

As secretarias estaduais de saúde divulgaram, até a manhã deste sábado (30), cerca de 468.338 mil casos confirmados da Covid-19 e 27.944 mortes provocadas pela doença no Brasil. O Brasil ultrapassou a Espanha em número de vítimas fatais da Covid-19, segundo balanço global da universidade norte-americana Johns Hopkins. O país ocupa agora a quinta posição no ranking mundial de quantidade de mortes provocadas pela doença, acrescenta a reportagem. 

                                                                      

 

Argentina: óbitos na epidemia chegam a 510, com mais 2 mortes

A Argentina registrou duas mortes pela covid-19, aumentando os óbitos para 510, informou o Ministério da Saúde. Casos confirmados no país somam agora 14.702. A taxa de letalidade entre os infectados é de 3,46%, enquanto a de mortalidade por milhão de habitantes é de 11,2. A incidência do vírus é de 32,4 casos a cada 100.000 habitantes. Com 425 novos casos e 6.989 confirmados, a cidade de Buenos Aires é o local mais atingido pela epidemia no país, com aumento de casos desde que começaram a ser diagnosticados pessoas infectadas com a doença em bairros pobres. O presidente Alberto Fernández anunciou que a quarentena será estendida pelo menos até 7 de junho. E o acesso a Buenos Aires será controlado. O Brasil é a nação mais atingida pela pandemia, com 468.338 mil casos confirmados e 27.944 mortes. O Chile registra 86.943 casos e 890 mortes; a Bolívia, 8.387 casos e 293 óbitos; o Paraguai, 900 casos e 11 mortes; enquanto o Uruguai tem 811 casos e 22 óbitos. 

 

Com isolamento, podíamos ter um terço de mortes, diz epidemiologista

O impacto da Covid-19 no Brasil é “catastrófico” apesar da “desconfiança” dos dados divulgados pelas autoridades do país, afirmou Paulo Lotufo, epidemiologista da Universidade de São Paulo (USP). As autoridades brasileiras poderiam ter evitado as mortes pelo novo coronavírus, se tivessem implementado o distanciamento social de forma eficiente e no início da pandemia. O trabalho do Governo Federal “foi catastrófico, porque se tivéssemos feito um controle adequado, como a Argentina fez, poderíamos ter tido de um terço das mortes à metade dos casos. A atuação do Bolsonaro - a propaganda contra isolamento social - por causa disso a quantidade de mortos foi imensa, além da demora no pagamento do auxílio emergencial, um atraso premeditado. Se qualificarmos em termos de mortes, a ação do governo federal foi muito grande”. 

                                                                                 


Coronavírus motiva 155 denúncias de violação de direitos humanos por dia

Os 13.537 registros relacionados à Covid-19 representam 87.580 ou 15% do total de denúncias do ano, de acordo com a ouvidoria do Ministério da Mulher, da Família e de Direitos Humanos. A pasta criou uma categoria específica para análise de casos do coronavírus. A maioria das denúncias envolve pessoas consideradas socialmente vulneráveis (9.768 casos). Há registros de violência contra a pessoa em restrição de liberdade (1.459) e violência contra a pessoa idosa (1.136). Fernando Pereira, ouvidor nacional dos direitos humanos, afirma que "essas denúncias já vêm numa crescente de 2019 para cá. Houve melhoria no tempo de resposta. Reduziu drasticamente o número de ligações que não eram atendidas". "Com esse termômetro da covid, passou a surgir um aumento exponencial e não uma curva simples de denúncia aos grupos vulneráveis, que não estavam dentro da perspectiva de estratificação anterior".

                                                                

 

Brasil tem 25% das mortes diárias por coronavírus, alerta OMS

Foram 104 mil óbitos em todo o mundo nas 24 horas analisadas. Mais de metade (2,5 mil) ocorreram nas Américas. No Brasil, sem governo e sem ministério da saúde, foram 1.039, o dobro dos EUA. De todas as contaminações de coronavírus que ocorreram no mundo nas últimas 24 horas, 10% foram no Brasil. Organização Mundial da Saúde (OMS) que mostram que o Brasil, que ultrapassou as mortes diárias dos Estados Unidos (país mais atingido), se tornou o novo epicentro da pandemia de coronavírus. 

