domingo, 18 de julho de 2021

A Rússia alertou que os EUA estão testando uma revolução colorida em Cuba

Diego Lopes

15 Julho 2021

A porta-voz do Itamaraty, María Zajárova, acusou hoje os Estados Unidos de aplicar sua estratégia das chamadas revoluções coloridas em Cuba, por meio de processos de desestabilização interna.

María Zajárova, acusou hoje os Estados Unidos de aplicar as revoluções coloridas em Cuba

"A lógica aqui é simples. Washington já tentou várias vezes em diferentes situações, mas todas sob o mesmo ângulo: a inspiração das revoluções coloridas em relação a governos indesejados", disse a diplomata para jornalistas.

Ela alertou que a fórmula inclui primeiro sanções e problemas que eles introduzem do exterior, que geram dificuldades que agravam a situação socioeconômica do país e, a partir disso, criam tensões e estimulam sentimentos antigovernamentais.

Explicou que quando essa "massa crítica" se acumula, toda a culpa recai sobre o governo nacional e, a partir disso, penduram-se qualificadores, suas ações ficam desacreditadas de todas as formas possíveis, gerando uma situação caótica.

"O mesmo algoritmo agora está sendo aplicado a Cuba. Apesar de todas as medidas tomadas pelas autoridades para apoiar a economia do país e dar assistência à população, são elas as acusadas por Washington da atual situação de crise", disse Zajárova.

Esclareceu que como parte dessa política de manipulação, as autoridades norte-americanas tentam fazer crer que Havana se recusa a aceitar ajuda dos Estados Unidos, não quer participar de mecanismos internacionais de distribuição de vacinas e segue uma política antipopular em em geral.

“Ao mesmo tempo, os americanos, como sempre, silenciam sobre suas próprias ações subversivas e aspirações oportunistas”, comentou o representante do Itamaraty.

Ela chamou as ações de Washington em relação a Cuba "mais uma encenação política, um exemplo da prática profundamente arraigada de padrões duplos pelos americanos", disse ele.

Destacou que isso se evidencia na aplicação seletiva das normas jurídicas e na interpretação tendenciosa e diferenciada dos fatos.

Zajárova disse que seu país exorta Washington a adotar uma posição objetiva, para se livrar da hipocrisia, dos dois pesos e duas medidas de sua política para com Cuba. “Que os cubanos, seu governo e seu povo percebam o que está acontecendo e decidam seu próprio destino”, disse ela.

Ela ressaltou que se Washington está realmente preocupado com a situação humanitária na ilha caribenha e quer ajudar os cubanos de alguma forma, deve começar levantando o bloqueio, rejeitado por toda a comunidade mundial.


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