sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Press Release 059 – 26 de agosto de 2016

Editorial
   O desrespeito ao voto dos brasileiros http://bit.ly/2bmhnuT

Clássicos da Música
   Von guten Mächten wunderbar geborgen http://bit.ly/2bviUKM

Artigos
   Não é fácil, mas Dilma precisa retornar http://bit.ly/2bUT9El

Notícias
   Editora publica escritores brasileiros ainda desconhecidos http://bit.ly/2cfnSQ5

   Conto resgata os primórdios da escrita de J. R. R. Tolkien http://bit.ly/2bE0kSG
 
   Livros são ponto de partida para abordar temas delicados com crianças http://bit.ly/2bmKefL

   França facilita a publicação de obras de língua francesa no Brasil http://bit.ly/2boJNCW

   Veja os livros recomendados pelos professores da Harvard Business School http://bit.ly/2bGleCn

   Vestibular: dicas para estudar os livros obrigatórios http://bit.ly/2bvk7lj

   Programa de intercâmbio da Biblioteca Nacional está com inscrições abertas http://bit.ly/2bq1JYY

   Ler ficção nos torna mais empáticos http://bit.ly/2bUTLKk

   Barueri abre inscrições para Prêmio de Literatura 2016 http://bit.ly/2bVUdGW

   Apaixonada por livros, menina monta biblioteca comunitária dentro de casa http://bit.ly/2bTlJW7

   Autor de Porto Velho pede ajuda para fazer capa de livro http://bit.ly/2bMAn3N

   Torelli: livro é item necessário de conhecimento e entretenimento http://bit.ly/2boKtZn

Imagem
   Policiais não ‘leem’ protesto inteligente http://bit.ly/2cfqld8

O Prazer da Leitura
   Dorso do livro na escadaria http://bit.ly/2bvkQTU

Prof. Antonio Carlos Ribeiro
Universidade Federal do Tocantins/PPGL/CAPES
Editor

Se desejar ler os demais Press Release, clique no blog Leituras http://bit.ly/1E35ugR

Editorial

Essa é a "semana da vergonha nacional", declarou o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo ele, os senadores "começam a rasgar a Constituição do país e o dia em que eles começam a debater a punição de uma mulher inocente, cujo único crime que cometeu foi justamente o de ser honesta”. Na verdade estão caçando - com c cedilha - os votos dos brasileiros que a elegeram em 2014. Assim, os senadores "não estão caçando a Dilma, estão caçando o voto que vocês deram em outubro de  2014”, acrescentou.

O outro momento é a chegada da Dilma pra se defender diante do Senado, com milhões de brasileiros na esplanada dos ministérios, contestando esse ato arbitrário. A questão é se valem os votos dos 81 "representantes" ou a pressão dos ditos representados. Especialmente, os senadores que pensam na reeleição em 2018. A verdade está do lado de Dilma e do povo que a elegeu! 

Nesse tempo de Advento, como os cristãos que esperam a chegada de Jesus nos quatro domingos que antecedem o Natal, o povo brasileiro vive a dualidade da insegurança absoluta e da grande expectativa, frente às quais a música 'Von guten Mächten wunderbar geborgen', do teólogo Dietrich Bonhoeffer - em Clássicos da Música - ajuda a refletir. Na mesma linha, o Artigo 'Não é fácil, mas Dilma precisa retornar', do jornalista Paulo Moreira Leite, mostra o fundo histórico. A aba Imagem mostra como Policiais não ‘leem’ protesto inteligente. 'O Dorso do livro na escadaria' é a foto de O Prazer da Leitura. Em seguida, o conjunto de notícias na área de livro, leitura e literatura: 

   Editora publica escritores brasileiros ainda desconhecidos

   Conto resgata os primórdios da escrita de J. R. R. Tolkien
 
   Livros são ponto de partida para abordar temas delicados com crianças

   França facilita a publicação de obras de língua francesa no Brasil

   Veja os livros recomendados pelos professores da Harvard Business School

   Vestibular: dicas para estudar os livros obrigatórios

   Programa de intercâmbio da Biblioteca Nacional está com inscrições abertas

   Ler ficção nos torna mais empáticos

   Barueri abre inscrições para Prêmio de Literatura 2016

   Apaixonada por livros, menina monta biblioteca comunitária dentro de casa

   Autor de Porto Velho pede ajuda para fazer capa de livro

   Torelli: livro é item necessário de conhecimento e entretenimento

Boa leitura!

Von guten Mächten wunderbar geborgen

Von guten Mächten wunderbar geborgen (De bons poderes muito bem guardado) é a música que marcou a luta da resistência alemã contra o nazismo, por causa da influência do teólogo Dietrich Bonhoeffer, executado pelo regime nazista em 9 de abril de 1945 no Campo de Concentração de Flossenburg, um mês antes da invasão dos aliados.


Não é fácil, mas Dilma precisa retornar



Paulo Moreira Leite

Reunidos a partir das 9 horas da manhã de hoje, os 81 senadores da República têm diante de si uma decisão crucial para o destino dos 200 milhões de brasileiras e brasileiros.

Podem abrir caminho para uma catástrofe histórica, tão ruinosa que pode inviabilizar por décadas a construção do país como nação soberana e menos desigual, capaz de oferecer oportunidades aos fracos e excluídos de cinco séculos. Ou podem dar início a uma correção de rumo, retomando um processo histórico que, mesmo envolvendo inúmeros problemas e limites, erros e omissões, deve ser reconhecido como o ponto de partida para um necessário esforço na construção de um país a altura das necessidades da maioria dos brasileiros. A própria população se encarregou de mostrar isso com clareza absoluta nas últimas quatro eleições presidenciais, quando se colocou sempre do mesmo lado, em apoio a um mesmo projeto que é, acima de tudo, uma crítica profunda aos governos voltados para um país dos ricos, dos bem-nascidos e sua magra clientela social. 

A eventual permanência de Michel Temer na presidência implica na consolidação de um governo incapaz de trazer esperanças para as famílias dos brasileiros. Mesmo com auxílio permanente dos principais meios de comunicação o presidente interino foi capaz de oferecer a população aquele mínimo de ilusões -- em geral passageiras -- que fazem parte da lua de mel com a população, oportunidade única que sempre foi um direito dos governantes recém chegados ao cargo. Temer é um presidente novo e impopular demais para quem acaba de assumir. Sempre que perguntada, a população deixa claro que quer vê-lo fora do governo na primeira oportunidade.

Essa fraqueza política estrutural explica movimentos mais recentes dos aliados de abril-maio, que apontam para um golpe dentro do golpe, que poderia evitar a permanência de Temer no Planalto até 2018, como determina o calendário da eleição que Dilma venceu em 2014. Detalhe: o calendário envolve prazos decisivos nos próximos três meses. 

 A Constituição determina que, caso a presidência da República fique vaga até  31 de dezembro de 2016, o Congresso deve convocar eleição para o novo governo no prazo de 90 dias, permitindo que o povo dê a última palavra numa questão essencial para sua existência como o poder de Estado.  Se a vacância ocorrer depois do reveillon deste ano, caberá ao Congresso, sim, este mesmo, a casa de Eduardo Cunha, de tantos órfãos das urnas de 2014, 2010, 2006 e até 2002, apontar o novo presidente. Este é um novo elemento de instabilidade para Michel Temer. Tudo será feito para que seja protegido e preservado por 90 dias. Mas, como as marcas de iogurte, gelatinas e tantas mercadorias disponíveis nos supermercados, seu governo é um produto com prazo de validade.

Em pouco mais de três meses no posto, Temer & equipe demonstraram uma  voracidade política incompatível com a própria interinidade. Destinada a prestar contas aos patrocinadores das manobras espúrias que permitiram trair a presidente eleita e assumir ao poder, a ilegitimidade do governo foi estampada na testa, denunciada por uma população que se recusa a esquecer a verdade democrática básica dos períodos que correm, ensina de baixo para cima, na primeira grande derrota dos articuladores de abril-maio: "impeachment sem crime de responsabilidade é golpe."

Cavalgando de modo oportunista a justiça do espetáculo da Lava Jato, instrumento essencial para a paralisia e afastamento do governo anterior, os novos governantes tentam salvar a pele num pacto de sobrevivência -- inviável sem a entrega de pelos menos alguns gladiadores com outra origem, capazes de dar alguma credibilidade ao circo.    