                                                            

 

Tratamento com cloroquina de Bolsonaro, não serve para nada, diz médico

Pierre Tattevin, infectologista, professor do Hospital Universitário de Rennes e presidente da Sociedade de Patologias Infecciosas de Língua Francesa, diz que “cloroquina não serve para nada” para tratar o coronavírus. Como outras terapias, ela “recicla moléculas já existentes”, utilizando medicamento “desenhado para outra doença que não a Covid-19”. “A terapia mais promissora é a que utiliza plasma sanguíneo de pessoas já recuperadas em doentes”, pois “se encaixa nos tratamentos que estimulam o sistema imunológico para se defender do vírus com anticorpos específicos”. O infectologista diz que a medida do governo de Jair Bolsonaro para o uso da hidroxicloroquina em pacientes com sintomas leves, “não faz sentido, até porque sabemos que 85% dos infectados não precisa de nenhum tratamento, apenas esperar que a infecção passe”. “O tratamento com esse remédio, levantado no início como uma promessa por pesquisadores franceses, não serve para nada”. No Brasil, Jair Bolsonaro mudou, por decisão própria, o protocolo da cloroquina quando o gal. Eduardo Pazuello assumiu interinamente o Ministério da Saúde. 

                                                                  

  

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Miguel Paiva – Bolsonaro não quer entregar o vídeo da reunião com Moro

 



quarta-feira, 27 de maio de 2020

NOTÍCIAS CORONAVÍRUS 61

27.05.2020

Bolsonaro cada dia mais isolado no Brasil e no mundo: e a oposição?




Brasil tem menos de 10% de testes de Covid-19 no Ministério da Saúde
Os laboratórios oficiais do governo realizaram apenas 9,6% dos 4,7 milhões de testes moleculares da Covid-19 entregues ao Ministério da Saúde (MS), dos 14 milhões de kits do governo, refletindo a dificuldade do Brasil em ampliar a testagem em grande escala, com a doença avançando no país. De acordo com o MS, os laboratórios públicos oficiais realizaram 460.102 testes moleculares (RT-PCR) da Covid-19, até esta terça-feira, de um total de 24 milhões de testes prometidos ao governo para o ano diante da pandemia do novo coronavírus. Comparando, até 11 de maio tinham sido processados 337.595 exames de Covid-19 nos laboratórios. Questionado, o ministério não informou nesta terça-feira quantos testes realizados estão atualmente aguardando análise. Somando os testes realizados nos cinco maiores laboratórios privados de análises clínicas do país, o Brasil tem no total 871.839 exames de Covid-19 realizados, informou o ministério em documento sobre a situação epidemiológica da Covid-19 no Brasil. 

Cuba combate duas pandemias: o coronavírus e o bloqueio dos EUA

"O governo Donald Trump encontrou um parceiro ideal no coronavírus para tentar prostrar Cuba por todos os meios possíveis. Não tanto as consequências sanitárias - que na ilha são mais do que controladas -, mas as que se manifestam no estrago que a Covid-19 causa no turismo, a principal fonte de renda de Cuba. A semana que passou foi bastante movimentada porque Trump aproveitou o dia 20 de maio, dia que em 1902 que foi assinada a primeira e formal independência da ilha. Fernández de Cossio respondeu de Havana: "É difícil pensar que a maioria dos cubanos apoie uma campanha comprometida em dificultar as relações com suas famílias, o que nos faz pensar que o mecanismo político, não leva muito em conta a opinião dos cubanos, mas os utiliza". "O bloqueio custa a Cuba 4 bilhões de dólares anualmente, devido às proibições de adquirir qualquer tipo de insumo em mercado tão próximo de sua costa e a medidas coercitivas contra sua principal indústria: o turismo". "A pandemia causará efeitos negativos na economia cubana, além dos danos causados ​​pelo bloqueio imposto, mas trabalhamos para aliviá-los”. 

Brasil tem quase 395 mil casos confirmados e 24,6 mil mortes

As secretarias estaduais de saúde confirmaram 394.507 mil casos confirmados da Covid-19 e 24.600 mortes provocadas pela doença no Brasil, que continua na segunda posição no ranking mundial de países com o maior número de infectados. O último balanço do Ministério da Saúde, divulgado nesta terça-feira (26), informa 24.512 mortos e 391.222 casos. Os leitos de UTI no Amapá têm taxa de ocupação de 97,78%. Na região nordeste do país, outros estados também registraram taxas de ocupação dos leitos de UTI em 90% ou mais, como: Pernambuco (97%), Maranhão (94%) e Ceará (90%), destaca a reportagem. O Brasil continua ocupando a segunda posição no ranking mundial de países com o maior número de infectados, atrás apenas dos Estados Unidos. 

