Gênero presente em diversas edições da Fliporto, a literatura de cordel marca presença na décima edição da Festa com dez barracas, que contam com a participação de 18 cordelistas, como, por exemplo, Altair Leal. Ele participa da festa desde a época em que ela acontecia em Porto de Galinhas. Este ano, ele trouxe mais de cem títulos para vender e considera o evento um sucesso de vendas, já tendo vendido de 100 a 150 títulos de Cordel.
Outro cordelista presente na Fliporto é Geraldo Valério. Cordelista há 25 anos, tem mais 80 títulos, tendo trazido para Fliporto apenas 20 títulos. O artista participa pela terceira vez da festa e, para ele, suas vendas estão crescente e bem satisfatória.
Rivani Nazário, conhecida como a Cangaceira do Cordel, cordelista há 8 anos, é autora de 36 títulos. Também está presente na Fliporto desde Porto de Galinhas. Trouxe para a festa esse ano entre os tradicionais cordéis, uma apostila que ensina o educador a trabalhar em sala de aula, uma coletânea que conta a história de Luís Gonzaga e o seu amor pelo sertão. Para ela “o cordel não pode ficar isolado, porque faz parte da cultura popular e o que é popular deve estar disponível para o povo.”
Participaram também da Fliporto 2014 o casal Fernando Rocha e Marinalva Bezerra. Que se apresentam, respectivamente, com os personagens Macambira e Querindina. Ambos viajam divulgando essa literatura e valorizando a cultura da oralidade. Dessa forma, os artistas cumprem a missão que, segundo eles, é a de enaltecer cada vez mais a identidade do nordestino. Para Marinalva Bezerra “a gente costuma valorizar aquilo que é da raiz da gente e se não dermos valor as nossas raízes, como é que vai terminar? Vamos terminar sem valor. Porque um povo sem cultura é um povo sem identidade”, finaliza.
Transcrito de http://blogs.diariodepernambuco.com.br/coberturas/2014/11/literatura-de-cordel-ganha-espaco-por-meio-de-personagens/
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