Em pouco mais de 90 dias Temer foi capaz de produzir uma herança que ameaça o melhor de nossas conquistas -- ainda limitadas, nunca é demais reconhecer. Amplamente rejeitado em dois plebiscitos organizados nos últimos 60 anos, o parlamentarismo está de volta, de contrabando, às  costas do eleitor, que encara o Congresso como endereço do inferno, do pronto para garantir palácios eternos aos amigos e estrelas do golpe, possíveis campeões apenas de voto indireto. Foi o que escancarou, sem o mais leve pudor democrático, o ministro Gilberto Kassab, amigo de todas as horas de José Serra.  

No plano econômico, assistimos ao desmanche de um esforço de crescimento voltado ao mercado interno e a uma tentativa de recuperação de um projeto que, num momento de rara franqueza, um dos mais influentes arquitetos da visão tucana de mundo, o economista André Lara Rezende, foi capaz de anunciar sem maiores rodeios: promover a integração subordinada aos interesses dos grandes patrões do capitalismo global.

Esta orientação explica o apoio a ALCA nos anos de Fernando Henrique Cardoso e, nos primeiros ensaios de governo Temer, a tentativa de entregar a principal joia da família, a Petrobras e a riqueza do pré-Sal. Está na origem da sabotagem ao Mercosul, destinada a abrir os mercados internos da América do Sul para as grandes empresas norte-americanas e seus associados, inviabilizando qualquer tentativa de desenvolvimento autônomo, como os países centrais de hoje puderam atravessar, no momento devido.  Também explica a lei de gastos de Henrique Meirelles, que pretende instituir uma ditadura de crescimento zero e desemprego alto, numa espécie de colonialismo interno em benefício do capital financeiro. A privatização da educação, programa que o governo dos Estados Unidos tentou implantar com ajuda dos generais do golpe de 64, sendo parcialmente derrotado na rua pela luta dos estudantes que fizeram a honra e glória da geração 68, está em alta mais uma vez. Vinte e oito anos depois da Constituição que estabeleceu o SUS, o Ministro da Saúde fala em planos de saúde privada para os pobres -- que irão gastar o dinheiro suado com tubarões que nunca irão entregar aquilo que merecem. Trinta anos depois da quebra do Banco Nacional de Habitação do regime militar, levado a falência, entre outras razões, pelo delírio de construir apartamentos subsidiados para a classe média alta, o Minha Casa Minha Vida abandona as construções voltadas para a população mais pobre.

Contra um ambiente de caos cada vez mais nítido no horizonte, o retorno de Dilma não é um milagre nem a salvação de toda a lavoura. Não há dúvida, porém, que representa a alternativa que permite, em primeiro lugar, preservar a democracia e os direitos fundamentais. Será a derrota do governo pelo medo, esse sistema nem sempre visível na fase inicial, quando as verdades nem sempre ousam dizer o próprio nome -- como Golpe de Estado -- e pouco a pouco liberdades incômodas são afrontadas, a perseguição a lideranças políticas adversárias se torna um jogo utilitário, as medidas de exceção se transformam em regra.

Alguém imagina que desde o início os gregos sabiam tudo o que lhes estava reservado pelo FMI, Banco Central Europeu, União Europeia? Ou os franceses, vítimas de falsos socialistas que sustentam François Hollande? 

Vivemos um período histórico no qual direitos que pareciam assegurados a todos, para nunca mais serem questionados, se encontram sob ameaça constante, em todas as partes do planeta nas quais governos que expressam interesses de 1% de suas respectivas populações tentam impor medidas abertamente prejudiciais aos demais 99%, para empregar a imagem muito apropriada do Prêmio Nobel Joseph Stiglitz. Pela estreitíssima fresta pela qual é possível imaginar um Brasil possível em caso da vitória de Dilma no julgamento que se inicia hoje, enxerga-se um país leal a democracia, que permite a expressão legítima da vontade da maioria e a alternância no poder -- pelas urnas, sempre pelas urnas, apenas por elas. É o caminho natural para a defesa de direitos e preservação de conquistas que se tenta eliminar com a bancada de Eduardo Cunha, aliado número 1 do golpe, nunca é demais lembrar.

A experiência universal ensina que não há última chance para os povos. Sempre haverá oportunidades para lutar e defender seus direitos, como disse a própria Dilma, na noite de ontem, em Brasília, no auditório do Sindicato dos Bancários, num ato público contra o golpe que reuniu lideranças dos principais movimentos sociais. Caso assumam suas responsabilidades perante o país, num gesto de coragem pelo qual não serão obrigados a murmurar palavras humilhantes de arrependimento e pedidos de desculpa, destino inevitável de todos os carrascos das democracias, os senadores ajudarão os brasileiros a livrar-se de um pesadelo que, iniciado há três meses, parece durar há 30 anos.

Transcrito de http://www.brasil247.com/pt/blog/paulomoreiraleite/251621/N%C3%A3o-%C3%A9-f%C3%A1cil-mas-Dilma-precisa-retornar.htm

Editora publica escritores brasileiros ainda desconhecidos

“A voz do patrão ainda reverberava na cabeça de João Meireles ao descer quatro lances de escada e chegar à rua. A notícia dos suicídios era, tipo assim, um ruído, um chiado constante, que parecia sobrepor à trilha sonora perfeita, aquela em que ele vinha morar na praia, independente, com um emprego de poucas horas por dia e muito tempo livre.
(…)
‘Mas não pode ser você’, foi a parte que entendeu do que ela disse, antes de a louca desmaiar, soltando a sacola de onde as maçãs saltaram e se espalharam ao redor dela no chão.”



Locutor de rádio, o João Meire­les, acima citado, é o personagem principal da história “Um gato chamado Borges”, obra de Vilto Reis que foi finalista do Prêmio Sesc de Literatura de 2015. Em seu primeiro dia de trabalho, ele tem de transmitir a nota de falecimento de um suicídio, o que o abala por conta de algo em seu passado. No ir dos dias, ele se dá conta que, na cidadezinha litorânea onde se atracou, suicídios são comuns entre os nativos. João Mei­re­les, então, empreita descobrir a causa e, na jornada, intrigas locais, brigas, misticismos, manipulações e todo um microcosmo próprio envolve a obra de Reis.

“Antes de ser publicitário, eu era leitor” — diz ele. Blumenauense, além da escrita literária e da publicidade, dedica-se ao site Homo Literatus, projeto que nasceu ainda na faculdade, quando quis dar início a algo que o interessasse. Com os inúmeros contatos que fez devido ao site, que conta com escritores espalhados por todos os cantos do país, Reis quis também ser escritor — e foi aí que começou a história de “O Gato”, como tem sido chamada a obra na internet.

— Esses escritores me fizeram perder a vergonha. Li de tudo. Escrevi contos, novelas e romances. Fiz oficinas literárias (com Luiz Ruffato, Marcelino Freire, Maicon Tenfen, entre outros). Reescrevi muito. Joguei grande parte fora. E resolvi publicar, assim, publicar a obra.
Obra esta que será publicada ainda em 2016, pela Editora Nocaute, que tem como slogan “livros pancadas”. Também idealizada por Reis, e pelo paulista de Franca Maik Barbara, a Nocaute teve início em 2015. Foi na Praia dos Ingleses, em Florianópolis (SC). Regado a cerveja, batida de abacaxi e água mineral para os mais lights, o encontro dos colaboradores do Homo Literatus foi também o início da editora que tem como objetivo publicar escritores brasileiros ainda desconhecidos.

— Estávamos batendo um papo, quando alguém perguntou: por que não começamos uma editora? Pensei: esse bebeu demais — mas era o Maik, um dos lights. O pessoal se animou. Quanto mais conversávamos, mais percebíamos que tínhamos os talentos necessários. Editores, revisores, designers, publicitários, marqueteiros, jornalistas, assessores de imprensa, leitores críticos, produtores gráficos, especialistas em e-commerce e logística. E o principal: escritores. Vários. Dali pra frente, o Maik e eu encabeçamos o projeto e fomos definindo aonde queríamos chegar, desde a construção de marca até o perfil editorial e sua causa.

O primeiro projeto da editora, a obra de Reis, será financiado via Catarse, um site para realização de crowdfundings (financiamentos coletivos), no qual o público doa e recebe recompensas, viabilizando a realização da iniciativa. “A internet proporcionou redes de contato que possibilitam e tornam mais acessíveis uma publicação, ainda que envolva outros fatores tal como desembolsar grandes quantias de dinheiro para produção, depois divulgação, distribuição e, principalmente, tempo”, comenta.