Brasil atinge recorde de 16,6 mil enfermeiros infectados e 150 mortes

O número de casos de profissionais de enfermagem infectados com o novo coronavírus que atuam na linha de frente chegou a 16.660, com 150 mortes, na segunda-feira (25), atingindo um recorde mundial. O grupo de especialistas que presta assessoria ao Ministério da Saúde em meio à pandemia encaminhou à pasta um alerta. Os membros do grupo, que são infectologistas da USP, Unifesp e Fiocruz, entre outras, dizem que, “apesar do recente distanciamento do Ministério da Saúde das recomendações do grupo de especialistas”, pretendem alertar de que “o impacto da pandemia nos profissionais” pode tornar os serviços de saúde em “epicentros de surtos locais”, acrescenta a matéria. 

75% dos moradores de favelas não procuram atendimento médico

Pesquisa feita pela organização Viva Rio mostrou que 75,5% das pessoas com covid-19 nas favelas não procuram atendimento médico e que metade conhece alguém que morreu da doença. 10% das mortes ocorreram dentro de casa, sem assistência médica. O levantamento integra a iniciativa SOS Favela – Rede Solidária contra o coronavírus, com cadastro de 32.037 famílias em 332 comunidades de 29 municípios do Rio de Janeiro, aplicado entre 9 e 16 de maio. As famílias cadastradas foram convidadas a participar da pesquisa e 3.542 responderam sobre o impacto da covid-19. Dados mostram que 8,8% dos domicílios das favelas têm pessoa infectada e que 4,2% disseram não estar infectados, mas convivem com a doença. Dos respondentes à pesquisa, 3,2% informaram ter diagnóstico positivo para covid-19, variando de 4,5%, na capital, a 0,4%, no interior. Com a alta taxa de contágio do novo coronavírus e a dificuldade de isolamento dos moradores, a organização estima o número de pessoas com covid-19 nas comunidades pode chegar a 150 mil. Pesquisa indica também que pessoas contaminadas são as que precisam sair de casa para trabalhar, já que 87,9% tem entre 25 e 59 anos de idade. 

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Miguel Paiva - Olha lá tem uma parte




terça-feira, 26 de maio de 2020

NOTÍCIAS CORONAVÍRUS 60

26.05.2020

O pior lado da pandemia



Brasil de Bolsonaro chega acéfalo aos três meses de pandemia
Às vésperas de completar três meses da primeira confirmação de covid-19 no país, o Brasil chegou às 23.473 mortes e 374.898 casos da doença completamente acéfalo em sua frente de combate. Ministério da Saúde (MS) segue sem comando  há dez dias, o país se nega a apresentar qualquer plano contundente para barrar a progressão da doença, que só acumula cifras trágicas. Da primeira morte, em 17 de março, foram 14 óbitos por hora, em média. Governo Bolsonaro segue apostando no incentivo do retorno da população às ruas para aquecer a economia de menor crescimento de 2019, contrariando determinações das agências sanitárias, ao mesmo tempo que, dia após dia, vê a cloroquina desacreditada pela comunidade científica. A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou a suspensão temporária de ensaios clínicos internacionais com a droga por “precaução”.
Cientistas brasileiros e o pesadelo com a politização do medicamento
Bolsonaro é exército brancaleone escala desesperado sua defesa da cloroquina, sem solução para a crise. Marcus Lacerda, infectologista responsável pelo grupo de pesquisas dedicado a malária, tuberculose e HIV - que coordenou ensaio clínico com cloroquina em Manaus - relata ameaças da direita populista, ao transformar o fármaco em sua bandeira. O teste foi suspenso antes do previsto pela morte de 11 pacientes. Lacerda publicou artigo que conduziu a “levantar bandeiras vermelhas suficientes para que se pare de usar altas doses de cloroquina porque os efeitos tóxicos superam os benefícios”. “O linchamento começou assim que os resultados foram publicados”, explicou. Nas redes de saúde, o remédio é cada vez mais procurado, mesmo que não cure.

