quarta-feira, 3 de junho de 2020

NOTÍCIAS CORONAVÍRUS 65

03.06.2020

Lula debate crise do coronavírus com atingidos por hanseníase



 

É nosso dever alertar população de que ela foi liberada para o abatedouro

Cientistas de universidades de São Paulo realizaram projeção e concluíram: os municípios brasileiros que optarem por reduzir o distanciamento social, ainda nesta semana, podem ter aumento de 150% entre infectados e mortos nos próximos dez dias. As projeções apresentadas têm como base os números oficiais e as taxas de crescimento de casos verificadas em cidades que afrouxaram o distanciamento, como Blumenau (SC), com aumento de 160% de infecções dias após a reabertura de shoppings. Municípios do Rio de Janeiro e Guarulhos têm situação mais crítica, pela falta de leitos e tendência de aumento de casos, antes mesmo das medidas de flexibilização do distanciamento, explica Domingos Alves, especialista do portal Covid-19 Brasil. “Não estamos falando do que vai ocorrer em um ou dois meses, mas de uma semana a dez dias. Até agora, temos acertado nossas projeções e, por isso, estamos tão preocupados. É nosso dever alertar a população de que ela foi liberada para ir ao abatedouro”.


 

ONU apresenta relatório de impacto da Covid-19 nas pessoas vulneráveis

A ONU está preocupada com maneiras pelas quais a pandemia afeta pessoas no mundo. O secretário-geral alertou sobre como pessoas mais vulneráveis ​​- mulheres e crianças, com deficiência, marginalizadas e desalojadas - pagam o preço mais alto pela doença letal e estão mais expostas a perdas devastadoras provocadas pela Covid-19. Refugiados e deslocados por conflitos violentos são duplamente vulneráveis ​​e, em países devastados pela guerra, sistemas de saúde entraram em colapso, disse Guterres, em seu apelo por cessar-fogo global diante da pandemia. Na expansão global do novo coronavírus, a ONU estabeleceu Plano Global de Resposta Humanitária de US $ 2 bilhões para populações vulneráveis, refugiados e pessoas deslocadas internamente. Felipe González, especialista independente da ONU, alertou que muitos migrantes e solicitantes de asilo não podem acessar proteções mínimas contra o contágio e nem sequer têm água limpa para lavar as mãos. Diante da situação, ele ressalta que países devem adotar medidas para regularizar os indocumentados e permitir o acesso aos serviços de saúde, tomar medidas urgentes para proteger migrantes e vítimas do tráfico de pessoas. O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), informa que crianças deslocadas estão entre as que têm acesso mais limitado à prevenção, testes, tratamento e outros apoios essenciais no combate à Covid-19. A Unicef ​​destaca que milhões de crianças em todo o mundo são expulsas de casa e forçadas a atravessar as fronteiras de seus países devido a conflitos, violência e situações de risco, o que as expõe ao contágio. 

                                                                                    

 

'Não é hora de afrouxar', diz epidemiologista

"Quem tem pressa come cru. Ainda não está na hora de afrouxar", diz Alexandre Kalache, epidemiologista do Centro Internacional da Longevidade, ao criticar a reabertura de setores econômicos em São Paulo e no Rio de Janeiro. Atualmente, o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking mundial de confirmações (558,2 mil) e o sexto na quantidade de mortes (31,3 mil) provocadas pelo coronavírus. Recorde de 1.262 mortes num dia, o Ministério da Saúde informou que a Covid-19 matou até agora 31.199 pessoas - a estatística falha da apresentada pela OMS. "Isso vai prolongar a agonia. Essa pandemia, que poderia estar muito mais sob controle a esta altura, vai ficar se estendendo, o que terá um preço econômico muito alto na frente". 

                                                               

 

'Salto genético' do coronavírus facilita sua propagação, diz pesquisa

Pesquisadores liderados pela geneticista Maria Cátira Bortolini, coordenadora do Laboratório de Evolução Humana e Molecular, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), afirmaram que mutações aleatórias levaram o coronavírus (Sars-CoV-2) a ter afinidade com proteína ACE2, presente em células dos sistemas cardiovascular e respiratório. As pessoas têm aminoácidos em 30 pontos chaves do contato entre o vírus e a ACE2, o que facilita a propagação da pandemia de covid-19. Para ingressar no hospedeiro humano, o Sars-CoV-2 cooptou a proteína ACE2, do metabolismo do sistema cardiovascular. Ação equivocada provoca hipertensão, infarto do miocárdio e arteriosclerose. Pessoas com problemas cardíacos são do grupo de risco para a Covid-19, que já atingiu 6,4 milhões de pessoas e matou 382 mil. "Descobrirmos que esta proteína, considerando 30 pontos de contato com o vírus, é invariável em qualquer população humana". "Significa que, potencialmente, somos todos igualmente suscetíveis ao micro-organismo. Há outros mecanismos para explicar a heterogeneidade da infecção e da doença em humanos, como o sistema imunológico, cuidados, isolamento social ou tratamento médico". 


 

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Renato Aroeira – me investiga que eu gosto!

 


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