— Dado o tamanho da nossa gente, dos brasileiros, temos um número reduzido de leitores. Na mentalidade tradicional das empresas, se um mercado é pequeno, fica difícil arriscar. O medo de errar paralisa inovações. No caso das editoras, torna-se a busca apenas por aquilo que supostamente vai vender — não vejo problema nisso; empresas querem ganhar dinheiro.

Há certo risco em publicar um autor brasileiro contemporâneo, pois os brasileiros lidos geralmente são os clássicos ou não-ficções, mas o Maik e eu acreditamos em ir conversar com as pessoas, apresentar a causa, mostrar os pontos positivos de se ler gente do nosso tempo e por aí vai. Autor tem que escrever, a editora trabalha. Entendemos isso e propomos ser uma editora comercial; ou seja, o autor não paga nada para publicar, ele tem o talento, e isso é o suficiente. O restante é com a gente.

A seleção de novos autores funcionará da seguinte maneira: concursos, antologias, desconhecidos talentosos e escritores que já atuam no Homo Literatus. O site, na verdade, já é um ponto de convergência de agitadores culturais — “os norte-americanos chamariam isso de makers; e pretendemos aproveitar isso”, acrescenta.

— Pense no autor como um rapaz de 18 anos que precisa de um emprego. Ele faz o melhor currículo do mundo, tem conhecimento, vontade, dedicação e qualidade. Depois de um bom tempo procurando, dá de cara apenas com empregos que exigem experiência anterior, pois não querem arriscar ter alguém aprendendo ou, quem sabe, ter o melhor funcionário que jamais terá. É uma via de mão dupla, sempre. Então, ele se pergunta: como ter experiência anterior, se ninguém da oportunidade de “ser o primeiro”? A Nocaute, portanto, quer isso: ser a primeira a ter os melhores que o mercado recusa.

Reis fala, por fim, da reunião no site de escritores, colaboradores espalhados pelo Brasil, que se assemelha a proposta da editora, que é publicar por um mesmo canal talentos literários, país adentro também espalhados. Segundo ele, sempre que perguntam do Homo Literatus, diz que tem sorte por tropeçar nas “pessoas certas” e leva-las para trabalhar consigo.

— Em outubro deste ano, o site completa cinco anos e nós vamos correr para lançar o “Um gato chamado Borges” até lá, mas não conte a ninguém. (risos)

Abaixo, caro leitor, você confere algumas perguntas feita a Vilto Reis e um trecho de sua obra “Um gato chamado Borges”

Conte-nos um pouco mais sobre o seu livro.
“Um gato” é a convergência de muita coisa em minha vida. Escrevi a primeira versão do livro em 22 dias; porém, passei mais de um ano reescrevendo e revisando. É um romance rápido, de capítulos curtos, brincando com a estrutura do romance policial e a metalinguagem. Entre as revisões, produzi uma monografia sobre as teorias narrativas do diretor inglês Alfred Hitchcock. Foi um acréscimo importante às referências, somando-se a Paul Auster, Rubem Fonseca e Haruki Murakami — referências que vejo como principais.

Alguns leitores-beta, incluindo alguns escritores premiados, disseram que o fim do livro deixa o leitor com uma pulga atrás da orelha. Fica um espaço para quem lê completar a narrativa. Não é um final fechado. Considero isso muito bom.

Vocês publicam a obra pela Nocaute. Qual a expectativa?

É a primeira vez que o livro é publicado. Sou uma pessoa que tenta manter os pés no chão. Conheço o mercado e as dificuldades. Mas não posso negar que gostaria de ver o livro nas mãos do máximo de leitores possíveis, além de ouvir o feedback deles, aprender para um próximo livro. Conciliar a Nocaute com tudo isso só me deixa mais realizado.

Qual a sensação de ser finalista de um prêmio literário como o Prêmio Sesc de Literatura? E o que isso significa para um novo autor?

Vejo o Sesc como um selo de qualidade. Para o autor, fica mais claro o valor daquilo que ele está produzindo; já o público-leitor vê uma possibilidade naquele escritor que até então nunca tinha ouvido falar. Precisamos de mais prêmios assim.

Você fala de “uma oportunidade de mostrar ao mercado que há espaço para novas visões”; seria a editora, um novo canal de publicação, que vem do meio online?

O Maik Barbara e eu viemos de outros mercados. Ele, de uma longa experiência com comércio internacional, desenvolvimento gráfico, engenharia de produção e e-commerces. Eu carrego uma visão do mercado publicitário, tendo trabalhado com diferentes produtos e serviços. Nós dois somos escritores de ficção, mas também empreendedores. O mercado literário vem girando da mesma forma há muitos anos. Chegou a hora de descobrirmos se isso acontece por ser a única maneira possível, ou se apenas porque não se tentam coisas diferentes. Estou propenso em acreditar na segunda possibilidade.

Um gato chamado Borges

A voz do patrão ainda reverberava na cabeça de João Meireles ao descer quatro lances de escada e chegar à rua. A notícia dos suicídios era, tipo assim, um ruído, um chiado constante, que parecia sobrepor à trilha sonora perfeita, aquela em que ele vinha morar na praia, independente, com um emprego de poucas horas por dia e muito tempo livre.

Catou no bolso a sequência de ruas que devia tomar, conforme copiado do Google Maps, e seguiu adiante pela Rua do Cascudo. De braços cruzados, tremendo e agarrando a banha que cobria os sovacos, passou por casas mal-acabadas. Algumas mistas, de tábuas de construção e paredes sem reboco. Diante de uma casa coberta de lonas amarelas, um cavalo desamarrado pastava onde deveria ter uma calçada. Avisaram que a cidadezinha no inverno era um cemitério, mas não tomou a expressão como literal. Algumas pessoas, que começava a reconhecer como nativos, aparentavam ser mutantes doentes. Magros, sujos, morenos, nem sempre com cabelos pixains, vestidos em restos de malha ou jeans retalhados.

Dobrou a esquina, tomando a Rua da Pescada. Refletiu sobre seu desempenho neste primeiro dia de trabalho. Claro, estava um pouco nervoso no começo, mas logo ficou de boa e no balanço do reggae foi seguindo com a programação, imaginando uma pessoa em sua frente no estúdio, com quem conduzia uma conversa e coisa e tal. Este estilo de locução sempre o fascinou, desde os tempos em que no chão de casa, ainda pequeno, brincava com lego enquanto o pai sentado no sofá ouvia rádio e o observava. Bateu até aquela saudade desgraçada, a ausência que nem esse frio filho da puta fazia esquecer. Porém, se animou um pouco ao lembrar da playlist tocada na Maresia. Gente como Natiruts, The Wailers, Steel Pulse, Ponto de Equilíbrio, Chimarruts e SOJA. Bem melhor do que as músicas que ouviu no dia anterior. Ao dormir no Motel do Marujo, ligou o rádio e sintonizou na Maresia. Acabou descobrindo que à noite a rádio local se integrava a uma cadeia maior, da qual fazia parte, e tocava uma programação de fora.

Ao entrar na Rua Gonzaga Faria, viu uma placa apontando o Mercadinho do Afonso. Perfeito, se alugasse o porão de Dona Bergamaschi, estaria a duas quadras do mercado. Comida não seria problema. Aliás, muito brusco perguntar à mulher sobre o negócio dos suicídios logo de cara? Bem, poderia entrar no assunto questionando se ela ouviu sua primeira transmissão. Boa ideia.

Caminhava com essa possibilidade em mente quando uma moça, saindo do mercado e vindo em sua direção, parou do nada em sua frente. Estava com cara de assustada, branquelona. Os olhinhos pequenos dela se arregalaram.

“Mas não pode ser você”, foi a parte que entendeu do que ela disse, antes de a louca desmaiar, soltando a sacola de onde as maçãs saltaram e se espalharam ao redor dela no chão.

Transcrito de Yago Rodrigues Alvim - Jornal Opção - 23/07/2016

Conto resgata os primórdios da escrita de J. R. R. Tolkien

O hobby de J.R.R. Tolkien era criar idiomas. Conhecido pelo seu dinamismo como professor em Oxford, o linguista tinha como especialidades inglês e nórdico antigo, estudou grego, latim, finlandês e, não satisfeito, brincava com sons, letras e formas para fundar novas línguas, passatempo que serviu como base para criar um verdadeiro universo.



Hoje, mesmo depois de mais de 40 anos da morte do escritor da épica trilogia O Senhor dos Anéis, ainda são encontrados novos escritos. Nas tramas, mais do que uma estética característica, Tolkien desenvolve um mundo, com direito a fauna, flora e, é claro, idiomas específicos.

