No terceiro e último dia da sua visita ao interior do Alentejo, o chefe de Estado doou meia dúzia de livros à Biblioteca Municipal de Alvito, no distrito de Beja, e acabou a fazer uma apresentação ao estilo das 'Escolhas de Marcelo' do seu tempo de comentador televisivo.
Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa
No final, confessou que as funções de Presidente lhe deixam "pouco tempo" para os livros que gostaria de ler: "Leio os relatórios que dispensaria, alguns deles, leio documentos que dispensaria, mas que tem de ser, e não tenho tempo".
"À noite chego tão cansado, tão cansado, que começo a ler, vou lendo e tal, mas, de facto, leio menos do que devia ler", lamentou.
Marcelo Rebelo de Sousa ofereceu à biblioteca de Alvito um exemplar do livro "Afetos", que reúne fotografias de Rui Ochôa da sua campanha presidencial, três livros da coleção juvenil "Uma Aventura", um romance sobre Dom Afonso Henriques, uma biografia do ator Nicolau Breyner e uma nova edição do "Ensaio sobre a cegueira", de José Saramago.
Depois, embora não tivesse uma plateia, porque só estavam na biblioteca jornalistas e responsáveis do município, o Presidente fez um discurso de incentivo à leitura.
"Pode ler-se um livro na internet, na cama, sentado, na sala de aula, na biblioteca, onde se quiser. Agora, é fundamental que se leia, por pouco que se leia", disse.
O chefe de Estado considerou que "quem não lê acaba por não aprender acerca do mundo e acerca dos outros e, além do mais, acaba por ser pobre na maneira como comunica com os outros".
Marcelo Rebelo de Sousa retomou o tom de comentador que recomendava livros e falou também como professor universitário de Direito, que deixou de ser há mês e meio: "Um dos problemas que eu encontro nos meus alunos, naqueles que leem pouco, é que conhecem menos palavras do que deviam conhecer, usam sempre as mesmas palavras".
"Há livros para todos os gostos. Deve-se ler livros", insistiu.
Transcrito de Notícias ao Minuto - 23/04/2016
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