segunda-feira, 13 de julho de 2020

NOTÍCIAS CORONAVÍRUS 84

13.07.2020

Exército é sócio de Bolsonaro no genocídio



 

Com mais de 70 mil mortos por Covid-19 no Brasil, Bolsonaro diz que "pânico foi disseminado" e prioriza a economia

Jair Bolsonaro falou novamente em tom de preocupação apenas com a economia brasileira diante de mais de 70 mil mortos pelo novo coronavírus no Brasil. A declaração foi feita por meio de publicação no Facebook neste domingo (12). 

"Milhões de empregos destruídos, dezenas de milhões de informais sem renda e um país na beira da recessão. Sempre disse que o efeito colateral do combate ao vírus não poderia ser pior que o próprio vírus. A realidade do futuro de cada família brasileira deve ser despolitizada da pandemia. Os números reais dessa guerra brevemente aparecerão", disse Bolsonaro, sem mencionar nenhum pesar em relação às vítimas da Covid-19.

Ele ainda criticou as fake news veiculadas em tempos de pandemia, sendo que recentemente o Facebook desmontou uma rede de desinformação vinculada a seu gabinete e aos gabinetes de seus filhos. "A desinformação foi uma arma largamente utilizada. O pânico foi disseminado fazendo as pessoas acreditarem que só tinham um grave problema para enfrentar".



 

Número de mortos por Covid-19 triplica na Rússia após revisão de dados

Dados divulgados pelo Serviço Federal de Estatística da Rússia, nesta sexta-feira (10), mostram que a taxa de mortalidade por Covid-19 no país mais que triplicou nos meses de abril e maio.

Segundo dados, foram registradas 15.277 mortes relacionadas ao coronavírus nos dois meses, incluindo 9.192 em que a Covid-19 foi relatada como a principal causa. O número divulgado anteriormente era de 4.831 mortes por coronavírus em abril e maio. Com os novos dados, a taxa de mortalidade passa a ser de 3,7%, três vezes a relatada anteriormente.

Os dados anteriores não incluíam casos em que o vírus estava presente, mas não era considerado a principal causa da morte. Segundo as últimas estatísticas, as mortes na Rússia em maio aumentaram 12% em relação ao ano anterior, impulsionadas principalmente pela Covid-19. 


China: pneumonia mais letal do que a Covid-19 atinge o Cazaquistão

O Cazaquistão negou nesta sexta-feira (10) um alerta da China sobre uma epidemia de pneumonia que seria mais letal do que o coronavírus. 

Em um comunicado, divulgado por um perfil oficial no aplicativo WeChat. a Embaixada da China avisou aos cidadãos chineses no Cazaquistão sobre um aumento significativo de casos em cidades como Atyrau, Aktobe e Shymkent desde meados de junho.

Segundo a embaixada, houve 1.772 mortes por pneumonia no primeiro semestre no país, sendo 628 delas apenas em junho, e que há chineses entre as vítimas.



 

Dinamarca desenvolve "Passaporte Covid-19" para quem testar negativo

O governo da Dinamarca desenvolveu um passaporte que identifica pessoas não infectadas com a Covid-19, para que a população dinamarquesa possa viajar e entrar em países que abriram as fronteiras e têm baixa incidência de contágio em meio à pandemia. O documento é conhecido como “Passaporte Covid-19”.

No site do Ministério da Saúde da Dinamarca o documento digital pode ser obtido de forma gratuita, após a realização de teste negativo para a Covid-19. O objetivo é facilitar a vida dos dinamarqueses que desejam visitar países onde o teste é necessário, acrescenta a reportagem. 

O passaporte é digital, mas também pode ser impresso e carregar o selo do Ministério da Saúde, Ministério das Relações Exteriores e da Polícia Nacional da Dinamarca. O anúncio do novo documento foi feito na quarta-feira (8) pelo ministro da Saúde Magnus Heunicke. ''O país quer facilitar a entrada de todos os dinamarqueses, especialmente para viagens de negócios em outros países'', afirmou a autoridade.



Pandemia reduz salário de 2,5 milhões de trabalhadores do comércio e deixa 450 mil desempregados

A pandemia de coronavírus atingiu duramente o comércio, setor mais afetado com corte de vagas até agora. De janeiro a maio, foram fechados 446 mil postos de trabalho com carteira assinada, segundo levantamento do Dieese, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). “E boa parte dos que não foram demitidos também sofre os impactos: cerca de 2,5 milhões tiveram contratos suspensos ou jornada e salário reduzidos, conforme autorizado pela MP 936”, acrescenta o instituto, em estudo divulgado nesta quarta-feira (8).

O Dieese destaca ainda a própria característica do setor como agravante da situação. Aproximadamente um terço dos trabalhadores no comércio são informais. “E, com a crise do coronavírus, perderam a renda.”

No primeiro trimestre, o comércio concentrava 15,6 milhões de trabalhadores, entre assalariados (com e sem carteira), por conta própria e familiares. Um total de 17% dos ocupados no país, conforme estimativa do IBGE citada no estudo. Uma categoria com alto índice de informalidade e de rotatividade (64%), jornadas extensas e rendimentos baixos.

Entre as unidades da federação, apenas São Paulo fechou 142.300 vagas formais neste ano. Em seguida, vêm Rio de Janeiro (-55.517), Minas Gerais (-48.081) e Rio Grande do Sul (-33.310).