As habilidades criativas do escritor, muito antes de O Hobbit, de 1937, e O Senhor dos Anéis, da década de 1950, foram experimentadas no conto A História de Kullervo, adaptado por ele da mitologia finlandesa no ano de 1914.

Organizado e com comentários de Verlyn Flieger e traduzida por Ronald Kyrmse, a obra é lançamento da editora Wmf Martins Fontes, mesma responsável pela publicação dos demais livros do autor no Brasil, e apresenta um de seus personagens mais trágicos.

Primeiro conto

O cenário de A História de Kullervo não se relaciona com a mitologia pela qual J.R.R. Tolkien se consagrou. “É uma reescrita de uma lenda finlandesa. Praticamente a primeira ficção grande que escreveu”, explica Ronald Kyrmse, tradutor desta e das demais publicações relacionadas ao autor no Brasil.

A trama gira em torno de um protagonista, o Kullervo, órfão e com a vida marcada por tragédias – seu tio assassinou o pai, foi escravizado e, sem saber, praticou incesto.

A obra, segundo Kyrmse, foi uma escola para que ele desenvolvesse estilo próprio. De fato, o Kullervo de Tolkien serviu como base para o também infeliz Túrin Turambar, personagem de Os Filhos de Húrin.

A nova edição de A História de Kullervo traz uma completude maior em relação às anteriores graças às observações de Verlyn Fliger e das notas de tradução do próprio Kyrmse, que guiam o leitor pelos dramas do conto. O que fica, para além do problemático protagonista, é um quê da estética fantástica do autor.

Mitologia tolkieniana

Nascido na África do Sul e criado na Inglaterra, Tolkien fincou sua marca na literatura fantástica. “Ele deve ter sido o primeiro autor de fantasia que criou um mundo tão complexo. Costumo dizer que atentou para muitos detalhes: os povos, idiomas, geografia, clima. Tem milênios de histórias contadas por ele nas suas várias obras”, esclarece Kyrmse.

O trabalho de John Ronald Reuel Tolkien vai muito além da trilogia O Senhor dos Anéis. A dimensão das suas criações alcançou a esfera de mais de 30 idiomas, e até seus rascunhos foram transformados em obras após sua morte.

“A dedicação de uma vida toda”, lembra Kyrmse, que conheceu os escritos de Tolkien na década de 1980, quando ainda não havia edições brasileiras para os livros e, posteriormente, foi convidado pela editora a atuar como consultor e tradutor dos livros. “Muita gente que escreveu ficção fantástica depois dele bebeu nessa fonte do Tolkien”.

“Tolkien criou toda uma família de línguas élficas, cada uma com a sua característica especial”, reflete o tradutor. Segundo ele, O Senhor dos Anéis foi escrito para que os elfos tivessem um ambiente no qual falar seu idioma.

O conhecimento de Kyrmse sobre o universo do escritor – gerado depois de dezenas de leituras – resultou no seu próprio livro, Explicando Tolkien (Wmf Martins Fontes, 2003), em que ele esclarece dúvidas comuns sobre o universo mitológico da Terra-Média.

Transcrito de Debora Rezende - A Tarde - 16/07/2016

Livros são ponto de partida para abordar temas delicados com crianças

Por que não me pareço com meus pais? Para onde foi o meu avô? De onde vem os bebês? Essas são algumas perguntas que podem rondar o imaginário infantil. E os livros e as histórias são bons aliados no momento de falar sobre temas delicados com os pequenos, como adoção, separação, morte, sexo e sexualidade.



Foi assim na casa da jornalista Luciana Neves. Mãe do coração do sorridente Marcelo, de 3 anos – que chegou na família aos 6 dias de vida –, ela criou uma história na qual aborda o tema adoção e passou a contá-la ao filho toda noite, antes de ele dormir. “Comecei quando ele tinha dois anos. Até que um dia ele perguntou se o menino da história era ele e se a moça era eu. E me deu um abraço”, conta emocionada.

Para não deixar essa fábula da vida real se perder no tempo, a jornalista lança, hoje, o livro “O Menino que Morava na Nuvem” (Editora Ramalhete). “A cada dia aumentava um elemento na história. Sei que ela não termina aqui. Com o tempo vou incrementando e respondendo as dúvidas dele, quando elas surgirem”, considera.

Pesquisa

Antes de publicar o livro, Luciana foi a livrarias e bibliotecas para pesquisar títulos infantis que falassem do tema. “Alguns deles são extensos e não chegam no assunto. Isso me incentivou a lançar esse livro. Além de ser uma homenagem ao Marcelo”, conta.

Luciana acredita que o livro dela pode ajudar outras pessoas a lidar com a questão. “A partir dele a pessoa pode adaptar a história colocando elementos da própria família. Ele é um apoio”, avalia. Para ela, o mais importante é ser com amor. “Muitas vezes o próprio adulto tem dificuldade de falar. Demonstrar o quanto a criança é desejada pela família torna o momento mais fácil”, garante.

Na hora de finalizar o livro, Luciana adicionou alguns elementos, para ela, importantes a serem discutidos. “A questão do Juizado (da Infância e da Juventude) e de qual barriga ele veio são pontos que incluí na história, pois eles existem”, elucida.

A publicação acabou envolvendo a família toda, uma vez que a ilustração feita com massinha de modelar foi criada por seu cunhado, o arte-educador Flávio de Souza. E as fotos foram produzidas pelo marido Rivelino Moreira.


‘Complicamos o que é simples e simplificamos o que tem complexidade’

A literatura sempre abordou temas do universo infantil. Desde os assuntos considerados mais simples como no livro “O Que Tem Dentro da Sua Fralda?”, que traz a temática “desfralde”. Até a questão da finitude do ser humano na obra “Virando Estrela”, que fala sobre perda e superação. “Com os livros conseguimos compreender no terreno simbólico o que não conseguimos enfrentar na realidade. No caso da criança, gera reconhecimento. E isso aponta caminhos”, explica a psicoterapeuta Aline de Melo.

O livro pode funcionar como um ensaio da realidade. “Não estamos vivendo a situação daquela forma, mas a obra convida a chegar perto do tema”, comenta a especialista. Segundo Aline, a partir dos 7 anos, quando a fantasia não dá conta de responder a todas as perguntas, a criança pode entrar em crises existenciais e angústias. “Mas os livros continuam sendo indicados, o que muda é a linguagem, que vai sair do terreno lúdico”, afirma.

Sem blá-blá-blá

Para a psicóloga e escritora Rosely Sayão, que recentemente lançou o livro “Educação Sem Blá-blá-blá”, complicamos o que é simples e simplificamos o que tem complexidade. Outro problema, acrescenta, é que estamos sempre tentando evitar o sofrimento. “Não queremos que as crianças[AS CRIANÇAS] sofram, como se fosse possível evitar que isso aconteça. Mas muitas vezes as experiências negativas são algo muito benéfico”, explica Rosely, que trata em seu livro de temas como ciúme de irmão, indagações existenciais, sexualidade, entre outros.

Para ela, o importante é a forma de mediar esses sentimentos. “Nesse momento entram livros e até filmes, pois são um ponto de partida para conversar sobre os temas”, considera.

O importante é existir abertura entre pais e filhos. “Temos que sair da ilusão de poupar crianças de assuntos difíceis, pois eles vão chegar, independente de o adulto intermediar”, assegura. “O melhor é conversar aos poucos, de acordo com o que cada idade consegue assimilar”, acrescenta. (V.P)

Entrevista Frei Betto: ‘É preciso vivenciar o rito de passagem’

A morte, muitas vezes, é um tema evitado pelos próprios adultos. Para tornar a questão menos pesada para os pequenos, o escritor Frei Betto lançou, em 2014, o livro “Começo, Meio e Fim” (Rocco). De uma forma delicada, o autor conta a história de uma garotinha que gosta de comparar pessoas e coisas a doces. Assim, por exemplo, o semblante de seu pai é de maçã caramelada e domingo tem cara de algodão-doce. Em um domingo ela percebe que as feições de seus avós estavam mais para farinha crua do que para chocolate. Ela descobre que o avô está doente, e ele inicia uma explicação sobre a existência e finitude das coisas.

Qual foi sua motivação para tratar de um tema tão delicado e pouco explorado no universo infantil?

