sexta-feira, 13 de março de 2015

Editorial: As mulheres e o exercício do poder

A semana que passou teve um momento muito alto e outro muito baixo. O alto foi a comemoração do Dia Internacional da Mulher, no dia 8, quando foram lembradas as grandes lutas e conquistas das mulheres. Das mais simples, que se afirmam na luta pelo pão, o cuidado da casa e o futuro dos filhos, até as que galgaram posições, construíram a carreira com esforço e foram reconhecidas não apenas pela beleza! E ainda as que, ao chegarem a postos de comando, não se esqueceram de dividir sua vitória com as demais brasileiras que ainda lutam por dignidade, reconhecimento e respeito.

O baixo momento, de profundidades abissais, foi quando setores minoritários e poderosos da mídia organizaram agressões, com gestos grotescos e palavreado tosco, de pessoas de classe média alta, de bairros nobres e ‘varanda gourmet’ para hostilizar a primeira mulher brasileira que suportou a tortura aos 20 anos, estudou, militou e chegou à Chefia do Estado, vencendo a disputa eleitoral para dar continuidade ao projeto político que mudou a face do país na última década.

O texto ‘A disputa entre Davi e Golias pela narrativa da crise’ mostra a leitura jornalística brasileira – da semântica à relação de poder nas redações – a partir de um olhar feminino. O relato traz detalhes, opiniões de representantes de diversas áreas, na troca de saberes com a sociedade brasileira, e a entrevista da repórter Najla Passos, mostrando um jornalismo de qualidade. As mulheres podem se sentir honradas pela clareza, seriedade da abordagem e respeito ao leitor, nesta matéria (A disputa entre Davi e Golias pela narrativa da crise)

E um filme, tão urgente quanto a necessidade de divulgá-lo nesta semana, a ser exibido no Cineclube UFT – Araguaína. Anunciado pelos cartazes desde terça-feira para o dia 14 às 14 horas, ‘Tudo pelo Poder’ mostra o recurso do vale-tudo na disputa de ‘candidatos a candidato’ do Partido Democrata, nos EUA. Além da campanha política, a película debate o papel da imprensa, da corrompida pelo poder político à que encontra no serviço ao público o seu papel – desde o Dazibao da China Medieval até a circulação massiva e imediata na rede mundial de computadores – que você pode acessar aqui (CineClube UFT)

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