Crédito é fundamental

Na análise, o Dieese alerta para a necessidade de ação do Estado para amenizar a grave crise do setor. “Se o governo não implementar novas medidas para fazer com que o crédito chegue às micro e pequenas empresas, milhares de negócios do setor desaparecerão, deixando outros milhões de trabalhadores sem trabalho e renda”, afirma.

Não basta ter linha de crédito, lembra ainda o instituto. “Precisa fazer chegar às empresas”, aponta, destacando as micro e pequenas. “Essas medidas são necessárias para todos os setores. Contudo, como uma característica fundamental do comércio é o grande número de micro e pequenos estabelecimentos de caráter familiar, elas se tornam imprescindíveis para o setor.”

Do total de solicitações de seguro-desemprego neste ano, mais de um quarto (26%, ou 248 mil) foram de trabalhadores do comércio. Em maio, o número cresceu 36% em relação a igual mês de 2019.

Crise se acentuou, mas já existia

Os comércios também representam cerca de um quarto dos trabalhadores atingidos pela Medida Provisória 936, que prevê redução de jornada e salários e/ou suspensão de contratos. De mais de 10 milhões, são 2,5 milhões no comércio.

O Dieese observa que as vendas já vinham fracas mesmo antes da pandemia, devido ao desemprego e da pouca renda disponível. Mas despencaram em abril, caindo 27% em relação a 2019. Hoje, o IBGE informou que as vendas subiram de abril para maio, mas têm queda de 7,2% na comparação anual. Nesta semana, a MP 936 foi sancionada e tornou-se a Lei 14.020.

O estudo do Dieese mostra que, “embaladas pelo isolamento social”, as vendas on-line têm bom desempenho. No primeiro trimestre, o faturamento cresceu 27% sobre 2019. “Tendência que já vinha sendo observada nos últimos anos, mas que se acelera e intensifica com a covid-19, aumentando o desafio para manutenção e geração de empregos no setor do comércio.”

Economia enfraquecida

O Dieese lembra ainda que a economia vem apresentando crescimento pífio” desde o final de 2014. No ano passado, depois de projeção inicial de 3%, o PIB fechou com apenas 1,1%. “Em 2020, apesar de mais uma vez o governo começar o ano fazendo projeções otimistas para o crescimento do PIB, na casa dos 2,5%, a divulgação da queda de 1,5% no PIB no 1º trimestre evidenciou que o desempenho da economia já vinha aquém do esperado antes dos efeitos provocados pelo novo coronavírus”.

“A pandemia encontrou uma economia enfraquecida devido à baixa taxa de investimento, elevada ociosidade, precarização do mercado de trabalho e crescimento das desigualdades sociais, em razão das políticas neoliberais implementadas desde 2016 e aprofundadas no atual governo”, afirma o Dieese.




Mais mortes na América Latina que na América do Norte

O número de mortes por coronavírus na América Latina superou o de óbitos registrados na América do Norte pela primeira vez desde o início da pandemia, mostrou uma contagem da Reuters nesta segunda-feira.

A América Latina totaliza pelo menos 144.672 mortes devido à Covid-19, em comparação com 143.840 mortes na América do Norte - Canadá e Estados Unidos - segundo dados compilados pela Reuters, com base em levantamentos oficiais.

Os Estados Unidos são o país com o maior número de mortes no mundo, com 135.055, seguidos pelo Brasil, que registra 72.100. Mas a América Latina também tem o México e o Peru entre os 10 países com o maior número de mortes, com 35.006 e 11.870, respectivamente.

Chile, Colômbia e Equador também têm mais de 5.000 mortes cada. Enquanto isso, o número de mortos no Canadá é de menos de 8.800 pessoas.

As infecções por coronavírus no mundo ultrapassaram 13 milhões na segunda-feira, segundo uma contagem da Reuters, em outro marco na disseminação da doença que matou mais de meio milhão de pessoas em sete meses.

O primeiro caso foi registrado na China no início de janeiro, e foram necessários três meses para o mundo atingir 1 milhão de infecções. Com a aceleração constante da doença, em apenas cinco dias o mundo passou de 12 milhões para 13 milhões de casos confirmados.

O número de infecções já é aproximadamente o triplo do registrado anualmente de influenzas graves, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). 


Brasil atinge 72 mil mortes por Covid-19 com 1.866.416 infectados

O número de casos confirmados de Covid-19 no Brasil atinge 1.866.416 e 72.153 mortes provocadas pela doença, aponta o boletim das 8h do consórcio de veículos de imprensa divulgado na manhã desta segunda-feira (13). Os números são consolidados a partir das secretarias estaduais de Saúde. 

balanço divulgado no domingo (12) às 20h indicou 1.866.176 infectados e 72.151 vítimas fatais, com 659 óbitos registrados nas últimas 24 horas. 

O registro foi apurado com dados das secretarias estaduais de saúde. A iniciativa dos veículos de comunicação foi desenvolvida a partir de inconsistências nos dados apresentados pelo Ministério da Saúde na gestão do interino Eduardo Pazuello. 

 

Acompanhe o registro do Coronavírus pelo mundo



 Boletim Oficial Epidemiológico - Rondon do Pará

 


Miguel Paiva – Fora Bolsonaro


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