Justamente por ser um tema pouco abordado no universo infantil é que decidi escrever “Começo, Meio e Fim”. Pais e parentes cometem o erro de não levar a criança ao velório da avó, do avô, de uma pessoa por quem ela nutre afeto. Fica um vazio, como se a pessoa tivesse sido abduzida. É preciso vivenciar o rito de passagem.

A literatura é um aliado das crianças para que possam lidar com sensações negativas?

Sim, a literatura é fundamental na formação psíquica da pessoa desde o útero materno. Deve-se ler muito para o bebê, de modo a favorecer a formação de sua síntese cognitiva e ensiná-lo a lidar com sensações, emoções, surpresas, frustrações etc. Por isso escrevi também, para crianças, “A Menina e o Elefante”, sobre o direito à diferença; “Fogãozinho” e “Saborosa Viagem pelo Brasil”, dois livros sobre culinária visando a estimular a criança a aprender a cozinhar e ter uma alimentação saudável; e “Maricota e o Mundo das Letras”, para introduzir a criança no reino do alfabeto. Há um outro, “Uala, o Amor”, sobre a questão ambiental. A história de amor entre um índio e um rio.

Quando se deu conta da finitude do ser humano? Como lidou com essa questão na época?

Quando morreu minha tia Diva, aos 18 anos, de pneumonia. Eu tinha quatro. O velório foi na sala da casa de meu avô. Pedi um banquinho para subir e ver o corpo dentro do caixão. Ali me veio o impacto da finitude.

Transcrito de Vanessa Perroni - Hoje em Dia - 16/07/2016

França facilita a publicação de obras de língua francesa no Brasil

Em 27 anos, os Programas de Apoio à Publicação (PAP) do governo francês já viabilizaram a tradução e a publicação de mais de 20 mil títulos de autores franceses e francófonos em mais de 75 países.



No Brasil, os programas são feitos em duas modalidades: o PAP Cessão, que dá apoio à cessão de direitos autorais de obras francesas no Brasil e o PAP Carlos Drummond de Andrade, que dá apoio à tradução e impressão de obras francesas no Brasil. Este último está com inscrições abertas até o próximo dia 14 de agosto. Para se candidatar, os interessados devem enviar um dossiê para o Escritório do Livro do Consulado Geral da França no Rio de Janeiro aos cuidados de Madeleine Deschamps (madeleine.deschamps@diplomatie.gouv.fr) ou Alice Toulemond (alice.toulemonde@diplomatie.gouv.fr).

O dossiê deve conter uma carta de pedido oficial do editor brasileiro, apresentando os argumentos que legitimem o apoio; catálogo da editora em PDF; orçamento referente aos custos de produção do livro; curriculum vitae do tradutor; cópia do contrato de cessão de direitos negociada com o editor francês; resumo do livro e um exemplar do livro francês original físico e em PDF. Os resultados serão divulgados em outubro. Mais informações, acesse o site do consulado.

Transcrito de Publishnews - 20/07/2016

Veja os livros recomendados pelos professores da Harvard Business School

Em boa parte do hemisfério norte, como nos EUA, junho marca o fim do ano escolar. Alunos e professores aproveitam então as férias de verão, que só terminam em meados de setembro. Anualmente, a Harvard Business School pergunta a alguns de seus acadêmicos quais livros eles escolheram para relaxar. E como mesmo nas férias Harvard ainda é Harvard, não espere um bestseller qualquer.



O Na Prática traduziu a lista, que está disponível a seguir. Alguns dos títulos citados – dos autores Toni Morrison, Paul Theroux e Amartya Sen – estão disponíveis também em português.

1. Elizabeth Alexander, Toni Morrison e Peter Frankopan

“The Light of the World: A Memoir”, de Elizabeth Alexander, é a escolha do professor de marketing Rohit Deshpande. “Gosto muito de sua poesia. O livro é uma história de amor sobre sua vida com seu marido, que era um pintor”, escreve ele.

Em seguida, Deshpande pretende reler “Amada”, inspirado por uma palestra recente da autora Toni Morrison, vencedora do Nobel de Literatura, e terminar com “The Silk Roads: A New History of the World”, de Peter Frankopan, que trata da importância da lendária rota da seda nos dias de hoje.

2. Karl Ove Knausgård, Jon Wertheim & Sam Sommers e Dan Wegner & Kurt Gray

Professor titular de administração de empresas, Michael Norton foi conciso em suas explicações. “São três livros muito diferentes, mas cada um tem insights surpreendentes sobre a psicologia e o comportamento humanos”, diz. As obras são: o quinto volume da série Minha Luta, de Karl Ove Knausgård; This is Your Brain on Sports, de Jon Wertheim e Sam Sommers; e The Mind Club, de Dan Wegner and Kurt Gray.

3. Kim Stanley Robinson e Amartya Sen

Também professor de administração de empresas, Matthew Weinzierl escolheu temas diferenciados. O primeiro é a trilogia “Red Mars/Green Mars/Blue Mars”, de Kim Stanley Robinson. “Para quem está animado com os planos de Elon Musk para a colonização de Marte, são fantasias sofisticadas sobre como isso pode ser a curto e a longo prazo”, diz. Outro autor criativo é Amartya Sen. Seu “A Ideia de Justiça” é descrito por Weinzierl como “uma obra-prima de um das economistas filosóficos mais importantes de todos os tempos”.

4. Parag Khanna e Paul Theroux

John Macomber, professor convidado de administração de empresas, escolheu dois títulos de não-ficção. O primeiro é “Connectography”, de Parag Khanna, um pensador global. “O trabalho desenvolve a premissa de que as conexões físicas, econômicas e culturais entre cidades são mais importantes que as fronteiras nacionais tradicionais – ou as conexões digitais efêmeras”, explica, destacando a apresentação visual de mapas e dados. “Devido ao recente voto do Brexit e às eleições americanas que vem por aí, a ideia que conexões determinam o futuro – e que as fronteiras determinaram o passado – também ajuda a começar uma conversa, pelo menos.”

A outra escolha é “O Safári da Estrela Negra”, do escritor de viagens Paul Theroux. Trata-se de sua jornada de Cairo a Cidade do Cabo, feita por terra e por meio de transporte público. “A rota inclui não só Egito como Somália, Sudão do Sul, a República Democrática do Congo e mais. Esse evocativo relato de fato abre os olhos.”

5. Robert Wachter e Joshua Angrist & Jörn-Steffen Pischke

Ariel Stern, professora de administração de empresas, escolheu “The Digital Doctor: Hope, Hype, and Harm at the Dawn of Medicine’s Computer Age”, de Robert Wachter, que trata da complexidade e do potencial na área de saúde no século 21. Outro título da lista é “Mastering ‘Metrics: The Path from Cause to Effect”, de Joshua Angrist e Jörn-Steffen Pischke.

Transcrito de Época Negócios - 18/07/2016

Vestibular: dicas para estudar os livros obrigatórios

As leituras obrigatórias ainda são um desafio para estudantes que desejam ingressar em universidades. Presentes nas provas de Português ou Literatura, as questões sobre obras literárias podem garantir pontos preciosos para os candidatos.



Acontece que a leitura dos clássicos exige uma reflexão muito grande e, para tornar essa experiência mais proveitosa possível, o UOL Vestibular separou algumas dicas de como ler um livro! Confira:

1. Entenda o que a prova vai cobrar em relação às obras

De acordo com especialistas, antes de ler os livros para o vestibular, é preciso entender o que cada universidade cobra em relação às obras. Neste sentido, o segredo é tentar verificar um histórico das questões relacionadas às leituras obrigatórias em cada uma delas.

2. Consulte a lista de leituras obrigatórias o mais rápido possível

Como a lista de leituras obrigatórias não pode ser consumida de um dia para outro, vale a pena ficar atento para conseguir a informação do que é preciso ler o mais rápido possível.

– Confira a lista da Fuvest.

3. Antes de ler, entenda o contexto histórico das obras clássicas

Normalmente, as obras que são pedidas no vestibular representam um período histórico da Literatura. Por isso, é bom estar antenado nas características de cada fase marcada no livro. Para ler as obras, procure entender um pouco sobre o que cada escola literária representa. Procure saber, também, como era o país na época e como era a linguagem no período em que o livro foi escrito. Pontue na obra, trechos que possam representar essas características.

4. Procure ler as obras em ritmo lento e constante

Ler os livros para o vestibular em um ritmo muito rápido pode fazer com que pontos importantes passem batidos. A recomendação é que as leituras sejam feitas de forma lenta e que as leituras obrigatórias sejam alternadas com outros livros. Verifique quanto tempo você tem até as provas e encaixe as leituras no seu plano de estudos diários.

