A memória de um crime e as possibilidades de redenção costuram a trama de “Crime e Castigo”. O clássico da literatura mundial, escrito pelo russo Fiódor Dostoiévski em 1866, é o título de mais lido por presos das penitenciárias de segurança máxima do Brasil. O ranking do Ministério da Justiça tem base no projeto Remição pela Leitura, que concede redução de quatro dias de pena a cada livro lido e resenhado.
Cada detento pode ler (e escrever sobre) até 12 livros ao ano, o que representa 48 dias a menos na sentença. Segundo dados do ministério, divulgados colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, desde 2010, 6.004 resenhas foram escritas nas penitenciárias de Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Norte e Rondônia.
A lista mais procurados nas bibliotecas, na categoria filosofia, é vice-liderada por “Ensaio sobre a Cegueira”, de José Saramago, vencedor do Nobel de Literatura em 1998. Na obra, o escritor português traça “imagem aterradora e comovente de tempos sombrios”. Terceira colocada entre as obras filosóficas é “Através do Espelho”, de Jostein Gaarder. Do mesmo autor de “O mundo de Sofia”, o livro conta a história de “Cecília Skotbu, uma menina que vive intensamente, mesmo com o diagnóstico de câncer”.
“A Menina Que Roubava Livros” também integra a lista de preferidas. A obra de Markus Zusak apresenta a menina Liesel Meminger, em plena Segunda Guerra. Ladra de livros, ela encanta a Morte, que “rastreia as pegadas dela de 1939 a 1943”.
Transcrito de Notícias ao Minuto - 15/02/2017
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