Passear pela Biblioteca Nacional (BN), no Rio de Janeiro, é percorrer a história do Brasil e do mundo. Com mais de 200 anos de história, é a mais antiga instituição cultural brasileira e contempla um acervo estimado de 15 milhões de obras, entre livros, iconografias e cartografias.
Os Jogos Olímpicos (de 5 a 21 de agosto) e os Paralímpicos (7 a 18 de setembro) representam mais uma oportunidade para turistas e moradores conhecerem o prédio histórico e o rico acervo.
Em épocas de grandes eventos – como a Copa do Mundo ou a Jornada Mundial da Juventude – as visitas mensais costumam ter aumento de 100%, passando de 4 mil para 8 mil pessoas, em média. Frente à expectativa, a biblioteca triplicou o número de guias – de dois para seis – para realização de visitas gratuitas. Além de português, os tours são realizados em libras, alemão, inglês, espanhol e francês, de hora em hora, das 9h às 17h, de segunda a sexta-feira.
Obras raras
A história da Biblioteca Nacional confunde-se com a do próprio País. O início do itinerário da Real Biblioteca no Brasil ocorreu com a chegada de D. João VI e sua corte ao Rio de Janeiro, como consequência da invasão de Portugal pelas tropas de Napoleão Bonaparte. Junto à comitiva, desembarcaram cerca de 60 mil peças, entre livros, manuscritos, mapas, estampas, moedas e medalhas.
De lá para cá, ganhou peso, espaço e diversas coleções. Entre elas, constam diversas obras raras. A Bíblia de Mogúncia, impressa em 1462, é um dos exemplares mais raros da Biblioteca Nacional e faz parte da Coleção Real, trazida por Dom João VI. A obra é considerada um monumento da tipografia e mostra que, no século XV, o homem estava avançado em termos de tecnologia, senso moral e intelectual.
O exemplar mais antigo, considerado também o mais antigo da América Latina, foi doado por uma família no século XIX. Trata-se de um manuscrito do século XI com os quatro Evangelhos (Matheus, Lucas, João e Marcos).
No acervo, há também o exemplar completo da famosa Encyclopédie Française, uma das obras de referência para a Revolução Francesa. O primeiro jornal impresso do mundo, datado de 1601, e os primeiros jornais manuscritos que circularam no Brasil também estão lá.
Outra obra que chama a atenção são fotos da família imperial brasileira. "Há fotos de Dom Pedro II viajando pelo mundo. Dom Pedro II foi um dos primeiros fotógrafos brasileiros", explica Rodrigo. "Eu gosto de trabalhar aqui porque é um mundo de conhecimento, cercado de livros e de pessoas interessadas em livros", completa.
Biblioteca Nacional
Endereço: Av. Rio Branco, 219 – Centro, Rio de Janeiro – RJ, 20040-009
Telefone: (21) 3095-3879
Visitadas guiadas: de segunda a sexta, das 9h às 17h, e sábados, das 10h às 14h
Entrada Franca
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