5. Ler apenas o resumo não adianta, fazer um resumo sim

Um dos maiores erros de quem tenta ter sucesso com as leituras obrigatórias é ler apenas os resumos. Muito do que é cobrado nas provas está relacionado a questões linguísticas e estilísticas dos autores e tudo isso é perdido nos resumos. Se ler um resumo não é eficaz, preparar o seu pode te ajudar ainda mais a entender e a relembrar a obra que leu. Isso é útil principalmente nos últimos dias de estudo para o vestibular.

6. Filmes podem ser bons complementos para obras

Ver um filme no lugar de ler um livro não é recomendado. Porém, assistir a adaptações de obras pode ajudar o estudante a entender melhor o enredo, que muitas vezes acaba sendo rebuscado.

Transcrito de Portal do Governo do Estado de São Paulo - 18/07/2016

Programa de intercâmbio da Biblioteca Nacional está com inscrições abertas

O Programa de Intercâmbio de Autores Brasileiros no Exterior da Fundação Biblioteca Nacional (FBN) está com as inscrições abertas até 5 de setembro. A iniciativa é destinada a editoras estrangeiras que tenham publicado obras de autores brasileiros ou já adquirido os direitos para publicação e desejam promover a participação desses autores em eventos literários internacionais.

Também podem participar deste edital, instituições culturais estrangeiras que desejam organizar atividades literárias com autores brasileiros ou convidar autores brasileiros para períodos de residência no exterior. Tais eventos deverão estar programados para ter início entre 20 de outubro e 31 de dezembro deste ano. Para participar os autores deverão ter publicado no Brasil ao menos um livro nas áreas de Literatura e Humanidades. Clique aqui para ver o edital.

Transcrito de Publishnews - 20/07/2016

Ler ficção nos torna mais empáticos

Ler ficção fomenta a empatia. Os leitores podem formar ideias sobre as emoções, as motivações e os pensamentos dos outros. E transferir essas experiências para a vida real. É o que afirma Keith Oatley, psicólogo e romancista, em uma revisão de um estudo sobre os benefícios da leitura para a imaginação, publicado nesta terça-feira na Trends in Cognitive Sciences.



Nessa nova pesquisa são apresentados fundamentalmente dois estudos que embasam a tese de Oatley. No primeiro deles se pedia a vários participantes que imaginassem uma cena a partir de frases sucintas, tais como “um tapete azul escuro” ou “um lápis de listras laranjas”, enquanto permaneciam conectados a um aparelho de ressonância magnética. A cena que deveriam imaginar, com base nas pistas que lhes iam sendo dadas, era a de uma pessoa que ajuda uma outra cujo lápis caiu no chão.

Oatley explica que depois de os participantes escutarem apenas três frases tiveram uma maior ativação do hipocampo, uma região do cérebro associada com a aprendizagem e a memória. “Os escritores não precisam descrever cenários de modo exaustivo, só têm de sugerir uma cena e a imaginação do leitor fará o resto”, acrescenta.

A teoria de Oatley, que é professor emérito de psicologia aplicada e desenvolvimento humano na Universidade de Toronto, se baseia em que a ficção simula uma espécie de mundo social que provoca compreensão e empatia no leitor. “Quando lemos ficção nos tornamos mais aptos a compreender as pessoas e suas intenções”, explica o pesquisador. Essa resposta também é encontrada nas pessoas que veem histórias de ficção na televisão ou jogam videogame com uma narrativa em primeira pessoa. O que é comum a todas as modalidades de ficção é a compreensão das características que atribuímos aos personagens, segundo Oatley.

O outro experimento incluído na revisão do estudo consistia em que os participantes tinham de adivinhar o que outras pessoas estavam pensando ou sentindo, a partir de fotografias dos olhos delas. Para isso podiam escolher entre quatro termos que descreviam estados de ânimo, por exemplo, reflexivo ou impaciente. A conclusão foi que as respostas dos leitores de ficção deram lugar a termos mais aproximados que as dos leitores de ensaios e livros de não ficção.

Além desses estudos realizados por Oatley, o psicólogo também apresenta outras pesquisas que endossam suas conclusões, como uma realizada por Frank Hakemulder, pesquisador de língua e literatura no Institute for Cultural Inquiri (ICON), da Universidade Utrecht. Hakemulder afirma que a complexidade dos personagens literários ajuda os leitores a terem ideias mais sofisticadas acerca das emoções dos outros.

Todos esses experimentos se inserem em um momento de crescente interesse pelos estudos sobre as imagens do cérebro. Há alguns anos, em 2009, quando o mesmo autor publicou o primeiro estudo sobre a questão, não havia tanta disposição e expectativa em relação a esses temas. A guinada da comunidade científica na direção desse tipo de pesquisa é algo que se produziu nos últimos anos. “Os pesquisadores estão reconhecendo agora que na imaginação há algo importante a estudar”, diz Oatley.

A característica mais importante do ser humano é a sociabilidade, afirma Oatley. “O que nos diferencia é que nós, humanos, nos socializamos com outras pessoas de uma forma que não está programada pelo instinto, como é o caso dos animais”, explica o psicólogo, para quem a ficção pode ampliar a experiência social e ajudar a entendê-la.

Transcrito de Marya González Nieto - EL País - 19/07/2016

Barueri abre inscrições para Prêmio de Literatura 2016

A Prefeitura de Barueri, por intermédio da Secretaria de Cultura e Turismo, realiza mais uma edição do Prêmio Barueri de Literatura, cujo objetivo é revelar novos talentos, promover o entusiasmo pela escrita e valorizar os interessados para ingressarem na carreira literária.



As inscrições começam no dia 25 de julho e vão até 30 de setembro. No dia 7 de novembro acontece a divulgação dos trabalhos vencedores.

O prêmio privilegia as modalidades Conto e Poesia nas categorias: infantojuvenil residente, maiores de 18 anos residente e a categoria não residente. Cada autor poderá participar com apenas uma obra em cada modalidade. Classificam-se na categoria infantojuvenil aqueles que tiverem de 13 a 17 anos, 11 meses e 29 dias completados até a data da inscrição e que sejam moradores de Barueri.

Neste ano a premiação será diferenciada por categoria. O primeiro colocado na categoria infantojuvenil, seja em conto ou poesia, receberá prêmio de R$ 2 mil, publicação da obra e 50 exemplares da publicação. O primeiro colocado na categoria acima de 18 anos residente em Barueri, receberá prêmio de R$ 4 mil, publicação da obra e 50 exemplares da publicação. Na modalidade não residente, a premiação será de R$ 3 mil, publicação da obra e 50 exemplares da publicação.

Os segundos e terceiros lugares de cada modalidade receberão troféu, publicação da obra e 50 exemplares da publicação cada um. Os quartos e quintos colocados receberão certificados de Menção Honrosa.

Inscrição

A inscrição será efetivada a partir do recebimento dos trabalhos e documentos: um envelope identificado externamente com os dizeres “Prêmio Barueri de Literatura 2016”, Poesia ou Conto, contendo três vias da obra com título e o pseudônimo (obrigatório) do autor, uma cópia gravada em CD-R, em formato TXT ou PDF.

A ficha de inscrição estará disponível no site da prefeitura www.barueri.sp.gov.br ou deverá ser solicitada pelo e-mail: biblioteca.adm@barueri.sp.gov.br. Os inscritos deverão apresentar cópias do RG, do CPF e comprovante de endereço. Para os residentes, basta informar o número do Cartão Barueri.

No caso de menor de 18 anos, no ato da inscrição, deverão ser entregues os dados do representante legal (nome, endereço, telefone, número do RG, número do CPF e e-mail).

O regulamento completo do Prêmio Barueri de Literatura está no site www.barueri.sp.gov.br junto à ficha de inscrição. Ele também pode ser solicitado pelo e-mail: biblioteca.adm@barueri.sp.gov.br

Serviço

Prêmio Barueri de Literatura 2016
Modalidades: Conto ou Poesia
Categorias:
- Infantojuvenil residente (13 a 17 anos, 11 meses e 29 dias completados até a data da inscrição)
- Acima de 18 anos residente
- Não residente

Ficha de inscrição: www.barueri.sp.gov.br ou solicitada para o e-mail biblioteca.adm@barueri.sp.gov.br

Mais informações:
Secretaria de Cultura e Turismo
Tel. 11 4199-1600

Transcrito de http://www.barueri.sp.gov.br

Apaixonada por livros, menina monta biblioteca comunitária dentro de casa

Aos 11 anos, uma estudante de Monte Aprazível (SP) já leu mais de 300 livros e criou uma biblioteca comunitária dentro de casa. Os livros são catalogados por temas e idade. Alexssandra Borges Alves é um exemplo de dedicação e força de vontade, além de ser uma grande incentivadora da leitura.



