Mateus Pereira Lobo
O emaranhamento foi introduzido por Einstein, Podolsky, Rosen e Schroedinger em 1935. Matematicamente significa que o estado do sistema quântico não pode ser escrito (decomposto) como um produto de estados de seus subsistemas constituintes.
Os estados emaranhados violam as desigualdades de Bell, o que mostra que a teoria quântica exibe uma forma de não-localidade, isto é, sistemas quânticos podem afetar um ao outro instantaneamente, independente de sua separação espacial.
É possível medir quantitativamente o emaranhamento de estados quânticos. Como determinar o grau de emaranhamento entre eles? Isso vai depender de como eles estão interconectados através de operações e comunicação clássica. No inglês, essa sigla é conhecida como LOCC ("local operations and classical communication").
A relação entre emaranhamento e não-localidade é mais sutil do que parece. Os dois conceitos não são equivalentes. Existem estados emaranhados mistos que não geram correlações não-locais, isto é, não violam as desigualdades de Bell. Dado um estado emaranhado qualquer, ρAB, existe outro estado σAB que não viola a desigualdade mais simples de Bell (CHSH), mas tal que a combinação de tais estados seja não-local. Isso significa que os estados emaranhados têm sempre uma não-localidade escondida que pode ser ativada.
Satisfazer a desigualdade de Bell implica em localidade, não satisfazê-la implica em não-localidade, o que significa que um ponto altera outro ponto do espaço instantaneamente.
Na generalização semiquântica do cenário de Bell, as instruções de medidas correspondem a estados quânticos não ortogonais que não podem ser perfeitamente distinguíveis. Essa generalização semiquântica traz uma relação estreita entre emaranhamento e não-localidade. Na verdade, ela prova que todos os estados quânticos emaranhados são não-locais.
A ideia parece mesmo genial, trocar input clássico por quântico.
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