Não há mais como, quanto e porquê esperar! O golpe nos assaltou domingo passado. De forma brusca, covarde, violenta. Sem cidadania, educação, cortesia, republicanismo e até linguagem. O discurso de seus representantes é grosseiro, tosco, leviano, vulgar. Apela à desfaçatez, à incúria, à força, à simples estupidez e à violência, seu recurso último, até por lhe faltar todos os requisitos básicos.
Também não está preocupado com a expressão. Lhes falta palavra e sobra soberba, do mesmo modo que cultura política em vez de frases sem gramática e nem sintaxe, de argumentação no lugar de imposição, de demonstração de cultura básica ao invés de saciar olhos e bocas. Foi assim que a sessão de abertura do processo de impeachment pode ser comparada à antessala do inferno, de Alighieri - evite o argumento, até porque os estúpidos não têm cultura por convicção - até nos mais altos cargos da nação.
Assim, esta edição está dedicada à compreensão da pior aula de educação, cortesia, ética e cidadania que a Câmara dos Deputados - e seu presidente de currículo "intocável", nestes quesitos, claro - propiciaram aos brasileiros, e que o jornal New York Times descreveu como pirotecnia circense. A leitura se impõe ao golpe!
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