Todas as crianças do bairro Copacabana, onde mora, têm acesso aos livros. Em princípio, as obras dividem espaço com o tanque e a máquina de lavar, mas ficam à disposição para quem deseja ler. “Quando eu tinha 3 anos, minha mãe me incentivava a ler. A minha mãe pegava um livro e começou me dar. Eu começava a rabiscar, a pintar, mas quando eu comecei a ler surgiu essa ideia de que eu não conseguia mais parar de ler. Fiquei com paixão pelos livros”, conta.

Muitos livros, que poderiam estar esquecidos, foram doados para a biblioteca, que aproxima alguns moradores da leitura. “A única biblioteca que tem em Monte Aprazível fica no Centro Municipal, que fica muito longe. Para quem mora para esses lados, ir até a biblioteca dela é mais fácil”, diz Maria Eduardo Lombarde de Oliveira, de 10 anos.

A professora de Alexssandra, Elaine Aparecida Balsamão, diz que ela chamou a atenção por gostar de ler. “Só tenho coisas boas para falar dela. É uma menina dedicada. Ela vai crescer muito, vai crescer muito na vida”, acredita.

Um dos colegas de classe da estudante, Emanuel Átila da Silva, de 11 anos, afirma que aprendeu muito com a amiga. “Muita coisa que eu aprendi com ela foi bom para mim hoje. Desde quando a conheci, ela fez muita coisa boa pra mim.”

Alexssandra organiza toda a retirada e a devolução de cada exemplar pelo computador, que também ganhou. Se alguém não devolver na data certa, ela vai de bicicleta até a casa da pessoa para saber o motivo do atraso. Para a mãe dela, Diene Borges Alves, saber ler traz conquistas.

“É uma coisa que ninguém tira de você. É o aprendizado. Falar de uma filha assim é muito emocionante, É um orgulho”, diz.”Quero incentivar as pessoas a ler. Quem não gosta de ler pode começar a ler um pouqinho porque é muito legal. Ler traz bastante esperança. Se você está triste, fica alegre. Depende dos livros”, afirma.

Transcrito de Tribuna Hoje - 17/07/2016

Autor de Porto Velho pede ajuda para fazer capa de livro

O livro "Mormaço", do autor Elizeu Braga, será pré-lançado na noite desta sexta-feira (22), em Porto Velho. O escritor faz o pré-lançamento com uma proposta diferente: pedir que o público ajude no processo de produção da capa do livro. O evento será realizado na casa de leitura Arigóca. A programação conta ainda com uma roda de conversa sobre produção independente e exposição de xilogravuras de Seone Brito. O evento começa às 19h, com entrada gratuita.



De acordo com escritor, 'Mormaço' é um projeto que reúne poemas que tem a cidade de Porto Velho como tema. Pessoas contam como se sentem com o sol da cidade na pele entre outros assuntos. Para o autor, sua fonte de pesquisa é a memória do coletivo.

Elizeu disse ainda que, o objetivo do livro é fazer uma crítica às formas de exploração da região, mas acima de tudo retratar a força da cidade. "São poemas voltados para a cidade, para as pessoas, para o rio e a nossa cultura", afirmou o autor.

A artista visual Seone Brito foi responsável pela ilustração do livro, já a parte gráfica foi elaborada por Edson Arcanjo e Cida Louzada. A artista fará uma exposição de xilogravuras durante o evento.

Ajuda do público

Durante o pré-lançamento, o público presente poderá participar da oficina de produção da capa e amarração do livro, escolhendo detalhes do exemplar que pode ser adquirido no local, por R$ 30.

Autor e convidados realizarão ainda um bate papo sobre produção independente. O evento inicia ás 19h, na Casa de Leitura Arigóca, na rua Major Amarante, nº 995, bairro Arigolândia. Mais informações (69) 9358.2663 ou (69) 8419.8410. O evento será encerrado dia 27 de abril.

Arigóca

A renda da venda do livro será revertida para manutenção da Casa de Leitura, que atua de forma independente, promovendo atividades de incentivo à leitura e valorização da memória coletiva da cidade. A casa funciona de forma colaborativa, sempre com atividades abertas ao público em geral.

Transcrito de G1 - 22/04/2016

Torelli: livro é item necessário de conhecimento e entretenimento

A 24ª edição da Bienal do Livro começa no dia 26 de agosto. Mas, a quatro meses da sua realização, o evento já está com 95% das áreas comerciais vendidas.



Apesar da crise, Luis Antonio Torelli, presidente da Câmara Brasileira do Livro, a entidade que organiza a Bienal, vê o momento do país com otimismo. Segundo ele, a produção literária no Brasil vem crescendo. Ele afirma que o livro continua sendo um item necessário, tanto para o setor de conhecimento quanto entretenimento, e vê com entusiasmo o espaço que ganharam autores de literatura infanto-juvenil e jovem, como John Green, assim como o movimento do mundo digital para a literatura, como fez a youtuber Kéfera. “Este movimento jovem faz com que o hábito da leitura comece desde cedo”, diz.

Considerando a mesma relação de tempo para o evento acontecer, qual porcentagem do espaço já havia sido vendida na última Bienal?

Seguimos com a média de porcentagem do mesmo período de 2014, com cerca de 95% de espaço vendido. Com o crescimento significativo de 186% no faturamento dos expositores em 2014, além de mantermos grandes nomes parceiros, como Saraiva e Sextante, por exemplo, ainda estamos conquistando novos expositores como a Livraria Leitura e Editora Aleph. Além disso, também estamos iniciando novas parcerias com patrocinadores como o Itaú, que passa a apresentar a Bienal do Livro, e BIC, responsável pelo espaço Maurício de Sousa.

Quantos autores nacionais e internacionais já estão confirmados? Quantos países estarão representados?

Estamos em período de convite para autores nacionais e internacionais participarem da Bienal Internacional do Livro de São Paulo. O que podemos adiantar é que já estamos em contato com autores consagrados dos Estados Unidos e da Irlanda e a proposta é trazer nomes que agradem a todos os perfis de público, desde figuras da literatura infanto-juvenil a best sellers que conversam com o público adulto. A Bienal do Livro se tornou um ponto de encontro e a oportunidade de muitos fãs se encontrarem com seus ídolos e essa magia não deve ser perdida.

A expectativa é superar o número de visitantes da última Bienal?

Na última edição tivemos um número bem representativo de visitantes. Foram 720 mil pessoas nos dez dias de Bienal. Teremos o mesmo período de evento, e a nossa expectativa é de manter este percentual alinhado com o mesmo número da última edição.

Haverá aumento no número de horas da programação?

Manteremos o mesmo número de horas de programação realizado em 2014, levando em conta quantidade de dias (10) e horário de abertura e fechamento do evento. Sobre horas de programação cultural, ainda estamos em fase de definição da agenda.

A organização vê o momento atual do mercado editorial com otimismo?

Observamos o setor com otimismo. A produção literária no Brasil vem crescendo. Segundo a última pesquisa FIPE (2014), realizada anualmente pela Câmara Brasileira do Livro, tivemos um crescimento de 0,92% no faturamento total do mercado. Pelo último levantamento do Instituto Pró-livro e IBGE, realizado em 2011, 50% da população brasileira tem o hábito da leitura, com, em média, leitura de quatro livros por ano. Além disso, estamos em uma nova fase, onde cada vez mais os jovens se tornam leitores. Podemos ver isso com os grandes autores de literatura infanto-juvenil e jovem adulto ganhando destaque, como John Green, Cassandra Clare, Kiera Cass, entre outros. Além dos nomes internacionais, também podemos citar o movimento do mundo digital para a literatura, com exemplos de sucesso como os youtubers Kéfera e o Christian Figueiredo. Este movimento jovem faz com que o hábito da leitura comece desde cedo.

No momento da crise econômica forte, as pessoas deixam de comprar livros?

O livro é um item essencial no dia-a-dia das pessoas. É o tipo de artigo que você compra para benefício próprio, para presentear as pessoas, para ganhar conhecimento e, se comparado a outros itens, tem um custo benefício excelente. Além disso, hoje existem as opções físicas e digitais, abrindo ainda mais o leque. Por isso, embora o país viva um momento econômico delicado, o livro continua sendo um item necessário, tanto para o setor de conhecimento quanto entretenimento.