Bolsonaro tratou de tudo, menos da saúde dos brasileiros

“Esse homem não tem condições de ser presidente da República. Mal educado, boca suja, desqualificado. Não tem preparo administrativo, político, humano. É agressão e briga o tempo inteiro", diz a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR). Em 22 de abril, quando o Brasil contava com 46.195 pessoas contaminadas pelo Covid-19 e havia enterrado 2.924 mortos, Bolsonaro marcou reunião quase histérica, afundado no negacionismo, sem tratar a saúde do povo, em cenário econômico devastador, com a morte do programa Pró-Brasil. Na sexta-feira, 22 de maio, o Brasil assiste a reunião ministerial, autorizada pelo STF, dos principais trechos. Presidente transtornado pela queda de popularidade, medo do desgoverno, cercado de bajuladores, mergulhado em paranoia e temendo a força de opositores. A reunião tem um mérito, confirma as suspeitas contra Bolsonaro: acusado de querer interferir ilegalmente em órgãos de Estado - como num filme de gângsteres - Bolsonaro é acusado por Sérgio Moro, ex-juiz e ex-ministro da Justiça, por ter sido o algoz de Luiz Inácio Lula da Silva, que o  condenou e prendeu, sem provas, tirando-o da disputa presidencial, e que acusou o chefe de querer mudar a Polícia Federal para enterrar a investigação contra a sua família. Um crime, sujeito à perda do mandato.

MG registra aumenta quase 1,3 mil mortes por Síndrome Respiratória

A Secretaria de Saúde de Minas Gerais registrou quase 1,3 mil mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) a mais do que em 2019. O número, elevado drasticamente, é um indício de subnotificação de casos do novo coronavírus. MG é o segundo estado que realiza menos testes para a Covid-19 no Brasil. A Secretaria de Estado de Saúde registrou 6,9 mil casos confirmados do novo coronavírus e 230 vítimas fatais em todo o território mineiro. O estado de São Paulo, contabilizou mais de 81 mil infectados e 6,4 mil mortes. No Rio de Janeiro, foram confirmados 39 mil casos e 4,1 mil mortes. A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) revelou que o número de mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), registrado na unidade até a 20ª semana epidemiológica de 2019, foi de 185. Em 2020, foram 1.435 vítimas fatais contabilizadas no mesmo período.

Coronavírus: OMS considera improvável segunda grande onda

A diretora de Saúde Pública da Organização Mundial da Saúde (OMS), María Neira, afirmou nesta segunda-feira (25) que estudos realizados estão descartando uma possibilidade de acontecer uma segunda onda da Covid-19 no mundo. Mas, María Neira pediu que a população não fosse "paranoica ou excessivamente relaxada" e que "aprendesse a viver com doenças infecciosas". "Existem muitos modelos que avançam com grande probabilidade. Vão desde um crescimento pontual até uma onda significativa, mas essa última possibilidade está sendo descartada cada vez mais. Estamos muito melhor preparados em todas as áreas", afirmou. María Neira declarou que "diminuímos de tal forma a taxa de transmissão que o vírus terá dificuldade em sobreviver. Devemos ter muito cuidado em afirmar se esse é o fim da onda, mas os dados pelo menos nos mostram que a transmissão e a explosão das primeiras semanas foram evitadas". A médica ainda ressaltou que "vale a pena não fazer muitas previsões, pois as próximas semanas representarão uma fase muito crítica".

Brasil tem 376,6 mil casos da Covid-19 e 23,5 mil mortes pela doença

Na segunda posição do ranking mundial em quantidade de casos confirmados do novo coronavírus, o Brasil tem alguns estados com taxa de ocupação de mais de 90% nos leitos de UTI. As secretarias estaduais de saúde registraram, até 7h da manhã desta terça-feira, cerca de 23.522 mortes provocadas pelo novo coronavírus e 376.669 casos confirmados dentro do Brasil. O último balanço do Ministério da Saúde, divulgado na segunda-feira (25), aponta 374.898 casos confirmados e 23.473 vítimas fatais do novo coronavírus. Os leitos de UTI no Amapá têm taxa de ocupação de 97,78%. Na região nordeste do país, outros estados também registraram taxas de ocupação dos leitos de UTI em 90% ou mais, como: Pernambuco (97%), Maranhão (94%) e Ceará (90%). O Brasil continua ocupando a segunda posição no ranking mundial de países com o maior número de infectados, atrás apenas dos Estados Unidos.

