segunda-feira, 4 de maio de 2020

NOTÍCIAS CORONAVIRUS 38

04.05.2020

Pandemia e governo Bolsonaro sem Moro

 

Brasil tem mais de 102 mil casos confirmados e 7 mil mortes

As secretarias estaduais de saúde divulgaram na manhã desta segunda-feira (4) mais de 102 mil casos confirmados da Covid-19 com 7 mil mortes provocadas pela doença no Brasil. O Distrito Federal realizou 31,2 mil testes. Alguns estados também divulgaram seus números, como: São Paulo (35,6 mil); Ceará (27 mil); Bahia (19,6 mil); Paraná (17 mil); Goiás (10 mil); Espirito Santo (14 mil); Santa Catarina (11 mil); Maranhão (8,7 mil); Pernambuco (8 mil); e Rio Grande do Norte (6,8 mil). No estado de Pernambuco, 98% dos leitos de UTI estão ocupados. Outras unidades também registraram taxas de ocupação que superam 90%, como: Rio de Janeiro (92%) e Ceará (90%). 

Avaliação de Bolsonaro cai abaixo dos 30% pela primeira vez

Governo Bolsonaro registra seus piores níveis de avaliação junto ao eleitorado, afirma a pesquisa XP/Ipespe, realizada entre 28 e 30 de abril. Participação de  Bolsonaro em manifestações favoráveis à intervenção militar e ao fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, recuaram para modestos 27% que avaliava sua administração como ótima ou boa, e corresponde a queda de 4 pontos percentuais em relação à semana anterior. No mesmo período, subiu de 42% para 49% o grupo dos eleitores que avaliam o governo como ruim ou péssimo, e quem vê a gestão como regular soma 24% da população. Agora, 46% esperam uma gestão ruim ou péssima, salto de 8 pontos percentuais em uma semana, e os 30% estão otimistas. Já é a quarta vez seguida em que as expectativas negativas superam numericamente as positivas, mas a primeira em que essa diferença supera a margem máxima de erro, de 3,2 pontos percentuais para cima ou para baixo.

Decadência é percebida pelo desgaste da imagem
O resultado retrata a expressiva deterioração da imagem do governo ao eleitorado. Se há exato um ano, 47% tinham expectativa do mandato ótimo ou bom, os 31% do restante se tornou gestão ruim ou péssima. A crise explode com a demissão de Sérgio Moro do Ministério da Justiça e Segurança Pública, nos 16 meses em que encobria crimes e apagava rastros dos filhos 01, 02 e 03, tomou as estruturas de governo, conflitos com militares, previdência, fake News e falta de gestão – focada apenas na destruição das conquistas – o governo descarado sucumbiu à figura de Luiz Henrique Mandetta, do Ministério da Saúde, que ofuscou o presidente, expôs conflitos, retardou o atendimento, mantendo o discurso contra isolamento na pandemia, coroando o desastre com 102 mil casos e 7 mil mortes, o caos. 


‘Lockdown’ pode ser necessário por rede ‘desestruturada’ do SUS
O Brasil tem mais de 100 mil casos confirmados de Covid-19 e 7.288 mortes causadas pela enfermidade. Apenas no Estado do Rio de Janeiro, são 11.721 casos confirmados e 1.065 mortes. O lockdown é um bloqueio total, mais restritivo do que as medidas de distanciamento social. Essa ferramenta foi utilizada para conter a pandemia, e a partir de terça-feira (5), irá proibir a entrada e saída de veículos, com exceção de caminhões, ambulâncias, atividades de segurança e transporte de pessoas, buscando atendimento no Maranhão. Todos os comércios não essenciais deverão ser fechados e o uso de mascará será obrigatório, entre outras medidas. 

Le Monde: pandemia pode pôr fim a liderança mundial dos EUA
A crise sanitária tem mudado profundamente a relação entre as grandes potências. Depois da pandemia, a liderança dos EUA no mundo está em risco. Editorial do Le Monde de 30 de abril, enfocou o cenário mundial que será desenhado depois de debelada a pandemia do novo coronavírus. Entre outras perspectivas, a liderança dos Estados Unidos está alerta para o fato da Europa necessitar de começar a sua reconstrução. A crise pandêmica está mudando profundamente a relação entre as grandes potências, sem que os EUA sigam exercendo o papel que haviam atribuído a si mesmos no século XX, o de liderança mundial.

Mundo: em duas semanas, Brasil é o 4º com maior número de casos

Alerta global em relação ao Brasil mostra dados do Centro de Prevenção e Controle de Doenças da Europa, deste domingo (3), que indicam o país já é o quarto com maior número de casos registrados por covid-19 nos últimos 14 dias. Ao mesmo tempo, a OMS indicou que o Brasil já registrou o quarto maior número de mortes no mundo em 24 horas nos oito estados que seguem orientação do governo em crise, considerando números do fim de semana. Conduta de Bolsonaro expõe população ao genocídio, ameaçando países vizinhos, é alvo de programas de TV no exterior, artigos nos principais jornais do mundo e duro questionamento por parte de especialistas e pela própria ONU. Números da agência oficial da União Europeia confirma o temor. Em 14 dias, foram 59,9 mil novos casos confirmados no Brasil. No total, o país registrava 96,5 mil.

Brasil tem 6.329 mortes e 91.589 casos confirmados por coronavírus

Ministério da Saúde informa que o país tem 91.589 casos confirmados da Covid-19 e 6.329 mortes. Nas últimas 24 horas, foram identificadas mais 6.209 pessoas infectadas pelo vírus. O aumento de casos e mortes foi de 7% cada. A taxa de letalidade da doença é de 6,9%. Brasil já ultrapassou o Irã – um dos primeiros a viver o surto da doença – na quantidade de vítimas fatais. De acordo com o Centro de Pesquisas do Coronavírus, no país persa morreram 6.091 pessoas e 95.646 foram infectadas. São Paulo é estado mais afetado pela epidemia, com 30.374 casos e 2.511 mortes, seguido do Rio de Janeiro, com 10.166 casos e 921 óbitos; Ceará, com 7.789 casos e 505 mortes; Pernambuco, com 7.334 casos e 603 vítimas fatais; e Amazonas, com 5.723 casos e 476 mortes.

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Miguel Paiva – Aqui mando eu


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