12.04.2020
Bolsonaro coloca população
em perigo, afirma Human Rights Watch
A ONG de direitos humanos Human Rights Watch
divulgou relatório no sábado (11) sobre Bolsonaro, que coloca população
brasileira em "grave perigo ao incitá-la a não seguir o distanciamento
social" para conter avanço do coronavírus. O documento diz que Bolsonaro "age de forma irresponsável
disseminando informações equivocadas sobre a pandemia... e sabotado os esforços
de governadores e Ministério da Saúde para conter a Covid-19, colocando em
risco a vida e a saúde dos brasileiros”, diz José Miguel Vivanco, diretor da
Divisão das Américas. “Para evitar mortes com essa pandemia, os líderes devem
garantir que as pessoas tenham acesso a informações precisas, baseadas em
evidências, e essenciais para proteger sua saúde. O presidente Bolsonaro está
fazendo tudo, menos isso", afirma.
Mortes por coronavírus no
Brasil mais que dobram em uma semana
O
Ministério da Saúde (MS) já havia estimado em março, que abril será o mês mais
“difícil” com maior pico de contágio e óbitos pela doença. O número de casos fatais de coronavírus no Brasil mais do que
dobrou em uma semana. MS divulgou na sexta-feira (3), que 359 pessoas já haviam
morrido em decorrência das complicações causadas pelo contágio. No
dia 10, os números do Ministério da Saúde são: 19.943 casos confirmados da Covid-19
e 1.074 mortes causadas pela doença. Abril será o mês mais “difícil”, com pico
do contágio e óbitos pela doença.
Embaixada: italianos deixem o Brasil pelo avanço do coronavírus
A Embaixada da Itália apela aos seus concidadãos no
Brasil por motivos de breve duração, que retornem à Itália "o quanto
antes". A representação diplomática informa que ainda há voos disponíveis
pela Lufthansa (São Paulo) e pela Air France (São Paulo e Rio de Janeiro) que
permitem chegar à Itália por meio de conexões em Frankfurt (Alemanha) e Paris
(França), respectivamente. A Alitalia e a Latam, que operam rotas diretas para
Roma e Milão, suspenderam os voos devido à pandemia. O aviso é válido apenas
para cidadãos italianos residentes na Itália, que estejam no Brasil a trabalho
ou turismo. O site da Itália disponibiliza página de perguntas e respostas para
esclarecer dúvidas sobre a volta à Itália. Ao retornar devem se dirigir ao
órgão de saúde competente, serão submetidas a acompanhamento sanitário e terão
de cumprir isolamento obrigatório de 14 dias na própria casa.
China oferece envio de médicos ao Brasil para combater a pandemia
A China ofereceu profissionais médicos ao Brasil
para ajudar no combate à pandemia da COVID-19 no país. A China resolveu
oferecer médicos ao Brasil no âmbito do combate à pandemia do novo coronavírus
e foi confirmada pelo ministro-conselheiro chinês Qu Yushui na sexta-feira
(10). O Ministério da Saúde afirmou que ainda não tem esse tipo de perspectiva
e prioriza a ajuda para importar equipamentos e insumos médicos.
Brasil e China: sobressalto de deputado federal e
ministro da educação
Os dois países passaram por sobressaltos
diplomáticos por causa de comentários desinformados de Eduardo Bolsonaro e Abraham
Weintraub, que emitiram opiniões ofensivas em relação ao país asiático devido à
pandemia. Ambos foram repreendidos oficialmente pela representação diplomática
chinesa no Brasil. As expressões inexpressivas e desautorizadas geraram
preocupações sobre o fornecimento dos equipamentos hospitalares exportados pela
China, porém a representação chinesa garantiu que pretende manter intactos os
laços de amizade entre os países.
Rússia aponta lotação em hospitais de Moscou
O Kremlin informa que "grande fluxo" de
pacientes com coronavírus começa a pressionar hospitais de Moscou, com o número
de mortos na Rússia subindo para mais de 100. Há outras regiões na luta há duas
semanas para conter o contágio, mas hospitais da capital são levados a seu
limite. "A situação em Moscou e São Petersburgo, é bastante tensa porque o
número de doentes tem crescido", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry
Peskov. "Há um enorme fluxo de pacientes. Estamos vendo hospitais em
Moscou trabalhando com intensidade extrema, em modo heróico de
emergência." A Rússia registrou 13.584 casos do vírus, e mortes pelo
coronavírus elevaram o número de vítimas para 106.
CFM
desautoriza Yamaguchi: sem base científica para cloroquina
O Conselho Federal de Medicina (CFM) irá se posicionar nos
próximos dias sobre o uso da cloroquina para o tratamento do coronavírus. A
entidade já informou o Ministério da Saúde (MS) que não há qualquer base na
literatura científica sobre eficiência do medicamento. A médica
Nise Yamaguchi, conselheira de Bolsonaro, foi ouvida pelos integrantes do CFM,
mas não ofereceu base científica para propaganda que tem feito da cloroquina. CFM
não recomendará uso indiscriminado da cloroquina - apesar da pressão de Jair
Bolsonaro que afronta médicos e cientistas do mundo, sem formação – e vai
lançar documento conjunto com as sociedades de Infectologia, Terapia Intensiva
e Pneumologia.
Pacientes curados foram infectados novamente
A Coreia do Sul informou que 91 pacientes
curados testaram positivo para o coronavírus pela segunda vez. O resultado
gerou preocupação internacional, já que diversos países esperaram que populações
infectadas criassem imunidade suficiente para prevenir novo surto da pandemia. Outros
creem que o vírus continue ativo por mais tempo. Centro de Controle e
Prevenção de Doenças da Coreia enviou equipe para a cidade de Daegu, centro da
pandemia. Dados oficiais da Coreia do Sul, um dos primeiros atingidos, tem duas
vezes menos casos que o Brasil, registra menos de 10 mortes por dia, tem 10,5
mil infectados, dos quais 7,5 mil já se recuperaram.
Após passar pela
UTI, Boris Johnson deixa o hospital
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson,
deixou o hospital neste domingo (12), segundo a BBC, onde estava internado
desde a semana passada. Johnson chegou a ser internado na UTI. De acordo com o
jornal britânico, “por indicação de sua equipe médica, o primeiro-ministro não
retornará imediatamente ao trabalho. Ele agradece a todos em St. Thomas
[hospital] pelo ‘brilhante atendimento que recebeu'”.
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