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Renato Aroeira – Fragmentos de um discurso odioso




segunda-feira, 25 de maio de 2020

NOTÍCIAS CORONAVÍRUS 59

25.05.2020

Da pandemia à anarquia – Íntegra da reunião ministerial de Bolsonaro



ONU: pandemia não é cortina de fumaça para desmatamento

O governo brasileiro não pode usar o coronavírus como uma cortina de fumaça para ampliar o desmatamento, afirma Baskut Tuncak, relator especial das Nações Unidas sobre as Implicações para os Direitos Humanos da Gestão e Disposição Ambientalmente Adequada de Resíduos e Substâncias Tóxicas. Ricardo Salles sugeriu na reunião do governo do dia 22 de abril que a governo federal aproveitasse da pandemia para "passar a boiada" em termos de desregulamentação ambiental. O vídeo da reunião foi publicado com autorização judicial. Para Tunkac, "sob o conceito de 'realização progressiva', o governo do Brasil tem a obrigação, nos termos da lei de direitos humanos, de não usar a covid-19 como pretexto para reverter leis e normas ambientais, de não desregulamentar, a menos que tenha uma justificativa muito forte de interesse público". "Na situação atual, o Brasil não tem essa justificativa nem oportunidade de respeitar o direito do público de participar do debate. Pelo contrário, em meio a uma pandemia zoonótica, os líderes brasileiros não podem evitar a importância incontestável de fortalecer suas leis e normas para melhor proteger o meio ambiente, a saúde pública e os direitos dos trabalhadores, bem como proporcionar maior acesso aos serviços sociais". "Infelizmente, o Brasil já se engajou em um processo de desregulamentação nos últimos anos e não deve usar a covid-19 como cortina de fumaça para minar ainda mais a proteção do meio ambiente, da saúde pública e dos trabalhadores, o que inclui a prevenção e minimização da exposição a substâncias perigosas, seja um vírus ou um pesticida tóxico. O governo do Brasil continua a desrespeitar suas obrigações de direitos humanos quando se trata de proteger seu povo", e lembra que "a epidemia do coronavírus voltou a jogar a cortina sobre as desigualdades no Brasil. É uma clara ilustração da maneira sistêmica como a atual administração continua priorizando os interesses privados de poucos, ao invés do interesse público de todos".

Com mais de 22,7 mil mortes, Brasil tem 365.213 casos confirmados

As secretarias estaduais de saúde divulgaram o registro de 365.213 casos confirmados da Covid-19, com 22.746 mortes provocadas pela doença no Brasil, até 7h da manhã desta segunda-feira (25). O último balanço do Ministério da Saúde, que foi divulgado no domingo (24), aponta 363.211 casos confirmados e 22.666 vítimas fatais do novo coronavírus. O Brasil continua ocupando a segunda posição no ranking mundial de países com o maior número de infectados, atrás apenas dos Estados Unidos, acrescenta a reportagem. Todas as 20 cidades que possuem as maiores taxas de mortalidade do país estão localizadas nas regiões norte (15) e nordeste (5). 

Óbitos e infecções por coronavírus atingem seu pico esta semana

O pico de mortes por coronavírus no Brasil deve acontecer nesta semana, segundo opiniões da “cúpula” de saúde dos maiores estados e por redes de hospitais privados. Para eles, nesta semana devem ocorrer cerca de 5,5 mil óbitos - quatro vezes mais de do que se projeta para o final de junho - e devem se confirmar cerca de novos 80 mil casos de Covid-19. As estimativas também apontam que o número de mortos no país deve chegar a 39 mil em 28 de junho. A média, em um mês (até o final do mês que vem), é de 21 mil novos casos por semana.

Virologista de NY prevê que China será primeiro país a ter a vacina

Florian Krammer recorda que enfrentava inimigo mais perigoso e complicado, um vírus capaz de infectar um terço da população mundial e que a cada ano muda tanto a sua composição que é preciso fazer nova vacina. Mesmo com essa imunização, o agente patogênico mata 650.000 pessoas por ano. É a gripe em suas duas variantes: a sazonal e a pandêmica. Krammer se centra em estudar o novo coronavírus SARS-CoV-2, e analisa a resposta imunológica de 20 pessoas que superaram a infecção, e afirma: “Não parece que haja nada de defeituoso em nossa resposta imunológica ao vírus; há muitas razões para ser otimista”. O Instituto de Biotecnologia de Pequim e a empresa Cansino Biologics, na China, anunciaram resultados da fase 1 da primeira vacina desenvolvida. Depois de 28 dias de testes com 108 voluntários saudáveis, os resultados parecem promissores. Além de ficar demonstrada sua segurança, os cientistas observaram que a vacina gerou anticorpos e linfócitos T nos voluntários.

