Um grupo de cientistas usou um capítulo de Harry Potter e a Pedra Filosofal para identificar o que diferentes regiões do cérebro fazem durante a leitura.
Usando aparelhos de imagens por ressonância magnética funcional (FMRI, na sigla em inglês), pesquisadores da Universidade Carnegie Mellon, nos Estados Unidos, examinaram o cérebro de oito pessoas enquanto liam o livro de J.K. Rowling.
O resultado foi o desenvolvimento do primeiro modelo computacional integrado para análise da leitura. O estudo foi publicado ontem na revista PLoS One.
Após o FMRI, os resultados foram analisados - em cada milímetro cúbico dos cérebros -, para desvendar a atividade apresentada pelas diferentes regiões para cada conjunto de quatro palavras lidas pelos voluntários.
De acordo com os cientistas, foi possível identificar quais partes do cérebro são responsáveis por cada subprocesso da leitura, como decompor sentenças, determinar o sentido das palavras, entender a relação entre personagens e interpretar regras gramaticais.
Segundo o coordenador do estudo, Tom Mitchell, o novo modelo ainda é inexato, mas poderá ser útil para estudar distúrbios da leitura como a dislexia.
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