quinta-feira, 24 de março de 2016

A vez e a voz da literatura infantil


Autores de livros para infância circulam em cinco capitais do país, nos meses de março e abril, com rodas de conversa e lançamento de livros O projeto A vez e a voz da literatura infantil – o que screvem e pensam seus autores, patrocinado pela Bolsa de Fomento à Literatura da Biblioteca Pública Nacional e Ministério da Cultura (Minc), reunirá 13 escritores de literatura infantojuvenil brasileira num circuito de rodas de conversa e lançamentos de livros por cinco capitais do país. Os encontros acontecem nos meses de março e abril em universidades e faculdades das cidades de Porto Alegre (18), São Paulo (21), Recife (22), Belo Horizonte (29) e Rio de Janeiro (1º).


Participam do coletivo os autores: André Neves, Lenice Gomes, Rogério Andrade Barbosa, Rosinha, Lúcia Hiratsuka, Denise Rochael, Márcio Vassallo, Celso Sisto, Ninfa Parreiras, Claudia Lins, Rosana Mont´Alverne, Simone Cavalcante e Paula Browne. As rodas de conversa gratuitas e com
direito a certificado de participação são voltadas a educadores e estudantes universitários. 

Temas das Rodas de Conversa

Os autores do projeto A vez e a voz da literatura infantil – o que escrevem e pensam seus autores pretendem dialogar com o público sobre sua trajetória literária, processo criativo, importância da literatura infantil e desafios para formar novos leitores. Todos os conteúdos discutidos durante os encontros constam em um livro que será distribuído gratuitamente aos participantes, no dia do evento. A publicação reúne biografias dos autores, resenhas e artigos sobre as ideias debatidas.
Para escrever o livro tema do projeto, os 13 autores utilizaram diferentes gêneros: crônica, artigo e narrativa poética. Eles expressaram suas inquietações, expectativas e memórias sobre criação, recepção e formas de mediar leituras.

“Nossa proposta é divulgar a produção do coletivo, estimulando a construção de novos olhares sobre a literatura para a infância. Queremos convidar os jovens em formação e também os educadores a refletir sobre a bibliodiversidade da literatura infantil brasileira e a compartilhar com os autores seus diferentes modos de ver, sentir e analisar o universo da literatura infantil”, explica a jornalista e escritora alagoana Simone Cavalcante, bolsista do Minc e uma das organizadoras do projeto, ao lado da autora Claudia Lins.

O projeto A vez e a voz da literatura infantil fez parcerias com faculdades e universidades que possuem cursos nas áreas de Letras, Educação, Biblioteconomia, Artes Visuais e Design e desenvolvem estudos, pesquisas e publicações que tocam diferentes campos do livro e da leitura, e com as editoras Cortez, Paulinas, Rocco e Aletria. Foram contempladas a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), Universidade Anhembi Morumbi, Faculdade Mario Quintana (Famaqui), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com seu Programa de Educação Tutorial – PET Letras, e Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), por meio do CEALE – Centro de
Alfabetização, Leitura e Escrita.

Coletivo A Vez e a Voz

Os autores do projeto atuam em diferentes regiões do país, escrevendo livros, ilustrando, realizando palestras, oficinas e consultorias literárias. André Neves, Rosinha, Lenice Gomes, Rogério Andrade Barbosa e Celso Sisto já ultrapassaram mais de 40 trabalhos publicados. Lúcia Hiratsuka, Paula Browne, Claudia Lins, Ninfa Parreiras, Denise Rochael, Márcio Vassallo, Simone Cavalcante e Rosana Mont´Alverne vão trilhando suas carreiras, publicando por várias editoras nacionais e regionais.

Alguns destes autores receberam premiações respeitadas na área, como o Selo Altamente Recomendável da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ), Prêmio Jabuti, Açorianos; além de integrarem listas internacionais como The White Ravens, da Biblioteca de Munique, na Alemanha, e a Lista de Honra do IBBY – Internacional Board on Books for Young People, na Suíça.

A ideia de reunir os escritores no projeto partiu das amigas e autoras Claudia Lins e Simone Cavalcante, que já os conheciam de bienais, salões e outros eventos literários. “Utilizamos critérios afetivos e biográficos, mas nosso desejo maior era reunir profissionais engajados com as transformações do sistema literário, com a formação do público, o respeito aos direitos do autor e as garantias do direito à leitura”. Com a bolsa de fomento à literatura, elas puderam viabilizar as rodas de conversa e o livro do projeto.

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