Pandemia terá fim em um mês, com exceção de países como o Brasil

Sites de instituições de referência, como a Universidade Johns Hopkins e Worldometers mostram claramente a tendência mundial: os casos de pneumonia ligados à covid-19 e as mortes decorrentes do vírus estão diminuindo em números absolutos. Especialistas acreditam que, caso não haja um forte avanço, a pandemia pode terminar em um mês. Paradoxalmente à essa tendência, na 4ª-feira (20), a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciava que as contaminações tinham ultrapassado 5 milhões de casos no mundo. Esse avanço se deve a um número recorde de novos casos em quatro países: Rússia, Arábia Saudita, Brasil e Estados Unidos. No Brasil, será por conflitos com a Organização Mundial de Saúde (OMS) falta de gestão do Ministério da Saúde (MS), como equipar secretarias estaduais, EPIs para profissionais de saúde e conflito do governo com governadores e prefeitos sobre área de isolamento, gerando 23 mil mortes, e ameaça de impeachment, por agudos conflitos com o país e crise política.

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Latuff – Proibidos voos do Brasil




domingo, 24 de maio de 2020

NOTÍCIAS CORONAVÍRUS 58

24.05.2020

Átila Iamarino: Covid-19 e o número de mortes




Varella: Brasil pode assumir a humilhante liderança mundial em óbitos

O povo assiste à negação da realidade pelas autoridades federais, escreve o Dr. Drauzio Varella, cancerologista. Cientistas de renome e especialistas em saúde pública se enganaram, entre os quais Anthony Fauci, Nobel de Medicina e diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (NIAID). Na verdade, o mundo não foi capaz de avaliar o perigo que vinha da Ásia. A Europa foi pega de surpresa. Os EUA assistiram à chegada do coronavírus em Nova York, com hospitais sem leitos suficientes nem máscaras cirúrgicas para atender à demanda dos profissionais de saúde. O drama dos hospitais superlotados no Norte do país, Rio de Janeiro, Fortaleza e Recife repetido em outras capitais e cidades menores à medida que a epidemia se interioriza. Décadas de descaso com a saúde inviabilizaram a agilidade das respostas, para enfrentar o desafio de impedir que o Brasil assuma a humilhante liderança mundial na contagem do número de óbitos. No auge da maior crise sanitária dos últimos cem anos, assistimos à inacreditável negação da realidade por parte das autoridades federais. Inexplicavelmente, o governo se exime até de reconhecer a gravidade do mal que aflige todos. O Brasil caiu numa armadilha sinistra: duas trocas de ministros numa fase crucial da disseminação da epidemia, Ministério da Saúde de mãos atadas, e presidente faz o diabo para acabar com o isolamento social e impor um medicamento inútil.

Com mais de 22.000 mortes, Brasil tem mais de 320 mil casos

As secretarias estaduais de saúde divulgaram até a manhã deste sábado (23) o registro do número de 22.165 mortes e 326.948 casos confirmados do novo coronavírus no Brasil. Na terceira posição do ranking mundial de quantidade de casos confirmados do novo coronavírus, o Brasil perde apenas para os Estados Unidos, que tem 1,621,333 infectados, e a Rússia tem 326,448 infectados. No Amapá, os leitos de UTI continuam com 100% de ocupação. Outros estados ainda têm disponibilidade inferior a 10% dos leitos de UTI, como Rio de Janeiro (2%) e Maranhão (6%), acrescenta a reportagem.

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Miguel Paiva – O famoso vídeo da reunião




sábado, 23 de maio de 2020

NOTÍCIAS CORONAVÍRUS 57

23.05.2020


Educação na quarentena


Vacina chinesa contra covid-19 tem primeiros resultados promissores
Vacina chinesa teve resultados promissores contra a covid-19 em teste, segundo o estudo. Feita com adenovírus recombinante tipo 5 (Ad5), a vacina foi testada em 108 adultos e se mostrou capaz de fazê-los produzir células que combatem o novo coronavírus, além de torná-los imunes. Pacientes que participaram do primeiro teste tinham idade média de 36,3 anos. A maioria (51%) era homens e saudáveis. Eles foram divididos em três grupos iguais: 36 receberam uma dose baixa da vacina; outros 36, uma dose mediana; e os 36 restantes, uma dose mais alta. Voluntários que receberam a dose mais baixa, 30 (83%) reportaram efeito colateral nos primeiros sete dias após a vacina. Outros 30 (83%) que receberam a dose mediana, e 27 (75%) dos que receberam dose mais alta também relataram pelo menos uma reação. O efeito mais comum foi dor, relatado por 58 (54%) dos 108 pacientes. Cinquenta (46%) também apresentaram febre; 47 (44%), fadiga; 42 (39%), dor de cabeça; e 18 (17%), dor muscular. As reações foram leves ou moderadas e nenhum efeito colateral grave.