Qual será o maior foco da Bienal deste ano?

A Bienal do Livro quer trazer 10 dias de evento com muita cultura, livros, presença de autores e uma programação pensada para cada um dos nossos públicos. Com o tema “Histórias em todos os sentidos”, teremos uma Bienal do Livro para perfis mais cult, com a programação no Salão de Ideias; para os que gostam de gastronomia, o Cozinhando com Palavras; para as crianças, com o espaço infantil do Maurício de Sousa, e por aí vai. Claro, somos uma vitrine consagrada para expositores e marcas, mas a Bienal do Livro é muito mais que um local para compra de livros, é um evento multicultural que celebra a leitura.

Transcrito de Barbara Bigarelli - Época Negócios - 22/04/2016

Policiais não 'leem' protesto inteligente


Dorso dos livros na escadaria


sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Press Release 058 – 19 de agosto de 2016

Editorial
   Em breve, o Jornal UFT Araguaína http://bit.ly/2bCBDEa

TV Leituras
   Professor cobra mais leitura nas escolas http://bit.ly/2blOjQV

Artigos
   Estudo identifica Língua Portuguesa como “Idioma para o futuro” no Reino Unido http://bit.ly/2bHeanV

Poesia
   A poesia (já) morta http://bit.ly/2b5XPYI

Notícias
   Ziraldo ilustra reedição de 'Os saltimbancos', de Chico Buarque http://bit.ly/2braKGH

   Ouro Preto quer dar voz aos 'silêncios' do Brasil http://bit.ly/2b94S1f
 
   Clube de assinatura de livros se renova com web e curadores ilustres http://bit.ly/2brabN6

   Colégio paranaense faz muro em forma de livros http://bit.ly/2bra8Ri

   Ler é uma prática http://bit.ly/2byLkD7

   Pesquisa mostra que poucos alunos associam bibliotecas a lugares prazerosos http://bit.ly/2byMa2M

   Frankfurt dedica seção ao Brasil em relatório sobre mercados dinâmicos http://bit.ly/2b4GtYR

   Dia do livro em Barcelona mesmo que poucos leiam http://bit.ly/2blNWFU

   Que tipo de livros os pais devem sugerir aos filhos? http://bit.ly/2bHcWJh

   Bar de Recife oferece a clientes bebida, refeição e livros http://bit.ly/2b2Q5Id

   Livros eletrônicos, mercado tradicional e etc. http://bit.ly/2b6eS9Y

   Gêmeas de 7 anos criam canal de vídeos sobre literatura infantil http://bit.ly/2b937kV

Imagem
   Salvar-se ou perder-se http://bit.ly/2blNl6Y

O Prazer da Leitura
   Futuros leitores http://bit.ly/2br9fIs

Prof. Antonio Carlos Ribeiro
Universidade Federal do Tocantins/PPGL/CAPES
Editor

Se desejar ler os demais Press Release, clique no blog Leituras http://bit.ly/1E35ugR

Editorial - Em breve, o Jornal UFT Araguaína

O campus da UFT Araguaína terá seu primeiro jornal. O primeiro piloto deve circular apenas na Administração e logo depois alcançará docentes, discentes e corpo técnico. A proposta é adensar o conjunto regular de informações no veículo digital e distribuí-lo a toda a comunidade acadêmica.
 
As informações devem ser enviadas ao e-mail informativoarag@uft.edu.br. Os dirigentes de órgãos que integram a estrutura administrativa do Campus de Araguaína - especialmente coordenadores, responsáveis pelos laboratórios e Núcleos - devem enviar informações sobre: dias e horários de atendimento, serviço prestado e responsáveis. A direção do Campus e a coordenação do Projeto têm expectativa positiva em relação a esta proposta.

Esta semana, a TV Leituras mostra o Professor cobra mais leitura nas escolas. O Artigo Estudo identifica Língua Portuguesa como “Idioma para o futuro” no Reino Unido, mostrando os laços entre Portugal e Inglaterra. Cristiano Alves se mostra em A poesia (já) morta, Poesia. A expressão artística e poética de Paulo Leminski aparece em Imagem. O Prazer da Leitura aponta para os Futuros leitores.

As Notícias desta edição são:

   Ziraldo ilustra reedição de 'Os saltimbancos', de Chico Buarque

   Ouro Preto quer dar voz aos 'silêncios' do Brasil
   
   Clube de assinatura de livros se renova com web e curadores ilustres

   Colégio paranaense faz muro em forma de livros 

   Ler é uma prática

   Pesquisa mostra que poucos alunos associam bibliotecas a lugares prazerosos

   Frankfurt dedica seção ao Brasil em relatório sobre mercados dinâmicos

   Dia do livro em Barcelona mesmo que poucos leiam

   Que tipo de livros os pais devem sugerir aos filhos? 

   Bar de Recife oferece a clientes bebida, refeição e livros

   Livros eletrônicos, mercado tradicional e etc.

   Gêmeas de 7 anos criam canal de vídeos sobre literatura infantil.

Professor cobra mais leitura nas escolas

Gildemar Pontes pede para que os professores façam a sua parte, mesmo diante das limitações da profissão.

No Direto ao Ponto desta semana, o professor e escritor Gildemar Pontes ressaltou a importância da leitura na vida do ser humano. Como professor de Literatura, autor de vários livros e íntimo das letras desde criança, Gildemar é um exemplo das transformações que a leitura proporciona. Transformações essas que devem começar desde cedo no seio da família, mas, principalmente, na escola.

Como educador, Gildemar sempre criticou a falta de programas sociais e educacionais que influenciem, com eficácia, a prática da leitura nas comunidades carentes e nas escolas públicas do país. Por isso, ele pede para que os professores façam a sua parte, mesmo diante das limitações da profissão.



Transcrito de http://www.diariodosertao.com.br/noticias/educacao/136440/professor-cobra-mais-leitura-nas-escolas-e-manda-recado-aos-professores-se-voce-le-voce-se-torna-uma-pessoa-livre.html

Estudo identifica Língua Portuguesa como “Idioma para o futuro” no Reino Unido

SCA / JMR – Lusa

“Pela primeira vez, a língua portuguesa integra esta espécie de pequena lista das línguas consideradas ‘vitais’ num horizonte temporal de 20 anos, partilhando esse estatuto com o Espanhol, Árabe, Francês, Mandarim, Alemão, Italiano, Russo, Turco e Japonês”, sublinhou o instituto português, num comunicado.



No relatório “Languages for the Future” (Línguas para o Futuro), que analisa as prioridades linguísticas do Reino Unido, é referido que a seleção de idiomas baseia-se “em fatores económicos, geopolíticos, culturais e educacionais, incluindo as necessidades das empresas do Reino Unido no que respeita aos seus negócios com o exterior, as prioridades diplomáticas e de segurança e a relevância na Internet”, indicou a mesma nota informativa.

Os autores do estudo britânico destacaram, segundo o instituto Camões, a utilização do português como língua de trabalho da União Europeia (UE) e em outros organismos internacionais, como a Organização dos Estados Ibero-americanos, União Africana, Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral e a União das Nações sul-americanas, mas também o facto de a língua portuguesa ser o quinto idioma mais utilizado na Internet.

“Outros estudos recentes têm vindo a indicar que a projeção da língua portuguesa se deve principalmente ao número de falantes de língua materna, ao número de países de língua oficial portuguesa, à presença e crescimento na Internet, à cultura, sobretudo ao nível da tradução de originais e, desde há alguns anos, à ciência, devido a um forte crescimento da produção de artigos em revistas científicas”, acrescentou o instituto Camões.

Constituindo a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), os oito países de língua oficial portuguesa – Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, S. Tomé e Príncipe e Timor-Leste – ocupam uma superfície de cerca de 10,8 milhões de quilómetros quadrados e, no seu conjunto, têm aproximadamente 250 milhões de habitantes.

Transcrito de http://observalinguaportuguesa.org/estudo-identifica-lingua-portuguesa-como-idioma-para-o-futuro-no-reino-unido/

A poesia (já) morta

Cristiano Alves Barros

É, o meu poema
Já nasceu morto,

E somente um leitor
Capaz de lê-lo assim
Pode então revivê-lo.

Eu - enquanto poetador
Permaneço num estado
Que difere noutro viver,

Escrevo demasiadamente
Mas vivenciar que é bom
Nada vezes nada, afinal...

Tudo acaba
Até mesmo
Um poema
Como esse.