sexta-feira, 14 de novembro de 2014

'Festival Brasileiro de Cinema Universitário' volta ao Cine Arte UFF

Depois de nove anos, está de volta a Niterói o Festival Brasileiro de Cinema Universitário, que chega à sua 18ª edição com uma enorme variedade de filmes. Dessa vez, serão exibidos 10 longas e 136 curtas, divididos em seis categorias. O FBCU teve sua abertura ontem, e vai até o dia 19 de novembro.  



O grande destaque do evento esse ano é a reunião entre jurados, diretores e público após a exibição dos filmes na mostra competitiva, que em 2014 traz 30 curtas premiados, como O amor que não ousa dizer seu nome, de Bárbara Roma, e Preto ou Branco!, de Alison Zago. 

A curadoria é toda de um grupo de graduados pela UFF: Guilherme Tristão, Flavia Candida, Aleques Eiterer e Eduardo Cerveira. Tristão é curador do FBCU desde a primeira edição do evento, em 1995. Desde então, muita coisa mudou no cenário do cinema universitário brasileiro.

“A principal diferença é que quando o Festival teve sua primeira edição, nós tínhamos apenas três universidades no País. Com o passar do tempo, os cursos pulverizaram. A produção universitária é gigantesca em relação a quando o FBCU foi criado”.

Eduardo Cerveira é o responsável pela Mostra Internacional, que em 2014 chega à sua 11ª edição.

“Nós recebemos centenas de inscrições do mundo inteiro e viajamos para assistir filmes em outros festivais. Esse ano, assistimos cerca de 800 filmes. A seleção final é uma combinação entre esses inscritos e os melhores que vimos”, conta.

O material vem de 25 países, como Alemanha, Coreia do Sul, EUA e Rússia. O curador aponta o Festival como uma oportunidade para os universitários brasileiros conhecerem o que é feito em termos de cinema em outros países.

“O cinema universitário brasileiro cresceu muito nos últimos 15 anos, mas ainda falta muito amadurecimento. No exterior, temos escolas com mais de 80 anos, carregando muita tradição. A mostra é uma forma dos estudantes daqui terem uma noção do que é feito ‘lá fora’, e aprimorarem sua produção”, explica Eduardo. 

Entre os longas dos ex-alunos está Sudoeste, do niteroiense graduado pela UFF Eduardo Nunes. O filme é uma derivação de Terral, que deu ao cineasta dois prêmios na segunda edição do festival. 

“Ambos tratam do universo de pescadores, são em preto e branco. Mas acho que, antes de tudo, Sudoeste é uma continuação de uma determinada linguagem de cinema em que eu acredito”, argumenta Eduardo.

Para quem tem interesse em conhecer o cinema feito no Rio de Janeiro, a dica é o Panorama Carioca, com curtas que acabaram não entrando na disputa nacional por conta do número de inscritos. 

Transcrito de http://www.ofluminense.com.br/editorias/cultura-e-lazer/festival-volta-niteroi-na-uff

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