NY convida Helder Barbalho para combate à pandemia, sem Bolsonaro

O Governador do Pará, Helder Barbalho (MDB) é o líder do Brasil no evento virtual Visão Global, organizado pela Prefeitura de Nova York com a ONU-Habitat. O evento virtual reúne na 5ªf (21) representantes de vários governos para discutir ações contra o coronavírus. O convite feito por NY ressaltou a presença de Barbalho. Participam Penny Abeywardena (Comissário para Assuntos Internacionais - NY); Maimunah Mohd Sharif (Diretor Executivo da ONU-Habitat); Dra. Cathy Oke (Conselheira de Melbourne - Austrália); Sanna-Mari Jäntti (Diretor de iniciativas estratégicas – Helsinque - Finlândia), entre outros. "O evento virtual reúne representantes de vários governos e instituições subnacionais para explorar a situação do COVID-19. Os representantes usarão a estrutura dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e a Revisão Local Voluntária para discutir estratégias para a construção de um futuro mais equitativo e sustentável. Este primeiro webinar será dedicado à saúde pública".


 

Helder: líder brasileiro em evento mundial de combate à Covid-19

O governador Helder Barbalho foi convidado para participar, na próxima quinta-feira (21), do evento "Visão global | Ação urbana: colaborando para um futuro mais forte", Escritório de Assuntos Internacionais do prefeito de Nova York, em colaboração com a ONU-Habitat. Segundo o portal Local2030, um dos principais em desenvolvimento sustentável no planeta, "o evento virtual reúne representantes de alto nível de vários governos e instituições subnacionais para explorar a situação do COVID-19. Este primeiro webinar é dedicado à saúde pública". A ideia é usar a estrutura dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e a Revisão Local Voluntária para discutir estratégias para a construção de um futuro mais sustentável. Barbalho é único representante brasileiro que foi convidado para participar do evento.

Brasil ultrapassa Rússia e é o 2º país com mais casos de coronavírus

O Brasil ultrapassou a Rússia e é o segundo país com mais casos de coronavírus, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Desde o início de pandemia, o País registrou 330.890 contaminações pelo vírus, segundo o Ministério da Saúde. Além disso, nas últimas 24 horas, foram registradas 1.101 novas mortes e 20.803 novos casos de infecção. Em duas semana, o Brasil saltou da sétima para a segunda posição entre os países com mais casos de coronavírus. No número de mortes pela doença, o País se encontra na sexta posição, atrás dos Estados Unidos, do Reino Unido, da Itália, da Espanha e da França. Porém, enquanto na Europa a pandemia já atingiu seu auge e está começando, aos poucos, a retrair, a América do Sul se tornou “um novo epicentro” do coronavírus, de acordo com Michael Ryan da Organização Mundial de Saúde. 

Brasil registra 965 mortes por Covid-19 e ultrapassa 22 mil óbitos

O Brasil registrou neste sábado (23) 965 novas mortes causadas pelo novo coronavírus. O total de mortos subiu para 22.013. O país também registrou 16.508 novos casos confirmados de Covid-19, o que elevou o total de casos para 347.398. Na sexta-feira (22), o Brasil ultrapassou a Rússia e se tornou o segundo país do mundo com mais casos confirmados de coronavírus, atrás somente dos Estados Unidos. Vejam os dados da Situação Epidemiológica – Brasil 23.05.2020




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Renato Aroeira – A lição de anatomina do Doutor Celso de Mello

sexta-feira, 22 de maio de 2020

NOTÍCIAS CORONAVÍRUS 56

22.05.2020


Pandemia explode e Bolsonaro faz piada



Mais de 20 mil mortes, Brasil tem 312 mil casos da Covid-19

As secretarias estaduais de saúde divulgaram até a manhã desta sexta-feira (22) o registro do número de 20.112 mortes e 312.074 casos confirmados do novo coronavírus no Brasil. Na terceira posição do ranking mundial de quantidade de casos confirmados do novo coronavírus, o Brasil perde apenas para os Estados Unidos, que tem 1.621.333 infectados, e para a Rússia, com 326.448 infectados. No Amapá, os leitos de UTI continuam com 100% de ocupação. Outros estados ainda têm disponibilidade inferior a 10% dos leitos de UTI, como Rio de Janeiro (2%) e Maranhão (6%), acrescenta a reportagem.

