A semana começou com o Mês dos Povos Indígenas, debatendo Educação e Direitos, com danças rituais, apresentação de relatórios dos pesquisadores do Laboratório de Línguas Indígenas (LALI), oficinas de Línguas maternas, pinturas corporais e palestras. E manteve o alto estilo no I Seminário de Literatura Tocantinense, com momentos culturais, mesas de debates, depoimentos, conferências e comunicações dedicados à literatura, enfatizando a tocantinense, com a presença do Professor José Francisco da Silva Concesso, um ícone da determinação do povo desta região em contar sua história em prosa e verso.
Mas terminou com a ressaca da perda de dois grandes escritores: o alemão Gunter Grass e o uruguaio Eduardo Galeano. O primeiro é um nome da literatura, com brilho e intelectualidade, participou da Waffen-SS na juventude, mas renegou o mau passo, pelo qual perdeu amigos e ganhou respeitabilidade mundial, com uma aceitação que lhe rendeu um Prêmio Nobel de Literatura em 1999. Galeano, o segundo, sempre foi guerreiro andante, de causas e lutas, sem deixar incólumes as ditaduras, amante inveterado do futebol, pelo qual chegou a escapar de congresso para ouvir narração da partida em Montevidéu. A visita à PUC-Rio em 2014, mediada por sua editora, teve a conferência transferida para o Ginásio, por causa de uma multidão determinada, que não parava de aplaudir, sem querer deixá-lo ir embora. Rebelde, como os latino-americanos de esquerda, ele se foi.
Esta edição lida com a atividade dos hackers em Saberes na Rede, traz um conjunto de boas novidades em Notícias, dois Artigos sobre cultura digital e educação, uma Imagem hilária sobre o momento político, uma charge da Mafalda em O Prazer da Leitura, o último filme dos Clássicos do Cinema, da série sobre a ditadura militar e um convite para conhecer os museus brasileiros em Clássicos da Arte.
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