Flávio Dino: é preciso rejeitar impulsos centralizadores e despóticos

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), afirma que as "descabidas teses negacionistas", de Bolsonaro, trouxeram insegurança sobre a “relevância das medidas preventivas, reduzindo a eficácia dos resultados" no combate à pandemia. "O Supremo Tribunal Federal fixou a interpretação constitucional acerca das atribuições dos governadores e dos prefeitos, rejeitando impulsos centralizadores e despóticos", diz. Diz o governador, "os governadores têm usado as competências, consoante a forma federativa de Estado, que alberga inclusive as competências comuns elencadas no artigo 23 da Constituição Federal". "Com a queda dos indicadores da pandemia em outros países, seria muito útil se o governo federal buscasse uma maior cooperação internacional com o Brasil". Ademais, cabe ao governo, "cuidar de empresas e empregos", "enfrentar a crise econômica, com emissão de moedas e títulos, gerir bancos e fundos, garantir crédito ao setor privado, a juros baixos, com carência e prazos adequados".

STF: é erro grosseiro ignorar critérios técnicos na pandemia

O Supremo Tribunal Federal decidiu nesta 5ª-feira (21) impedir que o governo de Jair Bolsonaro proteja através da Medida Provisória agentes públicos que realizem atos administrativos contrários a recomendações médicas e científicas. Ministros definiram que a MP não exime de responsabilidade gestores públicos que cometam erro grosseiro na sua atuação e que não observem normas e critérios técnicos estabelecidos por autoridades sanitárias e organização de saúde do Brasil e do mundo. As ações que violem princípios constitucionais da precaução e da prevenção também serão passíveis de punição. Assim, Bolsonaro e autoridades não poderão deixar de ser responsabilizados quando minimizem o impacto da Covid-19 colocando-se contra medidas de distanciamento social e do presidente que zomba da morte de milhares de pessoas.

Hosp. Albert Einstein cria exame genético que detecta coronavírus

O Hospital Israelita Albert Einstein desenvolveu o teste de diagnóstico do novo coronavírus baseado em Sequenciamento de Nova Geração, não apresenta casos de falso-positivo. Sua precisão é equivalente à do método convencional, o RT-PCR, com a vantagem de permitir a realização simultânea de até 1536 amostras, gerando volume de processamento 16 vezes maior do que o padrão ouro. A tecnologia representa  avanço no combate à pandemia da Covid-19 e novo coronavírus, o Sars-Cov-2. O novo recurso surge como alternativa viável de adoção de testagem diagnóstica em massa, para a tomada de medidas imediatas de tratamento, previsão da demanda para o sistema de saúde e controle da expansão dos casos. Exames sorológicos detectam anticorpos produzidos pelo organismo em resposta à infecção e só são observados em média 14 dias após a contaminação. O teste do pelo Einstein identifica a presença do vírus, funcionando como instrumento diagnóstico a ser usado no dia de infecção, como o RT-PCR. “A nova tecnologia amplia a capacidade mundial de diagnóstico, início rápido de tratamento e isolamento dos doentes e contactantes, contribuindo para o controle da expansão da pandemia”, afirma o médico Sidney Klajner.

Governo tomou decisão precipitada

O médico e biofísico Antônio Carlos Campos de Carvalho, que pediu demissão do Ministério da Saúde nesta semana diz que a decisão de ampliar o uso de cloroquina também para pacientes com sintomas leves da Covid-19 foi precipitada. A opinião de Antonio Carlos Campos coincide com a da maioria esmagadora da comunidade médica e científica que não vê evidências científicas sólidas nos benefícios da cloroquina no tratamento da Covid-19, e considera que o uso generalizado da droga pode trazer riscos graves à saúde. Reportagem de Natália Cancian (FSP), assinala que ele pediu demissão na segunda-feira (18), dois dias após a saída do ministro da Saúde Nelson Teich, premido pelo debate sobre a cloroquina.

Cloroquina não tem eficácia contra Covid-19, alerta OMS

Mike Ryan, da Organização Mundial da Saúde (OMS), afirmou nesta 4ª-feira (20) que a cloroquina e a hidroxicloroquina não têm eficácia comprovada para o tratamento de coronavírus. Os dois medicamentos são produtos licenciados para muitas doenças, mas eles não têm sido efetivos para o tratamento da Covid-19, para pacientes infectados ou para uso preventivo. Alertou para os "efeitos colaterais" das drogas. No Brasil, o Ministério da Saúde (MS) divulgou nesta 4ª-feira (20) autorizando o uso de cloroquina e da hidroxicloroquina no Sistema Único de Saúde (SUS) em pacientes com sintomas leves, apesar de estudos apontarem riscos potenciais do uso do medicamento, defendido por Bolsonaro.

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